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Celina Guinle foi uma das perdas deste findante 2021, aliás, forçando um tanto a barra, pois morava no Rio há dezenas de anos.

Logo após seu casamento com engenheiro cearense Joãozinho, caçula dos varões de “seu” João e dona Sara, o marido a trouxe para Fortaleza, onde ocuparam um apartamento num prédio que Carlos Jereissati construíra vizinho ao Ideal, e que hoje está no chão.

Gerou quatro filhas cearenses, Celina, Heloísa, Ana Maria, Thereza, mas não conseguiu se adaptar.

O João até que se esforçou para que ficasse, e a seguir foram morar continuando bem próximo ao Ideal, na Dr. Pompeu, casa com piscina, que depois ele passou pro irmão Luiz, e que eu batizei de “Castelo de Bolso”.

Celina teve um filho carioca, que pegou o nome do pai e do avô, que ficou aqui uns tempos, até se mudar pro Hawai, levando a mulher Picanço.

Celina tem poderosa ascendência, e não apenas Guinle. Sua mãe, por exemplo, descende dos quatrocentões Monteiro de Barros.

Nossa protagonista da coluna de hoje nasceu de uma família de doze, oito varões e quatro moças, tendo ela sido terceiro filho, no geral, e a segunda mulher.

Seu pai, que conheci pessoalmente, quando veio pro casamento de Sandra Gentil, cuja recepção foi em casa de sua filha, batizou muitos dos seus com os nomes dos tios, Celina, por exemplo, herdou da tia de seu pai, que esposou Linneo de Paula Machado, e deu a geração que tomou conta do Jockey Club e do Banco Boa Vista.

Os irmãos de Celina foram, pela ordem de berçância, Eduardo Guinle Neto, Heloísa Maria Guinle, Thereza Maria Guinle, Guilherme Eduardo Guinle, Branca Maria Guinle, Arnaldo Eduardo Guinle, Francisco Eduardo Guinle, Jorge Eduardo Guinle, Mário Eduardo Guinle e Gilberto Eduardo Guinle, todos ostentando o nome do avô, que foi um notável bon vivant e ficou famoso por ter fretado um trem inteiro na Alemanha para que uma joia que comprara para a amante chegasse em tempo de ser uma surpresa.

Se querem saber a linhagem de Celina Guinle Gentil, tudo começou na França, com Jean Arnauld Guinle, que migrou para Montevidéo e depois Porto Alegre. Ele foi tio-avô de Celina, pai de Eduardo Palassim, que casou com Guilhermina Coutinho, geraram os filhos Eduardo, o primeiro, avô de Celina, Guilherme, Carlos, Octávio, Celina e Heloísa.

O maior negócio da família foram as Docas de Santos e, o início de toda fortuna, partiu de um armarinho, Aux Tuileries, no Centro do Rio, sociedade de Eduardo Palassim e Cândido Gafrée.

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