Tela quente

O filme “Sublime Devoção”, estrelado por James Stewart, Richard Conte e Lee J. Cobb, em memoráveis desempenhos, talvez não figure entre os cinco maiores de todos os tempos, porém na minha lista, sim.

Tela quente

Elizabeth Taylor e Montgomery Cliff conquistaram o mundo em “Um Lugar ao Sol”, de George Stevens, eles voltariam em “De Repente, no Último Verão”, filme sobre lobotomia, criação do médico português Egas Muniz, que pretendia reduzir loucura das pessoas lhes enfiando uma faca na cabeça.

Na marra

Tem muita gente daquele tempo que considera Amadeu Barros Leal, tio do Antenor, um verdadeiro herói, por haver enfrentado o campeão da exibição cinematográfica, Luiz Severiano Ribeiro, pois instalou nada menos que cinco casas, Jangada, Samburá, Araçanga, no Centro, Itaipu, na Pontes Vieira com Joaquim Távora, e Toaçu, numa galeria da Praça José de Alencar.

Finalmentes

Na véspera da partida, Humphrey Bogart fez questão de beijar na boca sua mulher, Lauren Bacall, que mais tarde confessaria ter feito força para suportar o mau cheiro que a boca do marido expelia, ante esôfago dilacerado.

Tela quente

Grandiosa atriz inglesa Vivien Leigh recebeu o Oscar por “E o Vento Levou...”, agora, seu parceiro num dos maiores filmes de todos os tempos, Clark Gable, não ganhou.

Parada dura

Em seu último filme, já mortalmente atingido no esôfago pelo câncer, Humphrey Bogart enfrentou Rod Steiger, tão grande ator quanto ele.

Cedo demais

Típico mocinho do cinema, Audie Murphy morreu muito jovem, com pouco mais de 30, em curiosa manobra do destino, logo ele que vencia todas.

Tela quente

Ando atrás, faz muito tempo, do filme “Tarde Demais”, porém as distribuidoras não têm. Nele, grande Olivia de Havilland contracena com Monty Clift, ambos em memoráveis papéis. Ela, vivendo a filha sem graça de um milionário, e ele, um vilão, o caça-dotes. Quem possuir eu tiver ideia, faz favor avisar.

Tela quente

Muito recentemente, preenchi minha solidão cumbucana assistindo “A Trágica Farsa”, último filme de Humphrey Bogart, feito quando ele já estava doente, atingido pelo câncer de esôfago, comprovadamente nascido do cigarro.

Ingresso

Dos cinemas centrais da Empresa Ribeiro em Fortaleza, o Moderno era o único que a gente entrava de costas para a tela.

Tela quente

Noite dessas, reencontrei Kirk Douglas e Burt Lancaster, que nunca figuraram entre as grandes estrelas, porém eram muito apreciados pelo público, sobretudo masculino. Não eram brilhantes, mas sempre deram conta do recado.

Tela quente

Dos quatro filmes que fizeram juntos, Humphrey Bogart e Lauren Bacall, dois foram muito bons, “Uma Aventura na Martinica”, antes do casamento, e “Paixões em Fúria”.

Primeira tela

Primeira vez que assisti a Ingrid Bergman foi no Cine Rex, na General Sampaio, contracenava com Gregory Peck, em “Quando Fala o Coração”, de Hitchcock.

Tela no bairro

Aldeota teve dois cinemas, o Ventura, de Severiano Ribeiro e Júlio Ventura, e na Barão de Studart, e o Santos Dumont, dos padres jesuítas, locado na Praça do Cristo Rei, carinhosamente denominado Dioguinho.

Tela quente

Olívia de Havilland e sua irmã Joan Fontaine eram inimigas. Ela era melhor atriz, tendo nos dado “Tarde Demais”, quando contracena com, para mim, um dos grandes atores, Montgomery Clift.

Tela quente

Aproveitando um dos feriados mais recentes, revi “Telefonema de Um Estranho”, quando o avião cai e mata todo mundo, menos quem ninguém conhecia e que vai visitar as famílias de quem partiu. Foi mais um desempenho da grande Bette Davis.

Cartaz cinematográfico

Dos três longas-metragens que interpretou, James Dean só assistiu ao primeiro, “Vidas Amargas”, pois quando exibidos os outros dois, “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade”, o astro nascente já estava mortinho da silva.

Bons & maus

Nem sempre o cinema aplica bons títulos a seus filmes, alguns péssimos, podendo se apresentar como exceção “Vidas Amargas”, com James Dean, “Tudo Isso e o Céu Também”, com Charles Boyer, “Meu Reino Por Amor”, com Bette Davis, “E o Vento Levou...”, com Janet Leigh, e “Crepúsculo dos Deuses”, com Norma Shearer.

Tela quente

Foi este cinéfilo que descobriu, em “Casablanca”, Ingrid Bergman não teve uma só cena em que aparecesse outra mulher. Só contracenou com homens, no filme maior de todos os tempos.

Na ponta da língua

Qual foi a primeira televisão do Brasil? Tem muita gente ainda pensando que foi a TV Tupi do Rio, porém a primeira televisão do Brasil foi a TV Tupi, todavia, de São Paulo, no final de 1950. A razão dessa preferência, quando o Rio era a Capital, foi que Chateaubriand era muito vivo, e sabia que o dinheiro estava em São Paulo, e não no Rio.