Bola passada

Conheci Ademir nos primórdios da Beira Mar, quando ele, então repórter esportivo, baixou aqui para cobrir um dos primeiros brasileiros. Como se sabe, ele foi o artilheiro da Copa de 1950, porém, passou em branco, quando a seleção mais precisava, no empate com a Suíça no Pacaembu, e sobretudo, na final com o Uruguai, no Maracanã.

Boca quente

Pelé foi um caso raro no futebol brasileiro, talvez, o único, pois foi chamado para a Seleção (1957) sem ter feito um só jogo oficial por seu time, o Santos

Bola no plata

Augustín Valido, argentino, foi tricampeão carioca pelo Flamengo, tendo marcado no final do jogo o gol da vitória de 1 × O frente ao Vasco. Ele já havia encerrado a carreira e foi à Gávea pedir o campo emprestado para um treino do time de sua gráfica, porém, o técnico Flávio Costa constatou que ele ainda tinha muita bola para dar e o convidou para jogar na final como amador, tornando-o herói na história rubro-negra.

Bem registro

Jair da Rosa Pinto nunca chegou a ser campeão mundial, foi ele um dos perdedores do 16 de julho no estreante Maracanã. Logo depois, jogando pelo Palmeiras, foi campeão mundial de Clubes, título que a Fifa nunca reconheceu.

Para fora

Descontos nos jogos estão ficando cada vez mais exagerados, quando, em um futuro certamente distante, ele for alguma coisa no futebol, reduzo para metade da metade.

Para fora

Acabaria com o juiz de televisão, pois representa grande impertinência só se poder festejar o gol minutos depois de acontecido.

Para fora

Essa história de colocar todo o time no banco não tem o menor cabimento, deve ser no máximo cinco, com dois goleiros e três da linha.

Uma vez na vida

No Campeonato Carioca de 1951, houve uma rodada que só deu empate e pelo mesmo placar, 1 × 1. Foram cinco jogos.

Bola passada

Brasil levou anos pra conseguir um título mundial de futebol, que só veio na sexta Copa que disputou. E assim mesmo, o caneco saiu manchado, pois na semifinal, jogo duríssimo, a França, que vinha sendo o melhor time do campeonato, jogou todo o segundo tempo com dez, e na final, contra a Suécia, logo no início, Djalma Santos aplicou uma cacetada no ponteiro Skolund que foi parar capengando, sem nada poder fazer em sua posição. Faz-se mister esclarecer que naquele tempo, 1958, não havia substituição, jogador lesionado era como se fosse expulso. 

A bola de ouro

O gol que Leônidas da Silva fez de pé no chão, na estreia do Brasil na Copa de 1938, na França, onde enfrentava a Polônia, foi o quinto do jogo e o primeiro da prorrogação. Por sinal, o único consignado sem chuteiras de toda a história dos mundiais.

Gramado real

Muita gente pensa que o Brasil estreou no primeiro Mundial, em 1930, no Estádio Centenário, especialmente construído pelo Governo uruguaio para sediar a primeira Copa do Mundo. Acontece que a estreia do Brasil foi no campo do Penarol, o Parque Central, que por sinal conheci, pois o grande estádio ainda não estava pronto, quando jogamos e perdemos para a Iugoslávia.

Bola rolando

Zagueiro central estilo clássico, Djalma Dias foi três vezes chamado para a Seleção Brasileira e acabou desconvocado nas três ocasiões, não chegando a jogar em Copa do Mundo, a não ser nas Eliminatórias. Foi um dos poucos que se aproximaram da classe do insuperável Domingos da Guia. 

Bola rolando

Brasil ganhou dois Mundiais bastante suspeitos, o da Suécia, quando a França, melhor time, jogou segundo tempo todo só com dez, e Chile, em 62, quando juiz roubou descaradamente, anulando um gol legítimo da Espanha, e deixando de marcar ostensivo pênalti do grande Nilton Santos, lateral-esquerdo do Brasil.  

Bola rolando

Se for pesquisado com a devida atenção, Zagallo, que foi campeão e vice mundial, não estará com essa pelota toda, pois foi o treinador brasileiro que foi mais derrotado em Copas, quatro vezes, França, Holanda, Polônia e até mesmo a fraquíssima Noruega.

Bola passada

Clodoaldo foi uma das gratas revelações da Seleção que faturou a Copa de 70 no México, última que o Brasil ganhou jogando futebol. No jogo mais importante, contra a Inglaterra, com Gerson de fora e Rivelino se lesionando durante a partida, ele e Paulo César, o reserva de luxo, aguentaram a barra na apertada vitória, que mais justo seria o empate.

Bola rolando

Fato muito raro protagonizado por Pelé. Foi o jogador que atuou na Seleção primeiro que no Campeonato Estadual, fazendo sua estreia no escrete sem participar de nenhum jogo pelo torneio paulista.  

Bola rolando

A crônica apontou Pelé maior craque da Copa de 70, porém, o Fagner garante que, no jogo com o Uruguai, o Rei não chegou a pegar na bola.  

Bola rolando

Entre as razões pelas quais Brasil não pode propagar ser o melhor futebol do mundo é que a Seleção está fora da lista dos melhores jogos de todos os tempos, que foram (são) Uruguai x Argentina, em 30, Itália x Espanha, em 34, Hungria x Uruguai, em 54, Itália x Alemanha, em 70, Argentina x Inglaterra, em 86. 

Bola rolando

No Mundial de 38, na França, o Brasil levou 22 jogadores, portanto, dois times completos, dos quais só um atleta não entrou em campo, o center Nijinho, reserva de Leônidas, que estava filiado ao Lazio da Itália, e foi vetado pela Fifa.

Show de bola

Arati, um apenas lateral do Madureira e depois do Botafogo, só jogou uma vez pela Seleção, enfrentando o México, no Pan-Americano de 1952. Acontece que, nessa partida disputada no Chile, estreou, nada mais, nada menos, que Didi, o futuro bicampeão mundial, e fez, assim, Arati ter seus 15 minutos de glória.