Categoria: Mestre-escola

“Melhor do que pedi a Deus” soa mais convincentemente aquilo que você quer dizer do que “tá tudo azul, com bolinhas brancas”.

Se você terá de usar “aguardar” ou “esperar”, prefira sempre o primeiro verbo, pois o segundo implica no desconforto de uma maior demora.

Atualmente muito pouco usado na linguagem corriqueira, quando se diz “Vida de Nababo” significa que o cidadão leva uma existência opulenta, muito bem dotada de recursos, que ensejam que ele more bem, se vista bem, coma e beba bem.

“Senhora” pede o nome da família ou do marido, por exemplo, Sra. Barros ou Sra. João de Barros, enquanto “Dona” deve ser seguido pelo nome de batismo, Dona Amélia.

Nunca se deve começar uma frase com o verbo “Achar”, “Eu Acho...”, pois fica muito imperativo, preferindo “Eu Penso...”, “Eu Considero...” ou “Eu Suponho...”.

“Entrega a domicílio” não existe. Para professar o idioma corretamente, “Entrega em domicílio”.

“Faz-se unhas” não está correto, pois aí o “se” seria sujeito, que não pode. Passando a frase para a voz passiva, se obtém “Unhas são feitas”, logo o sujeito é “unhas”, e o verbo vai para o plural. Assim, a forma escorreita fica: Fazem-se unhas.

“Em mãos” não existe. Use sempre no singular, “Em mão”.

“Eles vão com nós”, a frase em questão não está completamente errada nem muito certa. O melhor português indica “conosco”, sendo que “com nós” substitui “a gente”, quer dizer, “vão com a gente”. Além do mais, é o palavreado do Zé Povinho ou da turma do sertão.

Sodômito não significa outra coisa que não seja avarento e usuário, portanto não confundir com sodomita.

Celina, nome de mulher, se pronuncia com o E fechado, como se dispusesse de um acento circunflexo, popularmente alcunhado de chapeuzinho.

“Dói-me os dentes” não está correto. Para ser escorreito na língua, tem de pôr “doem-me os dentes”.

“Malifício” está completamente errado, a forma correta é “malefício”, porque provém do latim “maleficiu”.

Embora não completamente errado, mas também certo não é, começar frase por pronome oblíquo. Assim, em vez de dizer “Me parece”, opte por “Parece-me”.

“Posar” e “pousar” são coisas distintas. “Posar” é quando o modelo “posa” para uma fotografia; e “pousar”, quando uma mosca “pousa” na sopa.

Se você não tem nada melhor a dizer, melhor ficar calado. Porém, convém evitar sempre o lugar-comum, tais “Muito obrigado pela parte que me toca” e “Filho de peixe, peixinho é”.

“Relutante” é um adjetivo que caracteriza uma pessoa que se opõe a alguma coisa. Agora, para caracterizar alguém indeciso, a opção é “Reticente”.

Na qualidade de aluno permanentemente irrepreensível do vernáculo pátrio, devo esclarecer que nunca será pertinente começar uma frase por “Eu acho...”, sendo preferível expressão menos imperialista, qual seja, “Suponho”, “Me parece”, “Penso que”.

“Informá-lo de que”, essa é a forma correta. Exemplo: “Vim para informá-lo de que...”. Se você tira a preposição “de”, está errado.

A palavra “obrigado” tem origem na forma latina “obligatu” e pertence à classe dos adjetivos e, como tal, deverá concordar em gênero e número com a pessoa que agradece. Assim, uma mulher deverá sempre dizer “obrigada”, e um homem deverá dizer “obrigado”.