XX Leilão de Obras de Arte em Prol do Amigos em Ação

  Na Rua Desembargador Moreira, 629, continua a exposição da Campanha Amigos em Ação, liderada por Alessandro Belchior, com o apoio dos irmãos Germano e Delano, indo até o dia 7 de dezembro. Expositores: Adjacy, Adriano, Alexandre, Alfredo, Almeida Leite, Ana Porto, André e Andréa. Ferreira da Rocha, Antônio Mourão, Assis Castelo, Assis Filho. Ascal, Avelar, Beatriz, Ceiça Lopes, Chagas, Dickson D’Andrade, Dimas Roque, Ed Rocha, Edmar, Edismar Arruda. Francilino, Pilande, Ely Albano, Ernesto Moura, Espedito Celeiro, Expedito Lima. Carelli, Ferreirinha, Francisco Bandeira, Deneilson, Fialho, Ivo, Francisco José, Pirajá, Hirma Marinho, Hugo II, Itamar, Azarias (Mr. Jazfo), João Bosco, José do Egito e Francisco Pinheiro. Júlio Silveira, Júlio Bezerra, J. Maciel, Lana Guerra, Léo Henrique, Louise. Luciana, Luiz Sena, Mano Alencar, Marcos Oriá, Nelson Gabriel, Orlando, Pedro Ivo, Ramon Rocha, Regine Limaverde. Rodrigo Oliveira, Rozildo, Sergei de Castro, Sergine Cabral, Tarcizo Viriato, Ieda Campos, Totonho Laprovítera, Valber, Zakira, Vlamir de Sousa, Wanger, Welton e Vando Figueiredo. Abrange pintura, desenho, gravura, arte geométrica, fotografia, escultura, colagem, arte decorativa e joalheria. Entidade beneficiadas: Santa Casa, Lar Torres de Melo, Amigos de Jesus, Obra Lumen de Evangelização, Pequeno Cotolengo Dom Orione, Instituto Pensando Bem e Casa de Vovó Dedé.

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Sobre cinquentenário do Castelão, o desembargador Zezé Câmara me enviou importante documentário. Contendo vários depoimentos referentes ao maior acontecimento do futebol cearense no século passado. Paulino Rocha, na véspera: Prestes a ser entregue todo o gigantesco trabalho, toda aquela magnífica ideia do ex-governador Plácido Castelo. Gomes Farias: Trabalhávamos na Dragão e fomos tomar café com o Dário Macêdo, que perguntou o que o sogro deveria fazer para tornar-se imortal, Paulino, à queima roupa, respondeu: Um grande estádio. Tom Barros: O local primeiramente cogitado foi onde fica a Rodoviária, porém, Mata Galinha, segunda sugestão, ganhou. Ciro Câmara: Poucos sabem que o estádio passou sete anos com apenas dois lances de arquibancadas construídos.

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Complementando nota sobre a utilização do fracasso para atingir o sucesso, damos hoje alguns exemplos famosos. Começando por Thomas Edison, que antes de obter a luz elétrica, andou queimando milhares e milhares de lâmpadas. Henry Ford faliu duas vezes como fabricante de automóveis, antes de criar a Ford Moto Company. Berry Gordy, fundador da Motown Records, fechou sua primeira loja de discos porque não havia jeito do negócio prosperar e ir pra frente. Essa derrocada lhe valeu lições que serviriam de base para fundar uma das gravadoras mais bem-sucedidas do século passado. Terminamos por fazer eco com o uruguaio Mario Benedetti, quando estabeleceu que a experiência do fracasso planta o êxito do futuro.

