Bola redondíssima

No primeiro jogo em que Pelé marcou mais de dois gols jogando pela Seleção em Copa do Mundo, foram os três na partida contra a França, em 1958, só que seu marcador, Jonquet, estava na enfermaria, pois naquela época ainda não havia substituição, e ele tinha levado um coice do Vavá.

Bola redondíssima

Pelé só fez uma Copa inteira, sua última, em 70, no México. A primeira, na Suécia, só entrou na terceira partida; a segunda, no Chile, se machucou ainda no primeiro tempo e não mais atuou; a terceira, na Inglaterra, inteiro só o jogo de estreia, tendo ficado de fora do decisivo frente à Hungria.

Bola redondíssima

Pelé estreou na Seleção perdendo pra Argentina, porém marcou nosso único gol. Todavia, em seu primeiro jogo em Copa do Mundo, não assinalou nenhum tento, aconteceu em 1958, na Suécia, contra a Rússia.

Bola redondíssima

Pelé foi um caso raríssimo, no futebol brasileiro, de haver jogado pela Seleção antes de ter participado de algum jogo por seu primeiro time profissional, o Santos da Vila Belmiro.

Bola redonda

Primeira derrota do Brasil em Copa do Mundo aconteceu no primeiro jogo que disputou no primeiro Mundial, quando enfrentou a Iugoslávia. A Seleção tinha alguns bons jogadores e um grande craque, o centromédio Fausto, porém cariocas e paulistas brigaram nos bastidores, e São Paulo acabou dando um só jogador, o centroavante Araken, que pertencera ao Santos, mas estava sem clube. Todos os outros eram do Rio, tirante alguns de Niterói.

Bola redonda

A década de 40 pertenceu ao técnico Flávio Costa, tricampeão pelo Flamengo e três vezes pelo Vasco, daí ter sido baseada na lógica sua escolha pela Conferência Brasileira de Desportos para reger a Seleção de 1950.

Bola Redonda

Quando o Brasil ganhou o Mundial de 62, uma criança foi batizada de Gol Santana Silva e outra em Roraima, de Jules Rimet, em homenagem ao presidente da Fifa, que se tornou jogador profissional.

Bola Redonda

Torcedor fanático Francisco Nego dos Santos, um vigia noturno, batizou seus dois filhos de Zicomengo e Flamozer, e a filha de Flamena. Levou os três para apresentar ao Zico; depois lamentou: Ele me tratou como um imbecil.

Geração de Bola

Um registro, provavelmente o único, de pai e filho que atuaram pela Seleção Brasileira em Copa do Mundo. Domingos da Guia, quatro jogos, em 38, na França, e Ademir da Guia, que jogou meio tempo, contra a Polônia, na Alemanha, 36 anos depois.

Prós & contras

Tenho martelado que, em termos de Seleção, Maradona deu bem mais à Argentina do que Pelé ao Brasil. Aliás, o ídolo argentino também jogou quatro Copas.

Bola quente

Eu estava em Sarriá, quando o Brasil perdeu injustamente a Copa da Espanha, na última vez que Escrete jogou bem, encantando público, quem mais deu de colher para a Itália, nessa triste partida, foi o mineiro Cerezzo, que sempre me pareceu jogador para clube, não pra Seleção.

Momentos são

Quando na Copa da Espanha, aquela que o Brasil merecia ganhar e perdeu, e foi a última vez que a Seleção jogou futebol ao pleno, tomei um buque da Transmediterrânea e fui conhecer Ibiza, onde, na barraca Waikiki, na Playa Den Bossa, o Tony Ripoll me introduziu ao topless, que não havia ainda no Ceará e muito pouco no Brasil.

Bola passada

O Maracanã foi inaugurado pouco antes da Copa do Mundo, com um jogo entre as Seleções de Novos do Rio e São Paulo, que venceu. Desse prélio, participaram dois futuros campeões do mundo, aliás, bicampeões, Djalma Santos e Didi, que marcou o primeiro gol do estádio, num sem-pulo.

Derrubando o rei

No seu primeiro campeonato pelo Santos, em 1957, Pelé não foi campeão, quem ganhou foi o São Paulo de Zizinho, um dos Pelés antes dele. E reparem que o Santos vinha de dois títulos seguidos, 55 e 56.

Bom de bola

Ufanismo jamais desmentido da reportagem esportiva brasileira coloca Ademir como o maior comandante-de-ataque da Copa de 50. Ele foi o artilheiro, porém o maior centroavante desse Mundial foi o uruguaio Miguez. O Queixada, como era chamado, nada fez quando a Seleção mais precisou dele, empate com a Suíça, no Pacaembu, e derrota pro Uruguai, na final do Maracanã.

Bola redonda

Só um caso, até hoje, de pai e filho que defenderam o Brasil em Copa do Mundo, zagueiro Domingos da Guia, em 38, na França, que fez quatro jogos, e seu marmanjo Ademir, que atuou meio tempo, contra a Polônia, em 74, na Alemanha.

Bola passada

Heleno de Freitas foi o centroavante mais clássico do futebol brasileiro, mais que Leônidas. Quando foi pro Vasco, o clube de São Januário o colocou numa linha onde pontificavam dois craques, Maneca e Ipojucan, mas havia também dois pernas-de-pau, os ponteiros Nestor e Mário. No intervalo de um jogo, Heleno chegou pro treinador Flávio Costa e esbravejou, apontando os craques, esses dois não me passam a bola porque não querem, e indicando os que não eram, e esses dois, porque não sabem.

Bola rolando

Não é difícil estabelecer qual foi a maior Seleção Brasileira campeã do mundo, se a de 58, na Suécia, ou a de 70, no México, pois essa última ganha fácil, comportando sete craques, Carlos Alberto, Clodoaldo, Jair, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino, enquanto a anterior escalava cinco apenas razoáveis, Di Sordi, Belini, Orlando, Vavá e Zagallo.

Bola rolando

Fluminense doente, o compositor Chico Buarque tinha, entretanto, como seu ídolo dentro de campo o centroavante Pagão, que jogou no Santos e no São Paulo e pendurou as chuteiras muito cedo, coração soprando demais.

Bola fria

Dois capitães da Seleção Brasileira tiveram destinos diferentes. Um nunca perdeu em Copa do Mundo, Mauro, de 1962, enquanto outro perdeu, Belini, não no campeonato vitorioso na Suécia, mas anos depois, enfrentando Portugal, na Inglaterra.