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Virgílio Távora chegou a me confirmar que, se não tivesse havido 64, o candidato à sua sucessão teria sido Expedito Machado, dentro do protocolo da União Pelo Ceará, que estabelecia o revezamento dos governadores entre os dois maiores partidos, UDN e PSD.

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Nas articulações finais pela União Pelo Ceará, em 1962, aconteceu uma reunião matinal em casa de dr Pimentel, para apontamento do nome do partido que disputaria uma vaga no Senado, mas quando o presidente mencionou Armando Falcão, que estava presente, dr Waldemar de Alcântara pediu a palavra e salientou que o partido preferia Wilson Gonçalves. Falcão, ao usar da palavra, disse que nada tinha a opor, mas gostaria de sair dali com a certeza de que seus colégios eleitorais seriam mantidos, visando retorno à Câmara Federal.

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A bancada dos irmãos Pontes de Massapê só deu um deputado federal, duas vezes, que também foi suplente de senador, no caso, Osires. Pontes Neto chegou a presidente da Assembleia, enquanto os outros dois, Vilmar e Aurimar, foram apenas suplentes.

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Quando líder da maioria do Governo Kubitschek, Armando Falcão precisou de quatro votos controlados por seu inimigo Carlos Jereissati, que atendeu prontamente, visando ao bem-estar público.

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José Macêdo saiu três vezes deputado federal, 1958, 1962, 1966. Em 70 figurou como suplente de Virgílio Távora, oito anos depois, segundo suplente, tendo assim encerrado a carreira eleitoral.

Na boca da urna

José Macêdo e seus irmãos, Benedito e Fernando, se propuseram a eleger Antônio, o segundo na hierarquia, deputado federal. Porém ele faleceu poucos dias antes do pleito, obrigando José a se candidatar.

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A dúvida se Carlos Jereissati assumiria sua cadeira no Senado é tirada pelo seu sobrinho favorito, Antônio Lúcio Carneiro, o qual confirma ter viajado com ele para Brasília no mesmo avião e de estar presente quando os colegas lhe elegeram para a Segunda Secretaria da Mesa, em uma homenagem dos companheiros àquele que partiria poucos dias depois, aos 46 anos.

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Eleição para Governador em 1954 deu vitória de Sarasate da UDN sobre Armando Falcão, porém, ocorreu que o candidato do PSD havia ganho e sido derrubado no Tribunal. Dois pleitos depois, quando se articulava a sucessão de 1962, Virgílio costumava brincar com seu amigo: “Doutorzinho quer ser Governador do Ceará, de novo?”.

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Inesquecível Lustosa da Costa foi o autor da lei (de vida) que leva o seu nome, segundo essa diretriz, é impertinente se querer repetir o momento feliz, que deve ser guardado na memória e na retina, pois tentar bisar resulta em frustração, pois nunca será a mesma coisa.

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Quando morava em Fortaleza, tive a chance de participar de grandes rodas nas quais pontificavam conversadores como Cláudio Martins, Nertan Macedo (no primeiro Governo de Virgílio Távora), Luís Gentil, Lustosa da Costa (antes de se mudar para Brasília) e José Júlio Cavalcante. Porém, para mim, o número um de todos foi nosso sonetista maior, Otacílio Colares.

Justiça é feita

“A César o que é de César”, quando se coloca nosso governador de 70 a 74 entre os cinco melhores do Ceará de todos os tempos.

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Estreei na televisão entrevistando um dos maiores charmes da cidade, Ivone Faria. Mas não foi essa a minha primeira vez na telinha. Algum tempo antes, comandei um comercial entre o segundo supermercado da cidade, do Alberto Machado, exportador de algodão, para o qual levei Edilmar Norões e Sandra Gentil, que também apareciam pela primeira vez.

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Colaborei com dois governadores, Parsifal e Plácido, porém não tive condições de aceitar outro convite de Aderaldo Castelo, efetuado logo no início do Governo, para a Divisão de Turismo, para o qual indiquei meu compadre João Ramos, que aceitou, e o de Adauto para chefiar o Cerimonial.

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Até hoje, só exerci duas funções oficiais estaduais: Secretário da Comissão Dinamizadora do Porto do Mucuripe, escolhido pelo governador Parsifal Barroso, e Secretário de Conselho de Contribuintes, na administração de Plácido Castelo.

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Na longa carreira, só me dignei ser penetra uma vez. Eu tinha apenas um mês de coluna, quando decidi comparecer, sem convite, pois seus pais não me conheciam, nem ela, à apresentação à sociedade da primogênita Cláudia. Fui para a porta da Zé Lourenço, arriscando que chegasse o Hermenegildo Sá Cavalcante, nascido na Aurora e amigo de minha família, que por sinal não chegou, tive que me valer de Gerard Boris, a quem dias antes me apresentara no Náutico. Só a festa já andando, é que vim conhecer o dono da casa, Cláudio Martins, que logo se tornaria um dos mais preciosos irmãos civis.

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Uma das homenagens mais tocantes que recebi foi de Roberto Martins Rodrigues, de quem Cabeto herdou o nome, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho. Esse amigo já partinte mandou rezar missa em um dos meus jubileus na Capela de Santa Filomena, que recebeu presenças gratíssimas, tais como o senador José Macêdo e o secretário Moacir Aguiar.

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Há 60 anos, a imprensa denunciou que a Assembleia havia pago um milhão e meio de verduras, e bem dentro de seu estilo, o deputado Almir Pinto assumiu a Tribuna e proclamou: Então, já estamos eleitos os campeões mundiais da dieta vegetariana!

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Essa história de que o Bonaparte Maia compareceu à sua posse, no Palácio Tiradentes, de smoking, em uma armação gozativa do Esmerino Arruda, só é verdade em parte. Pois o meu patrão na época era muito talentoso para pegar corda.

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Preciosidade de Oscar Wilder: Amar a si mesmo é o começo de um romance que vai durar a vida inteira.

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Afinal, o que é a moda? Do ponto de vista artístico, uma forma tão intolerável de horror, que tem que ser mudada a cada seis meses.