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A MULHER DO SÉCULO POR INTEIRO A primeira vez que vi Beatriz Philomeno na vida aconteceu em 1956, quando baixei em sua casa, atendendo a um convite que a primeira-dama, então, dona Nícia Marcílio, deixara no Colégio Cearense, que solicitava minha presença na Rua Francisco Sá, na manhã seguinte. Linda, aos 33, usando um vermelhinho que lhe assentava muito bem, com tamancos do mesmo tom. Quando escolhida pelo Ibrahim pra lista das Dez Mais, O Globo mandou ouvi-la como tinha recebido a indicação, saiu-se brilhantemente, pois não se comprometeu, nem revelando deslumbramento, que não era o caso, nem indiferença, que não seria polido. Sua resposta foi: Os meus sobrinhos cariocas fizeram um grande alvoroço. O marido ficou vaidoso e lhe presenteou com um espetacular vestido branco, provavelmente adquirido na Casa Canadá, do Rio, meca da elegância brasileira. Beatriz falava inglês e, sobretudo, francês, e tocava piano e acordeom, tendo tido eu a chance de assisti-la empunhando esse instrumento, num gala dos Aprendizes Marinheiros. Aliás, foi presidente, durante anos, das Voluntárias de Jacarecanga, entidade com que nunca deixou de colaborar. Era primorosa anfitriã, e seu estrogonofe tornou-se famoso, tendo tido a oportunidade de receber em Jacarecanga o Embaixador da Santa Sé e os Condes de Bonde representantes da Suécia, acontecimentos para os quais tive a honra de ser convidado. Quando entrou no Golden-Room do Copacabana Palace para assistir a cantora francesa Dany Dauberson, chamou a atenção de todo mundo. Em casa da prima Helena Jereissati, foi apresentada ao herdeiro presuntivo da Coroa Brasileira, dom Pedro de Orleans e Bragança. Dotada de viva conversação, prendia na roda as atenções. Era extremamente admirada pelo sogro Pedro Philomeno e pelo cunhado Stênio Gomes, que governou o Estado. Eu estava viajando, quando recebeu o colunista Tavares de Miranda para um chá, que aqui atracara em curso para seu torrão natal, Recife. No passamento de minha mãe Nair, Chico me deu os pêsames no lobby do Iracema Plaza, informando: Não pude comparecer, porém, Beatriz esteve lá. Uma das histórias sobre ela é que quase morre por chupar uma manga. E seu casamento, o rapaz mais rico e a moça mais bonita, foi na base da Lei Seca, por haver partido, em cima, pessoa na família mais próxima do noivo. E assim definiu seu casamento, que produziu oito: Fui uma mulher muito amada.

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A experiência é simplesmente o nome que damos aos nossos próprios erros, essa maravilha é de Oscar Wilde. Porém, ainda mais brilhante foi o poeta uruguaio Mario Benedetti, que analisou as vantagens de equivocar-se. Fracassar é também um sinal que é quase uma advertência. De que tínhamos algo a dar, talvez para perdê-lo em uma só noite. (...) o fracasso faz bem, é um alarme, mostra-nos que somos vulneráveis. E com essa tutela, nos dá forças para retornarmos à vitória.

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Engenheiro Gentleman César Aziz Ary, por sinal, um dos alicerces do Colóquio da Construção, me envia a revista Carta do Líbano, de São Paulo. Contendo uma preciosidade, coluna Zum Zum, de Ibrahim Sued, num pequeno jornal, A Vanguarda, em 1951, ano em que começou. Da qual pincelei algumas notas: Aviso ao cão, que atende pelo nome de Flávio Maranhão, doravante farei ouvido de mercador aos seus latidos contra a minha pessoa. Ivete Vargas está fazendo ondas contra o seu partido, o PTB, por que será que ela não muda de sigla? O casal Márcio Melo Franco Alves ofereceu um coquetel em sua residência no Leblon, apareceram embaixadores, diplomatas de vários países e membros da alta sociedade. Olho nele, Raul Guastini, o paulista de quatrocentos réis, está no Rio .... Oscar Stevenson transformou seu gabinete de presidente do IAPTEC em escritório eleitoral.

