Aos pés do altar

Nos convites de casamento, às vezes costuma vir junto um cartão que abre com os dizeres “após a cerimônia religiosa, os noivos receberão os cumprimentos...”. Agora, eu pergunto: tem noivo recebendo congratulações antes do altar?

Aos pés do altar

No convite de casamento, não se põe “têm o prazer” ou “têm a honra”, simplesmente “convidam”. Pois não seria pertinente chamar alguém pro nupcial do filho com desprazer ou desonra.

Aos pés do altar

Quando o casamento se realiza pela manhã, o noivo deve optar pelo branco ou bege. À tarde, sua fatiota será cinza; e à noite, azul ou cinza-escuro, dispensando o marrom, que não é apropriado para nupcial.

Mimo nupcial

Um faqueiro, mesmo que não seja de prata, funciona maravilhosamente para presentear quem vai casar. Tem até uns de aço inoxidável muito bonitos. Devem ser mais para pesados e destinados nunca menos a uma dúzia de pessoas.

Fora do altar

“Ex.ma Família” de há muito saiu do praxe. Nos convites de casamento, hoje só se usa o “Sr. e Sra.”, pois “Ex.ma Família” pode insinuar que o convidado tem direito a levar filhos, primos, cachorro e papagaio.

Oferenda

Um quadro é um presente que se presta esplendidamente para se mimosear casantes, dando, inclusive, ao presenteador, a certeza de que ninguém dará outro igual, ainda que o pintor possa ser o mesmo.

Aos pés do altar

Costumam botar “Após a cerimônia religiosa”, os noivos receberão os cumprimentos no bifê tal... Ora, isso é redundante, porque ninguém cumprimenta noivos “Antes da cerimônia religiosa”.

Aos pés do altar

Não é muito utilizado, porém um grande presente de casamento será sempre um quadro, tendo, inclusive, a vantagem da garantia do pintor que não terá outro igual.

Aos pés do altar

Para casamentos, não se convida mais a Excelentíssima Família, também não se usa Dr., quando se trata, por exemplo, de um médico, apenas Sr. e Sra.

Aos pés do altar

Em convite de casamento, não se usa mais “Têm a Honra” ou “Têm o Prazer”. Os pais dos noivos simplesmente convidam, pois não cabe na cabeça de ninguém convidar alguém pro casamento dos filhos com desonra ou desprazer.

Aos pés

Com a proliferação dos bifês, tudo mudou. Todavia, se é pra ser em casa, não necessariamente como antigamente, na dos pais da noiva. Exemplo, se estes residem em zona perigosa, passa a prevalecer a dos pais do noivo, influindo também questão das posses financeiras e do tamanho dos locais.

Aos pés

Padrinhos ou meros convidados abastados podem perfeitamente presentear os noivos em dinheiro. Agora, a única oferta que não pode ser feita é o quarto dos nubentes, que aí caberá exclusivamente ao casante.

Aos pés

Quando o casamento programado é desfeito, os presentes devem ser devolvidos, a não ser aqueles que já foram gastos, como vestuário, perfume ou objetos de cama e mesa.

Aos pés do altar

Rigorosamente, portão principal da igreja deveria ser reservado aos noivos, porém acontece que isso nunca é cumprido.

Aos pés do altar

Tem um presente que ninguém deve dar em casamento, nem se for padrinho. Trata-se do quarto do casal, cama, guarda-roupa, cômoda, criado-mudo, pois é uma exclusividade do noivo.

Aos pés do altar

Noivo não precisa usar relógio, pois sabe perfeitamente a hora em que se vai amarrar... provavelmente, para sempre. A não ser que seja de algibeira, uma joia de família.

Aos pés

Num casamento, os padrinhos devem se encarregar dos presentes pesados, tais móveis, geladeira, televisão.

Aos pés do altar

A despedida de solteiro caiu em desuso quando virou farra com mulher no meio, antes era só álcool, que se prolongava até o amanhecer. Com o mulherio geralmente pago participando, as noivas começaram a dar o contra, e o Clube do Bolinha acabou.

Aos pés do altar

As palavras mais aprazadas para serem pronunciadas pelos convidados na fila de um casamento são “felicidade”, para os noivos, e “parabéns”, aos seus pais.

Aos pés

É muito importante que os pais dos noivos promovam uma recepção sem sair de seu orçamento, pois dispender além das posses constrangerá os convidados e, além do mais, é bastante desagradável credores à porta na hora da ressaca, no dia seguinte.