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Paulo Cabral deixou a direção da Ceará Rádio Clube para derrotar Antônio Gentil na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, onde saiu-se bem, tanto que, saindo pra deputado estadual, no final do mandato, obteve a maior votação, só que praticamente não atuou na Assembleia, pois preferiu voltar aos Associados, chegando a posições culminantes, tendo sido também banqueiro em Minas Gerais e chefe de Gabinete de Armando Falcão, quando voltou ao Ministério da Justiça.

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Logo no início do seu governo, Parsifal Barroso rompeu com Carlos Jereissati. O quiproquó aconteceu na Secretaria da Agricultura, que no rateio teria ficado com Jereissati. De todas as maneiras, foi talvez o mau passo do Governador, que assim perdeu o inspirador de sua eleição.

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Logo que assumiu a Presidência da República, general Castelo Branco mandou um recado, por Paulo Sarasate, para o governador Virgílio Távora, que acabasse com as subsecretarias, que ele considerava despesa inútil.

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Virgílio Távora era ministro do Gabinete Parlamentarista de Tancredo Neves, por sinal, ocupando a pasta de Viação e Obras Públicas, que depois virou cinco. Grupo de deputados estaduais udenistas foi a Brasília e lhe comunicou que lhe dariam a deputação federal sem que ele desembolsasse um centavo, porém VT saiu foi governador, na União Pelo Ceará.

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A verdadeira história do Palácio da Abolição é a que eu conto a vocês agora. Eleito governador, derrubando Virgílio Távora, dr. Parsifal Barroso ganhou jantar de quem com ele trabalhava no Ministério do Trabalho. E o arquiteto Sérgio Bernardes estava presente em outra mesa e veio cumprimentar o ministro. Dona Olga lhe perguntou se aceitaria projetar o novo Palácio do Governo cearense, e ele aceitou, porém, muito atarefado, não pôde dar à obra a devida atenção. Não saiu ruim, mas longe de muito bom.

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Quando Virgílio Távora se fez governador pela primeira vez, na União Pelo Ceará de Parsifal Barroso, três udenistas não se propuseram mais a disputar a deputação, Gentil Barreira, Edival Távora e Moacir Aguiar, pois estavam informados de que seriam secretários de Estado. Gentil, que havia sido federal duas vezes, para Justiça, Edival, três vezes estadual, para Agricultura, e Moacir, que nunca fora bom de urna, para Administração, aliás, dei o furo em minha coluna de O POVO.

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Acrísio Moreira da Rocha foi o único dos políticos cearenses realmente populista, eleito duas vezes prefeito. Da primeira, entre 47 e 50, teria deixado como legado calçamento nos subúrbios, quando voltou ao Palácio Iracema, não se conhecem suas realizações.

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O empresário José Macêdo, que sempre admitiu não ter vocação política, obteve três mandatos federais e depois foi suplente de Virgílio Távora no Senado, tendo sido colocado mais tarde na suplência, não mais disputando depois disso, num envolvimento de 28 anos.

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Saudoso Vicente Arruda foi eleito realmente para cinco mandatos, 94, 98, 2002, 2006, 2010. Em 2014, ficou na suplência, assumindo vaga de Antônio Balhman, que foi nomeado por Camilo.

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Mesmo com grupo pequeno, porém odiante, de militares em seus calos, querendo apeá-lo do poder, o governador Virgílio Távora respondia sempre, quando lhe perguntavam como as coisas iam indo: Melhor do que pedi a Deus!

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No afã de conquistar Miss Brasil Terezinha Morango, José Alcy Siqueira tinha ao lado Maria José, mulher do seu amigo maior, Chico Melo, quando adquiriu na Amélia Gentil joia com que presentou sua pretendida.

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Entrevistado pelo vice-rei Eduardo Campos, na pioneira “TV-Ceará”, Carlos Lacerda assim respondeu à pergunta sobre o que achava da imprensa brasileira: O que é que você chama de jornalista, Manoelito, aquele que colhe a verdade e passa ao público ou quem recebe propina para elogiar A ou denegrir B?

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Dorian Sampaio, meu primo em Xavier, foi o braço comunicante mais duradouro de José Macêdo, dirigindo por anos o jornal “Gazeta de Notícias” e, por um pequeno período, a Rádio “Uirapuru”, que José logo devolveu ao Pessoa.

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Quando dr. Milton Campos, que Ernesto Geisel considerava um dos mais probos homens públicos brasileiros, governava as Minas Gerais, pôs Pedro Aleixo para ser secretário de Justiça, sempre se saía assim, quando algum político vinha a seu gabinete, apresentando pedido ou proposição: Fale com o Pedro, Primeiro.

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Sérgio Philomeno, que chegou a controlar sete Coca-Colas, não teve, como alguns pensam, dois mandatos federais, porém apenas um. Quem foi duas vezes deputado foi seu irmão, que inclusive cogita, às vezes, de escrever sobre o que já se foi.

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Além, naturalmente, de Carlos Lacerda, houve dois civis que eu torci para serem presidentes, Leitão de Abreu, duas vezes chefe da Casa Civil, e Aureliano Chaves, governador de Minas, que foi vice de João Figueiredo.

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Fausto Cabral, empresário com incursões políticas, foi genro de Antônio Gentil, presidente do PSD, quase sai candidato a governador, em 1954, porém teve sua compensação, a suplência do prof. Parsifal Barroso, e assumiu quase o mandato inteiro, primeiro, quando o titular saiu ministro de Juscelino e, depois, quando eleito governador do Estado.

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Lúcio sempre me reclamou não pôr seu pai junto ao senador Fernandes Távora, cujo filho Virgílio e neto Carlos saíram também deputado federal. Acontece que Waldemar teve um mandato, na legislatura 55-59, porém não foi eleito, ficou na suplência e assumiu.

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Léo Alcântara teve três mandatos federais, e o pai Lúcio, dois. Quanto ao avô, Waldemar, na única vez que tentou a Câmara, só ficou na suplência, assumindo com falecimento do colega Walter de Sá Cavalcante.

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Continua de pé na São Paulo residência de Acrísio Moreira da Rocha, que matrimoniou Stella, primogênita de Pedro Philomeno. A casa ficou para herdeira Vera Valente e era considerada uma das dez melhores de Fortaleza, aliás, foi palco de seu primeiro casamento, ao qual, por sinal, compareci.