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De Cássio Vasconcelos, porta-voz da Secretaria da Fazenda, venho de receber: Estamos produzindo uma revista, em face dos sessentanos do Contencioso Administrativo. Você já fez parte do Conselho de Contribuintes, que era como se chamava o órgão criado por Virgílio Távora, no começo. Onde, por sinal, teve brilhante desempenho, segundo opinião dos juízes que acompanharam seu trabalho. Gostaríamos de obter seu depoimento, pois temos certeza de que tem muito a contar. Aliás, já entrevistamos o primeiro presidente, Ivan Lima Verde.

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Boa parte das integrantes de tantas listas das Dez que elaborei já partiu para o encontro definitivo. Beatriz Philomeno, A Mulher do Século, que também formou nas Mais do Brasil, do Ibrahim Sued. Albanisa Sarasate, que quando incluída era primeira-dama do Estado .... Hebe Costa Lima, Arruda de São Paulo. Regina do Egito, que morava no Rio, e, quando voltou ao torrão, dominou a cena. Rita Mota .... Lurdes Ary, alegria em pessoa .... Sílvia Macêdo, presente do Acre ao Ceará .... Sulamita Cabral. Lurdinha O'Grady e, bem mais recentemente, semana passada, Irene (Delni) Lopes, tendo sido ambas Miss Diários, no pique do concurso.

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Abro rol dos nataliciantes de hoje, Dia de Todos os Santos, com Antônio, Papai Noel de Crateús. Ivone Fiúza, nora de Ignez .... José Liberato Barrozo, reitor particular. Cristina Auip .... Pio Rodrigues, criador do Natal de Luz, na Praça do Ferreira. Laéria Viana, imortal da Academia Cearense .... Danilo Gurgel, que, com Valéria, coopta pequenos grupos, quando recebem em Guaramiranga. Onezinda Corrêa Schmit, hoje residente no torrão do marido .... David Pontes, que esposou minha afilhada Rafaela Veras. Micheline Albuquerque .... Roberto Pamplona, arquiteto.

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Um Minuto no Altar: No convite de casamento, não é permitido pôr "têm a honra" ou "têm o prazer", basta "convidam", simplesmente. Quanto à recepção, redundante pôr no cartão de acesso "após a cerimônia religiosa, os noivos receberão os cumprimentos". Pois simplesmente não há registro de casantes receberem os cumprimentos antes da cerimônia. Por outro lado, dispensa-se o endereço tanto do templo como do clube ou bufê, a não ser que se trate de lugares novos ou desconhecidos. Na descida, após a bênção do celebrante, o noivo, primeiramente, toma a direção da ala dos padrinhos de sua agora mulher. Enquanto ela se dirige à ala dos paraninfos de seu esposo.

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Sem ter jogado na rodada de quarta, Fortaleza acabou perdendo, cedendo a oitava posição para o Fluminense, estando agora em nono. Ninguém lamentou, pois todos pensamentos e intenções estão voltados para o jogo de hoje, no Uruguai. A propósito, venho de receber do torcedorzão Narcélio Miranda nota que abaixo transcrevemos. Está formada a maior corrente positiva, feita até hoje, envolvendo a galera do Leão de Aço, para que sejamos campeões da Sul-Americana. A comemoração, neste sábado, já começa quando o árbitro iniciar a partida, porque o Fortaleza Esporte Clube estará entrando para a história. Do futebol internacional, primeiro clube do Nordeste a participar de uma final fora da Pátria.

