Aproveitamento

O gol que Ademir marcou contra a Iugoslávia aconteceu no início do jogo, quando o time visitante jogava com dez homens, pois sua principal estrela, Mitic, havia batido com a cabeça na saída do túnel e só entrou em campo no Maracanã aos 13 minutos, com a testa enfaixada.

Desperdício

Em 1934, Friedenreich já estava velho, porém, em 1930, poderia perfeitamente ter comandado o ataque da Seleção, que só ganhou um jogo no primeiro Mundial, dando de quatro contra nenhum da fraquíssima Bolívia.

Campo menor

Não é verdade que o Brasil tenha estreado em Mundiais (1930) no Estádio Centenário, que ainda não estava pronto. Nosso primeiro jogo foi no Parque Central, do Peñarol, quando perdemos para a Iugoslávia.

Técnico

O primeiro da Seleção Brasileira foi Píndaro de Carvalho, que dirigiu o escrete na Copa de 1930. O segundo foi um diretor de clube, Luiz Vinhas, na Itália, em 1934, quando o Brasil só fez um jogo, enfrentando e perdendo para a Espanha.

Deu pane

Falando com Flávio Costa no Rio, pelo telefone, o treinador me revelou que pensou em Heleno de Freitas para comandar o ataque brasileiro na Copa do Mundo de 1950, porém não concretizou, por já estar o craque brasileiro com sérios problemas mentais. Heleno morreria, no final da década, em um hospital de Barbacena.

A nossa palavra

Pedindo vênia ao Blanchard Girão, que usava esse emblema para o seu programa ouvidíssimo na Dragão do Mar da Imperador, darei minha opinião sobre o treinador Flávio Costa, confirmando o que dele disse o grande campeão Nilton Santos: era um disciplinador, mas não grande treinador.

Correção

Ademir foi o maior artilheiro do Brasil na Copa de 1950, tendo marcado oito gols, e não nove. Isso ocorreu, pois frente à Espanha, que o pessoal da crônica diz dois, o juiz, na súmula, acusou só um, atribuindo o outro ao zagueiro Parra, contra.

Tudo seria diferente

Atuando em três Copas do Mundo e bicampeão, Nilton Santos rotulou Flávio Costa de “péssimo treinador”. Concordamos totalmente, pois bastaria ter escalado o botafoguense em questão no lugar de Bigode na lateral esquerda, que Ghiggia não teria penetrado sem marcação na área do Brasil, resultando no fatídico gol que fez do Uruguai campeão em 1950.

Desleixo

Tendo se lesionado contra os tchecos, Leônidas deveria ter sido substituído na semifinal contra a Itália por seu reserva Niginho, que, entretanto, foi vetado pela FIFA, por estar vinculado ao Lúcio de Roma.

Nem tanto

Colocar Leônidas da Silva como melhor centroavante no primeiro Mundial da França, em 1938, pode até ser, pois despistou o galardão com italiano Piola. Agora, Domingos da Guia não se saiu bem, tendo até se espalhado que ele atuara, na maioria dos jogos, em estado febril.

Sem cátedra

Eis uma Seleção Brasileira que formei sem incluir campeões mundiais: Barbosa, Leandro e Domingos da Guia, Bauer, Fausto dos Santos, Marinho Chagas, Zizinho, Leônidas da Silva, Julinho, Zico e Moderato (Copa de 30).

Recorde

Gighia, cujo gol impediu que o Brasil saísse campeão em 1950, bateu Pelé e Maradona, pois integrou a seleção do Uruguai após dois meses ter estreado no Peñarol.

Divino mestre

Domingo da Guia encerrou sua carreira no Bangu, em 1948. Sua despedida da Seleção se deu dois anos antes, no Sul-Americano de Bueno Aires, no qual o Brasil foi vice-campeão.

Descalço

O gol que Leônidas da Silva marcou sem chuteira contra a Polônia na estreia do Brasil, na primeira Copa da França, em 1938, foi o quinto na vitória de 6 × 5, e o primeiro da prorrogação.

Bola antiga

Vendo o Ferroviário de hoje, lembro-me daquele Ferrim da infância, de Zé Dias, Nozinho e Manoelzinho, campeão de 1950 e 1952.

Unzinho

Houve apenas um jogador da Copa de 50 que atuou aqui pelo Fortaleza, o ponteiro e volante vascaíno, Alfredo, quando servia no 23 BC.

Em branco

Domingos da Guia nunca se apresentou no Ceará, como também Leônidas da Silva nunca jogou para a plateia cearense.

Bola Redonda

Seleção disputou semifinal pela primeira vez na terceira Copa do Mundo, a de 58, na França, enfrentando a Itália, na famosa partida na qual grande Domingo da Guia, mas que não foi bem na única Copa que disputou, ministrou pênalti sem bola no centroavante Piola.

Cama com cama

Quando Pelé chegou ao Santos, Jair da Rosa Pinto já fazia parte do elenco da Vila Belmiro e os dois passaram a ser companheiros de quarto, o garoto e o craque, que tinha estreado na seleção 16 anos antes

Bola gigante

O primeiro gol no Maracanã foi assinalado pelo meia Didi, que jogava no então Fluminense. Ele integrou a seleção do Rio de Janeiro, que perdeu de três para o São Paulo. Didi e Djalma Santos foram os dois únicos campeões mundiais que participaram da inauguração do grande estádio, construído pelo prefeito Mendes Moraes, contra a opinião de Carlos Lacerda.