Fala, coração

Aliatar Bezerra foi um dos meus primeiros amigos. E me adiantava dinheiro para receber por onde eu trabalhava. Certa vez, mandei-lhe um bilhete pelo Maurício Xerez, que me secretariou, durante algum tempo, na Torre do Iracema, dizia: Aliatar, mande 300 mil ou um revólver. Ele fez um cheque de imediato, contra uma cooperativa, porém o gerente alegou falta de fundos, mas sugeriu passar no final da tarde. Foi o que o Xerez fez e então o cheque foi honrado. Dias depois, o Orlando Falcão me contou que o Aliatar tinha lhe pedido certa quantia para cobrir um cheque. Exatamente os meus 300. Essa de me emprestar um cheque sem fundo, ou melhor, de pedir emprestado pra me emprestar, é uma prova de afeto e solidariedade das maiores que podem existir.

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