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VI OU OUVIRAM POR MIM Grande Nadir Saboya enfrentando seu companheiro de palco, no caso, eu mesmo, no poker da Gisela Bonfim. Na qualidade de presidente da Cearense de Letras, Eduardo Campos pronunciando a oração inicial do Clube das Amigas do Livro, em casa da criadora, Helena de Aguiar, na Avenida Santos Dumont, onde, fora ele e dr Ossian, eu era único varão entre mil leitoras. No Ideal, Lurdes Moreira, em animada conversação com Camila Cardoso, que fazia parte de um grupo global que eu levara às Monsenhores. Meton César entusiasmado com as filas, no Náutico e arredores, que se formavam para o lança do meu primeiro livro, Até Agora... Rosa Frota, que foi Miss Massapense, em companhia da filha Lilian, me dando um alô no mini-sobrado do Cumbuco. Raul Cabral dando último jantar na Fazenda Sapupara, antes da venda. Edite Pinheiro Guimarães entrando na Matriz de Nossa Senhora de Fátima para o enlace da sobrinha Sandra Gentil com Paul Mattei, à sua maneira, balançando a cabeça de um lado pro outro. Omar Paiva, que pretendeu a mão de Ignez Gentil, dominando a roda na porta do Edésio, Livraria Alaor, na Guilherme Rocha. Norma O'Grady Cabral anunciando meu nome, quando me encontrava na fila dos cumprimentos nupciais de Ibrahim Sued, na Reitoria da Universidade do Brasil. Célio Fontenele, numa das últimas vezes que o encontrei, no jubileu em 80 de Ary Alencar Araripe, na jesuítica Cristo Rei. Na capelinha de Santa Filomena, Yolanda Queiroz conduzindo filho Edson ao altar, para o casamento com Nélia Valença, que rendeu três filhos. José Macêdo, num drink que Simone Pontes ofereceu, a meu pedido, ao Jorge Amado, na Rua Antônio Augusto. Carmem Chaves, neta do Barão de Camocim, e Ilka Carneiro, no escritório do cinematográfico Amadeu Barros Leal, tratando de uma avant-premier que nunca se realizou, em prol do Hospital São Vicente, na Parangaba. Inesquecivelíssimo Antônio Albuquerque, da Aba Film, apresentando ao ministro da Educação de Juscelino, Clóvis Salgado. Deputado Oriel Mota me fazendo companhia num avião para três, que demandava o Crato, para o Encontro dos Prefeitos, ao qual o governador Plácido Castelo enviou seu secretário do Planejamento, Marcelo Linhares, que havia me alocado em seu gabinete. Cláudio Vale, com a mulher Renata, após descer do barco que os trouxe de Ibiza, pegando uma moto, para desvendar Formentera, onde Paco aguardava, no restô Es Moli de Sal, da cearense Maria de Jesus Furtado Mayans, de Frecheirinha, hoje dominando as margens do Mediterrâneo bendito. Ainda ressoam os acordes da correta união em Deus de Lívia Rios com Aristófanes Canamary Júnior, na ala leste da Catedral, onde fica a Cripta

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O ministro da Educação, senador Camilo Santana, receberá hoje o título de Acadêmico Honorário da Cearense de Letras. Que lhe será entregue às sete da noite, pelo presidente Tales Sá Cavalcante, no Palácio da Luz. Na ocasião, o ex-governador receberá a Medalha Rachel de Queiroz, concedida pela Associação Brasileira de Bibliófilos. Aliás, será lançada a Revista da Academia Brasileira de Letras, Cordel em Foco, fazendo parte da primeira I Festa da Literatura de Cordel.

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De Allan Percy: Há duas tragédias nesta vida, uma é não conseguir o que se quer, a outra é conseguir. Inteligente e culto, Oscar Wilde sabia que nunca ninguém está satisfeito com o que obtém, quando alcançamos nosso objetivo, exigimos sempre mais. O budismo vê o desejo como a origem de todos os males, que nos prendem ao que é passageiro, tal o carro zero. Que compramos hoje, e logo apresenta o primeiro defeito, e em dois anos já estamos cansados dele. De acordo com a tradição budista, a cobiça é algo de que devemos nos livrar, entretanto, para a maioria dos mortais, a vida sem ela não teria qualquer graça. Desse modo, para encontrar o equilíbrio, o melhor é se permitir às vontades que parecem justas, sem esperar que a felicidade seja duradoura.

