Golpe de mestre

De Sandra Duarte Tavares, da Universidade de Lisboa: Não se diz “haviam”, porém “havia”. A forma verbal correspondente ao pretérito imperfeito do indicativo do verbo “haver” na terceira pessoa é “havia”. Sempre que é verbo principal, “haver” só se conjuga na terceira pessoa do singular, porque é um verbo impessoal. Exemplos: “há” feriados, “houve” feriados, “havia” feriados, “haverá” feriados, “haveria” feriados, “haja” feriados.

Golpe de mestre

“Polícia” recebe acento agudo sobre a vogal “I”, uma vez que é uma palavra esdrúxula. O acento em questão evidencia a vogal tônica.

Golpe de mestre

“Micro-ondas” leva hífen, como também “anti-inflamatório” e “contra-ataque”. (De Sandra Duarte Tavares, mestre em Linguística Portuguesa pela Universidade de Lisboa)

Golpe de mestre

“Caranguejo” não leva “I”. “Cateter” não leva acento no primeiro “E”, pois vem do grego “kathetér”, que significa objeto que penetra.

Golpe de mestre

Menu, que provém do francês, não leva acento, pois se trata de uma palavra aguda terminada em “U”.

Mestre escola

A palavra “quilo” se escreve com “QU”, sendo a letra “K” somente utilizada nas abreviaturas de unidades e medidas, tal Kg (quilograma).

Golpe de mestre

“Ele a namorou”, aí o verbo é transitivo direto; “Ele namorou com ela”, aí o verbo é transitivo indireto; “Eles namoraram”, quando o verbo, então, é intransitivo.

Golpe de mestre

“Eu acho...” Bem, não está errado, porém assume ares imperativos. Prefira “me parece” ou “suponho”, mais fácil de ser absorvido pela roda ouvinte.

Golpe de mestre

“Vende-se casas” ou “Vendem-se casas”? Tomando por base que o “se” não pode ser sujeito, corretamente você escreverá “Vendem-se casas”, sendo “casas” sujeito. Acontece, porém, que “Vende-se casas” não está errado, pois é a maneira de se dizer “A gente vende”, sendo, então, “a gente” o sujeito.

Golpe de mestre

A forma correta é “Onde está”, isso querendo dizer que “Aonde está” não faz parte da completa correção, pois só deve ser usado com verbos que implicam em movimento, por exemplo: “Aonde vais é legal.”

Golpe de mestre

Segundo o prof. Sérgio Rodrigues, não há erro algum na frase “Correr Atrás do Prejuízo”. Existe, porém, quem ache que só um louco persegue o prejuízo, quando o que querem as pessoas normais é fugir dele.

Golpe de mestre

Em Portugal, “cheguei a casa” é uma construção naturalíssima, mas em português, gerações preferem “cheguei em casa”.

Golpe de mestre

Em seu livro Viva a Língua Portuguesa, Sérgio Rodrigues explica que lavagem de dinheiro é versão da expressão inglesa money laudering e que, em Portugal, se diz frequentemente de capitais, pretendendo significar limpar a moeda ilegal, quer dizer, suja.

Golpe de mestre

“Que eu gosto” ou “de que eu gosto”? Segundo o livro Viva a Língua Brasileira, do prof. Sérgio Rodrigues, o correto será sempre dizer “alguém de que (ou de quem) eu gosto”, porque o verbo “gostar”, transitivo indireto, exige a preposição “de”.

Golpe de mestre

A forma correta é “haja” no singular. Assim, “espero que ‘hajam’ bilhetes para o cinema” está errado.

Golpe de mestre

“Coeficiente de Inteligência” não existe, a forma correta é “Quoeficiente de Inteligência”.

Vernáculo

Dependendo do grau de intimidade com o endereçado, você pode usar na carta “tu” ou “você”, agindo corretamente qualquer que for sua escolha, desde que não comece por “tu” e termine com “você” ou comece por “você” e termine com ”tu”.

Golpe de mestre

“Isotérico” não existe. A forma correta é “esotérico”, pois o adjetivo provém do grego “esoterikós”.

Golpe de mestre

De Sérgio Rodrigues: Escrevemos “milionário” e “bilionário”, porque essas palavras não derivam diretamente das formas “milhão” e “bilhão”, pois, para a formação delas, a língua recorre ao italiano “milione” e ao francês “bilion”.

Golpe de mestre

O que é correto, “meio-dia e meio” ou “meio-dia e meia”? Segundo Sérgio Rodrigues, ponha “meio-dia e meia” e estará absolutamente correto.