Primeira Página

Compareci, às seis da tarde, à redação da Gazeta, numa quarta-feira das faldas de agosto de 1955, o editor, Luís Campos, que eu não conhecia, nem ele a mim, só chegaria às oito, então, baixei no Diogo, e voltei na hora certa, tendo, daí, saído com a coluna quase garantida no bolso.
Recebi quarenta senhoras da mais alta para um almoço no Ideal, em honra de dona Sara Gentil.
Convidei o coronel Hélio Lemos para um drink em minha suíte, a 800, do Hotel Glória, e ele então estabeleceu que a reação de alguns de seus colegas ao governador Virgílio Távora era puramente gratuita, sem amparo da Revolução, pois não era nem subversivo, nem corrupto.
No almoço oferecido por Roberto Marinho, em O Globo, aos colunistas que tinham ido ao Rio cobrir o Desfile Bangu, fui o único a fazer uma pergunta ao diretor e redator chefe do já então maior jornal do Rio.
Por solicitação de Moema Távora, tomei, em cima da hora, a missão de organizar banquete de posse do irmão, quando mais de mil pessoas, calculou eu, acorreram ao Náutico Atlético Cearense.
Acertei com Carlos d’Alge para ser a estrela de O Jornal, de Bonaparte Maia, que, junto a seu irmão Salomão, apoiou incontinenti essa decisão de seu editor.
Nomeado por Parsifal Barroso, fui secretário da Comissão Dinamizadora do Porto do Mucuripe, que se reunia às segundas, no Palácio da Luz.
Sem conhecê-la, bati na porta de Nicinha Pinheiro, no Rancho Alegre, e propus realizar ali, e ela aceitou, a inauguração de sua casa de Parangaba-Serrinha, surgindo então o mais elegante chá de chapéu obrigatório já havido na sociedade cearense.
Criei o Sociedade Cearense, o Livro da Nata, para estabelecer quem é quem, tanto na vida mundana, como no mundo dos negócios, das artes e das letras.
Fui recebido por Albanisa Sarasate no Hotel Regina, do Rio, onde morava, resultando no maior salto de minha vida, que foi, sem deixar a Gazeta matutina, abrir coluna no maior vespertino de todos, conduzidopelo dr Paulo.
Protagonista de A Ratoeira, de Agatha Christie, no José de Alencar, contracenando com Nadir Saboya e Maristher Gentil, sob direção do B. de Paiva, patrocinado pela Comédia Cearense de Haroldo Serra.
Presenciar, no Pacaembu, talvez a única expulsão de Pelé jogando pela Seleção Brasileira, na derrota por três gols, contra a Argentina.
Receber Horácio Klabin, Rei do Papel, para almoço na minha cobertura do Iracema Plaza, primeira de Fortaleza.
Conhecer Martha Rocha, apresentado por Wilma Patrício, no Ugarte do Cumbuco, e botando na vitrola a eterna
Miss Brasil cantando Por Duas Polegadas a Mais… com Emilinha Borba.
Palpitante tema não pode, nem vai parar aí

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *