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No Castelo de Bolso, Luiz e Lurdes Gentil me apresentaram ao embaixador Fernando Ramos de Alencar, seu hóspede. Ele servia no Chile, na época do Mundial de 1962, e no estádio, no dia de Brasil x Chile, ficou no camarote do presidente da República, Eduardo Frei, que nada manjava de futebol, e quando Garrincha fez o terceiro do Brasil, ele continuou torcendo para o mesmo lado, e proclamou eufórico: Bravo, Chile! Obrigando o diplomata brasileiro a corrigi-lo: Desculpe, presidente, mas gol foi do Brasil.

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Foi o Cláudio Figueiredo, que na época trabalhava com o avô, quem me levou para o Iracema Plaza Hotel. Me encontrado no Ideal, em março de 1961, me convidou para passar uma semana, que durou um quarto de século, pois Chico Philomeno não apenas me manteve, mas me promoveu pra cobertura, determinando ao gerente que eu era quem estipularia a diária, coisa que fiz sempre modicamente.

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O Panela, bistrô número um de Fortaleza em todos os tempos, foi batizado por mim, contra a opinião dos decoradores, que insistiam que se chamasse Tacho. Foi inaugurado com um jantar black-tie e que marcou a despedida de Rubens Costa, um dos dois maiores presidentes do Banco do Nordeste, transferido, contra a vontade, para o Banco Nacional da Habitação. Era o jardim de minha casa, pois eu morava em cima, na Torre do Iracema Plaza.

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Ainda meninote, embora não mais de calças curtas, participei de um dos melhores papos já havidos, aos sábados, no Ideal, na pérgula vizinho à pista de dança externa, a partir do meio-dia, indo até quase o fim da tarde, com o cirurgião plástico Germano Riquet, o salineiro José Martins de Lima, o médico Walter Machado e o Guilherme da Cidao, um diretor industrial, que o José Moreira trouxera de fora.

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A eleição de Murillo Borges em 1962 representou a vitória da classe média contra o populismo do Pekim Moreira da Rocha e o esquerdismo do Beleza. O pleito foi muito acirrado, e Murillo é considerado, até hoje, um dos cinco melhores prefeitos que Fortaleza já teve.

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Aécio de Borba, que o deputado Francisco Studart considerava uma das pessoas mais interessantes do Ceará, foi bicampeão do Ibope, primeiro, na Uirapuru, e depois, na Dragão, e em ambas as emissoras, eu, que sou tido e havido pé quente, estava a seu lado.

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Meu tempo no Clube de Diretores Lojistas foi principalmente assinalado pela peleia entre duas correntes que disputavam a palma do poder, Clovistas e Parentistas, por sinal, os comandantes, Rolim e Inácio, frequentam a lista dos melhores presidentes do CDL.

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Foi este repórter quem insistiu em denominar o dr. Plácido Castelo de O Cearense Tranquilo, a partir do momento que foi indicado pelo presidente Castelo Branco, sugerido por Paulo Sarasate, para governar o Estado, onde, por sinal, saiu-se muito bem, devendo ser assinalado seu extremo zelo pela coisa pública.

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Logo no início do I Veterado, pedi ao Nertan Macêdo, porta-voz, que levasse até o Virgílio minha sugestão de que o Governador, em cada viagem, levasse um jornalista. Dia seguinte, o Nertan me comunicou que ele havia concordado, e coube a mim a terceira viagem, ao Rio de Janeiro.

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Nos Anos Dourados, muitas vezes amanhecia domingo no Ideal, bebendo ao lado da piscina, na presidência Aurélio Mota. Rita já tinha ido embora pra Praia de Iracema, onde morava, e lá pras tantas mandava o empregado deixar duas camisas, uma para o marido, dele mesmo, e outra do filho Fernando, para mim.

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Quando o Ideal nasceu, nas Damas, foi logo batizado de Clube Ideal, havendo até hoje dúvida se coube ao primeiro presidente, dr. Pedro Sampaio, ou a Luiz Gonzaga da Silva, dono do sítio onde tudo originou, e que, mergulhando no tanque que servia de piscina, teria proclamado: É formidável, é o ideal!

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Quem me apresentou ao presidente, então vice, João Goulart foi Carlos Jereissati, no dia da posse do governador Parsifal Barroso. Aconteceu em casa de Bonaparte Maia, meu patrão, que por sinal não estava presente. Nessa oportunidade, travei conhecimento com o Governador do Estado do Rio, Roberto Silveira, que sempre foi um nome em minhas cogitações para Presidente da República, porém partiu muito cedo.

O Poder e Ele

No Governo Plácido Castelo, trabalhei no Conselho de Contribuintes. Logo após tomar posse, Plácido me convidou para assumir o Turismo, porém, não aceitei, face a que o cargo era nível Divisão, e não, pelo menos, Departamento. Coronel Adauto me chamou pro Cerimonial, que eu não podia compatibilizar com minhas atividades na televisão.

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Nota dada sobre membro da Turma do Náutico, que teria candidato a Miss Bicho do CPOR, revoltou a rapaziada, que decidiu me passar um corretivo, intenção manifestada na entrada do clube, que realizava seu primeiro Baile de Debutantes. Eram uns 15, e foi preciso usar toda minha serenidade e talento para escapar sem peia, porém o summer que ganhara do meu pai por boas notas no Marista Cearense, ficou bastante arranhado.

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O inesquecível Arialdo Pinho era contra que se pusesse aquelas caixinhas metálicas na parede pra esconder o armador, justificando que se existe, é para aparecer, e sempre optava pelo formato tradicional, em curva, e à vista de todos.

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Na entrevista à Cidade, foi abordada a maior gafe cometida, logo no início dos quase 70 de carreira, assumindo emprego de relações públicas da Real Aerovias, noticiei que a empresa iria abrir linhas para Caucaia e Maranguape, sem atentar pro fato mais que evidente que nesse caso, tal a proximidade de Fortaleza, teria de dar marcha-à-ré no voo. Na realidade, seriam apenas agências para vender passagens nas duas cidades.

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Em seu “Minuto, Minutinho, Minutão” em O Povo – CBN, venho martelando que não se pode dar o nome de próprio a público a quem ainda não partiu. Primeiro, tem que morrer.

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Já fiz três vezes o Expresso do Oriente, todas saindo de Veneza e concluindo duas em Paris e uma em Londres. Penso até que posso ser o recordista mundial ou, pelo menos, brasileiro.

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Ouvintes e espectadores telefonaram para perguntar sobre temas que achavam pertinentes e não foram abordados na entrevista que concedi a Ricardo Bezerra na Rádio e TV Cidade. É o que podemos chamar de reclamação enaltecedora, que serve como medição da audiência proporcionada. Acontece que o tempo, apenas uma hora, para atender à grande curiosidade realmente é bem menos do que suficiente.

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Certa vez, João Soares, que ainda não era o grande empresário de hoje, me perguntou se eu topava dirigir o Fortaleza, clube que tinha seu pai, Bezerra de Oliveira, como presidente. Não sei se estava autorizado e não levei a sério, porém, que convidou, convidou.