As distinções

Peixe não é crustáceo; peixe é simplesmente pescado. Crustáceo é camarão, lagosta que, por sua vez, não são frutos do mar, denominação correta para ostras e mexilhões.

Dando de beber

Mister Chianti é apresentado em garrafas difíceis de ser arrolhadas, é um vinho sempre bebido muito moço e sua acidez, bem aceitável, o torna excelente nos dias de calor.

Comum de dois

O macarrão funciona como principal na macarronada e de guarnição, se acompanha a carne ou o frango.

Comum de dois

O macarrão funciona como principal, sendo macarronada exemplo mais evidente, mas também como guarnição, acompanhando carne, frango ou, forçando um pouco a barra, peixe.

Prato do dia

No tempo em que eu ia muito ao Rio, e obviamente, todo dia, ao Copacabana Palace, minha pedida favorita, no Golden Room, era o Steak Diana, impossível de fazer aqui, no momento, pois falta vinho Madeira na praça.

Pasto passado

Pouca gente sabe que antes de abrir o Sandra’s, na Beira-Mar, Sandra Gentil passou pelo Panela, na Praia de Iracema, por sinal, no meu entender, o Panela foi melhor que o Sandra’s.

Pasto passado

Pouca gente sabe que antes de abrir o Sandra’s, na Beira-Mar, Sandra Gentil passou pelo Panela, na Praia de Iracema, por sinal, no meu entender, o Panela foi melhor que o Sandra’s.

Histórias do pasto

A famosa peixada da Beira Mar perdeu o charme, que consistia no seguinte. No final da tarde, as jangadas aportavam no Mucuripe, bem em frente aos restôs. Traziam os pescados frescos, que iam direto pros camburões onde os esperava aquela salmoura com todos os temperos. À noite, as cozinhas soltavam aquela delícia, o pirão, então, era um acontecimento. Pois bem, essa elaboração não existe mais.

Comendo bem

Angulas, um fruto do mar que só dá no Mediterrâneo, tem o aspecto de um pequeno fio de macarrão e serve de entrada, à provençal, em prato e talheres de madeira, que o garçom faz o favor de afastar do cliente, para não respingar, pois muito quente, e também caro.

Comendo bem

Escargôs do antigo Bistrô da Rua Fernando Mendes, do Rio, isso no passado, e do Le Grignotière, de Villefranche, nos dias correntes.

Comendo bem

Cozido à Portuguesa do Polícia de Lisboa. Só tem uma vez por semana, penso, às sextas, e lamentavelmente o Joaquim, favorito da turma cearense se compulsoriou e não está mais lá. Fica pertinho do meu hotel, o Olissipo Marquês de Sá, e do famoso Parque Gunbenkein.

Comendo bem

Presunto Pata Negra, no La Bodeguilla de Palma de Mallorca, que foi descoberto pela Bel de Sá, e quando estou na capital marroquina, passo duas vezes por dia lá.

Comendo bem

Feijoada do restaurante brasileiro El Rodízio, em Barcelona, a casa oferece uma enorme barra, que só não tem lagosta, e, mais recentemente, mudou, erradamente, no meu entender, o nome para Guanabara.

Comendo bem

Espaguete do Alfredo de Roma, valendo a pena lembrar que não peça faca, pois esse delicioso petisco italiano se traça com garfo e colher, que faz o papel cortante.

Comendo bem

Cabrito do Amaya, deliciosa pedida da Rambla Santa Mônica, próximo ao Teatro do Liceu.

Comendo bem

Los Caracoles é um tradicional restaurante de Barcelona, pertinho das Ramblas, que não prima pelo conforto, porém os frangos no espeto e os camarões compensam plenamente. Os garçons são todos muito profissionais, de agilidade impressionante, e curtem uma boa gorjeta.

Comendo bem

Pratos que guardei: Steak Diana do Bife de Ouro do Copacabana Palace, um filé cortado fino, servido com arroz branco e molho madeira.

Dica de pasto

Melhor restaurante em Fortaleza, levando em conta apenas os que não existem mais, foi o Panela, do Iracema Plaza Hotel, obra-prima do meu particular amigo e hospedeiro Chico Philomeno. O Sandra’s, sobretudo na fase da praia, foi bem, mas a Sandra era cozinheira de receita, não era muito criativa, e a melhor coisa que dela provei foi uma carne de sol, que preparou, aí, já nas Dunas, para o grande Zózimo Barrozo do Amaral. O Panela era um bistrô tipo parisiense, em seus anos iniciais, com apenas 28 lugares, e fazendo fila nos fins de semana.

Pasto antigo

O Lido, restô instalado em meio dos anos 50, pelo francês Charlie Dell’Eva, no seu glorioso início, depois das dez da noite ninguém podia mais entrar, embora quem já estivesse dentro permanecesse, não por muito tempo.