Categoria: Mestre-escola

De Sandra Duarte Tavares, mestre da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e especialista do vernáculo: Dizer “o filme que eu mais gostei” não está certo. O correto será “o filme de que eu mais gostei”.

“Femenino” está errado, a forma correta é “feminino”.

O nome “cateter” vem do grego “kathetér”, que significa objeto que penetra e se presta pra designar a sonda que se mete numa veia ou artéria para introduzir um medicamento. De acordo com a sua etimologia, é uma palavra aguda, ou seja, quando se pronuncia, o acento tônico recai na última sílaba. Assim, ca-te-ter.

A palavra “malcriado” se escreve assim, junto. Portanto, grafar “mal-criado” não está correto.

O adjetivo “pudico” provém do latim “prudicu”, para determinar alguém muito reservado e casto. Trata-se de uma palavra grave, ou seja, com acento tônico na penúltima sílaba, daí não levar acento, graficamente.

“Caibo” é a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo “caber”. Exemplo: Engordei, por isso já não caibo neste vestido.

A gente escreve “comboio” assim, sem acento, pois, com o Acordo Ortográfico Brasil-Portugal de 1990, as palavras graves envolvendo o ditongo “oi” não levam acento, tais boia, joia, heroico e paranoico.

“Posar” e “pousar” são coisas distintas. “Posar” é quando o modelo “posa” para uma fotografia; e “pousar”, quando uma mosca “pousa” na sopa.

“Malifício” está completamente errado. A forma correta é “malefício”, porque provém do latim “maleficiu”.

O adjetivo “malcomportado” se escreve aglutinadamente, já “bem-comportado” se põe assim, com hífen.

Diga sempre “meteorologia”, e jamais “metereologia”. Exemplo: Segundo a meteorologia, vai chover bastante neste mês de março.

“Informá-lo de que”, essa é a forma correta. Exemplo: “Vim para informá-lo de que”. Se você tira a preposição “de”, está errado.

“Dói-me os dentes” não está correto. Para ser escorreito na língua, tem de pôr “Doem-me os dentes”.

O verbo “cozer”, significando cozinhar, se escreve assim, com Z. Exemplo: Cozi as batatas antes de as pôr no fogo.

A palavra “gás” se escreve com S, até mesmo porque “gaz”, com Z, não está referendado em português.

“Iminente” é aquilo que está próximo; “eminente” é aquele que é importante.

A forma correta é “insosso”, para estabelecer o que não tem sal ou muito pouco. Alguns dicionários, entretanto, programam também a variante “ensosso”.

A palavra “álcool” deve levar acento gráfico sobre a vogal “a”, uma vez que o acento tônico recai sobre a sílaba “al”. Trata-se de uma palavra esdrúxula, ou seja, com acento gráfico na antepenúltima sílaba.

Não existe “duzentas gramas”. Para falar e escrever corretamente o vernáculo, o correto é dizer “duzentos gramas”.

Há palavra masculina terminada em O que forma o feminino trocando por A, porém há nomes terminados em A que fazem o feminino por meio do sufixo, ISA, assim papa fica papisa, e poeta, poetisa.