Bola rolando

Dos goleiros brasileiros campeões do mundo, quer dizer, campeões que entraram em campo, e não apenas figuraram entre os registrados na Fifa, só dois não perderam em Mundiais, Félix, em 70, e Marcos, em 2002.

Bola rolando

Não é difícil estabelecer qual foi a maior Seleção Brasileira campeã do mundo, se a de 58, na Suécia, ou a de 70, no México, pois essa última ganha fácil, comportando sete craques, Carlos Alberto, Clodoaldo, Jair, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino, enquanto a anterior escalava cinco apenas razoáveis, Di Sordi, Belini, Orlando, Vavá, Zagallo.

Bola rolando

Flávio Costa foi um grande treinador de clube, porém pouco conseguiu, dirigindo a Seleção. Nos anos 40, foi tricampeão pelo Flamengo e três vezes pelo Vasco, sendo dois desses títulos invictos. No escrete, não ganhou nada, pois o próprio Sul-Americano de 49, disputado no Brasil, não pode ser levado a sério, pois a Argentina, que tinha o melhor futebol do mundo, não veio, e o Uruguai mandou um time de estudantes.

O rei são dois

Chamar Pelé de Rei, e aí se comete um ato de justiça, porém sempre estarei disposto a admitir que em termos de Copa do Mundo o Diego Armando deu muito mais à Argentina do que Edson Arantes ao Brasil.

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Fluminense doente, o compositor Chico Buarque tinha, entretanto, como seu ídolo dentro de campo o centroavante Pagão, que jogou no Santos e no São Paulo e pendurou as chuteiras muito cedo, coração soprando demais.

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Dois capitães da Seleção Brasileira tiveram destinos diferentes, um nunca perdeu em Copa do Mundo, Mauro, de 1962, enquanto outro perdeu, Belini, não no campeonato vitorioso na Suécia, mas anos depois, enfrentando Portugal na Inglaterra.

Derrubando o rei

No seu primeiro jogo em Copa do Mundo, Pelé não marcou gol. E a primeira vez que assinalou mais de um gol (contra a França, na Suécia), seu marcador, Jonquet, vítima do perna-de-pau Vavá, estava na enfermaria, o adversário jogando com dez, pois naquele tempo não havia substituição de atleta lesionado, assim, até eu.

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O Brasil não é pentacampeão mundial, apenas bi, pois penta é quando ganha cinco vezes seguidas. Nos anais da Fifa, existe um tetra, o Uruguai, campeão olímpico de 24 e 28, e mundial, em 30 e 50, pois se negou a participar em 34 e 38 e em 42 e 46, face Segunda Guerra, não aconteceu Copa.

Bola rolando

Paulo César foi o primeiro a entrar em campo, em substituição, na Seleção Brasileira, em Copa do Mundo. Entrou no lugar de Gerson, aos 29 minutos do segundo tempo, na estreia ante a Tchecoslováquia, no México. Seu rendimento, nessa competição, para muitos, foi superior ao do Canhotinha, que viajou fora de suas melhores condições.

Bola rolando

Falam muito na linha média Eli, Danilo e Jorge, do Vasco, e Jadir, Dequinha e Jordan, do Flamengo, porém a melhor intermediária do futebol brasileiro em clube foi a do São Paulo, do meio para o fim dos anos 50, Bauer, Ruy e Noronha, todos três, craques, enquanto vascaíno Jorge não era, e o rubro-negro Jordan também não era.
Único jogador que não ficou nem no banco de reservas no Mundial de 70 foi o centroavante Dario, que oficialmente era o reserva de Tostão.

Bola rolando

Ademir marcou nove gols, segundo a crônica, ou oito, segundo a súmula do juiz, no Mundial de 50. Porém, se não tivesse feito nenhum, a Seleção não teria mudado de lugar, que foi o de vice-campeão, pois não conseguiu chegar às redes adversárias na final.

Bola rolando

Tive a oportunidade de receber na Torre do Iracema Plaza alguns campeões mundiais, tais Belini, Nilton Santos, Clodoaldo, Jairzinho e o capitão do México, Carlos Alberto.

Bola rolando

Mauro, o capitão de 62 no Chile, foi desconvocado do Mundial de 1950, tendo o treinador Flávio Costa dado preferência ao grosso Juvenal e ao gaúcho Nena em final de carreira, que por sinal não atuou.

Dados de rei

Em sua estreia pela Seleção Brasileira, contra a Argentina, em 1957, Pelé fez um gol, seu primeiro com a camisa nacional, porém o Brasil perdeu pra Argentina, na Copa Roca.

Bola rolando

Da lendária Seleção de 1950, que marcou a estreia do Maracanã, o jogador mais idoso, Noronha, tinha 32 anos na época. Lateral esquerdo, foi, em técnica, o antecessor do grande Nilton Santos. Tinha também o nome mais longo, sugerindo bom berço, Alfredo Eduardo Mena Barreto de Freitas Noronha, sendo natural do Rio Grande do Sul.

Bola rolando

Difícil estabelecer qual foi o maior craque dos dois, se Pelé ou Maradona. Agora, se fizermos a medição da participação dos dois nos mundiais, o Rei Diego rendeu mais pra Argentina do que o Rei Arantes pro Brasil.

Apontamento

Após Pelé, no Brasil, ninguém. Após Maradona, no mundo, também ninguém.

Bola fria

Defendendo o Fluminense, Castilho costumava fechar o gol. Defendeu até pênalti cobrado por Ademir. Entretanto, não era de Seleção, e o próprio Didi me contou que enfrentando a Hungria, na Copa da Suíça, Castilho tremeu debaixo dos quatro paus.

Bola fria

Flávio Costa foi cinco vezes campeão pelo Flamengo e três pelo Vasco, porém não era treinador de Seleção, onde só obteve o Sul-Americano de 1949, aqui realizado, mas nunca levado muito em conta, pois Argentina não veio e Uruguai mandou time de novatos.