Categoria: Etiqueta

Quando está gripado, eis um bom motivo para não vir trabalhar e ficar em casa, com muita vitamina C e cama.

Diz-se “à francesa” o serviço que o convidado é quem ele próprio se serve, sem se levantar da cadeira, o garçom lhe apresentando a travessa e os trinchadores, para ele mesmo escolher o pedaço e a quantidade que deseja comer, de carne, de frango ou de peixe.

A postura Zen para a concentração determina sentar estilo Buda, coluna reta e olhar fixo para a parede defronte.

Acabou “Ex.ma Família” no envelope dos convites de casamento, se põe apenas, nos dias correntes, “Sr. e Sra.”, também nada de “Dr.”, a não ser que seja em Filosofia ou Teologia.

Quando um amigo viajante lhe oferece os préstimos, dificilmente é pra valer, pois não há nada mais desagradável em viagem do que levar encomendas.

Se você pretende descobrir os mistérios dos himalaias, viajando para lá, siga estas instruções primordiais. Não ter pressa. Faça-se acompanhar sempre de mochila. Preferir os atalhos às estradas principais. Jamais chamar-se a si próprio de turista.

Tem um presente que não se deve dar aos noivos, o quarto de dormir, pois é prerrogativa exclusiva do casante.

Deixe o palito para o toalete, para quem não pode passar sem ele, na mesa mesmo não, violão, nem que a peça exposta, quer dizer, o paliteiro, seja de prata. 

Não é pertinente convidado de recepção de casamento se retirar antes dos noivos, a não ser que se trate de pessoa muito idosa, autoridade do Estado ou Príncipe da Igreja.

Se houver joias de família, realmente belas e antigas, que combinam com o vestido e o tipo físico da noiva, vale insistir. Em geral, deve-se usar apenas um fio de pequenas pérolas ou uma delicada correntinha de ouro com brilhante ou pérola. Pulseiras, broches, clipes e pendentes devem ser completamente descogitados.

Havendo ostras no cardápio, elas deverão anteceder a sopa, esta virá antes do peixe, e este, antes da carne.

A maior autoridade brasileira em etiqueta social estabeleceu: Não cochiche quando houver mais pessoas na mesa. Falar ao ouvido de alguém, excluindo os outros, é indelicado. Se quiser dizer algo a um amigo e que não deve ser ouvido por outros, espere a ocasião oportuna.

“Minha senhora” é a mulher do próximo. Quando se trata da própria consorte de quem fala, será sempre mais correto empregar “minha mulher”.

Só se pode convidar o Governador para casamento se for padrinho, os pais dos noivos podem sair pela tangente, enviando à Sua Excelência uma participação, porém não um convite. Nesse caso, o Chefe do Executivo, se quiser, poderá enviar a Primeira-Dama.

Havendo cavalheiro na mesa, o garçom não deve passar cardápio à dama, competindo ao acompanhante sugerir o prato da madame.

Para garçom gripado, vitamina C e cama, e nunca trabalho.

Modo muito cortês, ao dar uma gorjeta, é pronunciar estas palavras: Peço fazer o obséquio de aceitar.

Se se trata de nupcial, usar “Bodas”; se não se trata, utilize “Jubileu”.

No nupcial Romcy-Pimentel, ocorrido na Maraponga, a anfitriã, Efigênia, deixou a casa comigo e foi se cuidar lá fora. Aproveitei para introduzir, pela primeira vez, em casamento, cerveja e café expresso, além de bandejas com água gelada, fora, naturalmente, o de praxe, uísque e espumante.

Recebendo o primeiro convidado, o dono da casa só lhe pode oferecer bebida após cinco minutos ou, mais corretamente, dez, e os aperitivos comíveis, só após quinze.