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Resenha do Minuto: Amigo que vai viajar e pergunta ao que vai ficar o que deseja, é uma questão de cortesia, não é pra valer, assim, não faça encomenda, se limite a desejar boa viagem. Na vigília fúnebre, "meus pêsames" é o bastante, evite "minhas condolências", que é muito pedante. Dar um bocejo na roda não tem conserto, portanto, peça licença e vá dormir. Acabando de se servir num jantar ou banquete, não afaste o prato, que é mister do garçom. Sair à francesa pode não ser bem educado, porém, muito prático, deixando à vontade convidado e anfitrião. Feijoada salgada pode voltar quase ao normal, se recozinhar pondo batata inglesa na panela.

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Aficionados do futebol me pedem para reproduzir matéria sobre minha proposta, quando assumir presidência da Confederação, só que em futuro certamente distante. Acabar com a decisão por pênaltis, instituindo a meia hora de prorrogação, e se permanecer empate, cara ou coroa. Não haverá mais expulsão, apenas o juiz dará dois minutos para o treinador tirar de campo o atleta provocador. Cancelado, uma vez por todas, o tira-teima da televisão, que faz torcida ter que esperar para comemorar e o outro lado, para lamentar. Seleção do Brasil será substituída por Seleção no Brasil, ficando assim proibida a convocação de qualquer jogador que não esteja atuando em time nacional. Torneios caça-níqueis, estilo Copa das Confederações, não terão mais vez.

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De Oscar Wilde: Se for dizer a verdade aos outros, faça-os rir, do contrário, eles o matarão. De Mário Satz: Um menino ri menos que um bebê, e um adolescente, menos que um menino. Um adulto, menos que um adolescente, e um ancião, ainda menos que um adulto. Voltemos a Wilde: Quando concordam comigo, percebo imediatamente que estou errado. Pensar à noite em meus defeitos funciona como sonífero, pois adormeço imediatamente. Devemos simpatizar mais com a alegria, pois quanto menos falarmos das chagas da vida, melhor.

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VOLARE ÔÔÔ...CANTARE ÔÔÔÔÔ... Passei pelo Ideal, mercê apanhar meu exemplar da revista do clube, editada por Jeff Peixoto, e que abre sempre com a Palavra de Ordem do presidente Amarílio Cavalcante. Logo me deparei com o depoimento de Maurício Medeiros, que foi fundador do Volare, uma das turmas mais em voga no final dos anos 50s. Juntamente com João Gualberto de Oliveira, Bretislau de Castro, Carlito Ponte, Adriano Martins e Celso Coelho. E que deu seis casamentos, Maurício e Lúcia Nogueira, Brétis e Heliane Pimentel, João e Adelaide Mattos Brito, Celso e Silvinha Miranda, Adriano e Gláucia Jucá, Carlito e Iêda Ferreira Lima e, embora não esposaram no grupo, Maria Cláudia Oliveira, Norma Arruda e Heloísa Fiúza, três musas. Fui eu quem batizei o grupo, que se reunia às quintas e sábados, sempre na mesma mesa, ao lado sul da piscina. Pinceladas do texto: Eu nasci 1932, em Fortaleza. Morava em uma casa na Rua General Sampaio, 1536, no Centro, ali na Praça da Bandeira. Essa casa até hoje existe, agora pertencendo ao meu querido irmão Armando Medeiros. Estudei no Colégio Lourenço Filho, praticamente toda a minha juventude, indo a pé. Mas posso dizer que minha meninice foi vivida em grande parte no Ideal Clube. E foi uma época maravilhosa, sempre com muitos amigos e alegria reinante. Eu fiz vestibular para Medicina e acabei não passando na prova oral, algo que tinha na época. Então, passei em Odontologia, e trabalhei na profissão por uns cinco anos. Depois, fui fazer um curso na Inglaterra, e, nesse mesmo tempo, de volta ao Ceará, recebi um convite para gerenciar uma grande empresa de navegação, a Transbap, onde fiquei por uns quatro anos. Trabalhei também em uma empresa da família da minha esposa por um período. Depois, fui para o mercado de imóveis e setor hoteleiro. Hoje, estou à frente de dois hoteis em Fortaleza, o Villa Mayor e o Villa Smart. Meu pai, Afonso Ramos de Medeiros, era sócio do Ideal, tinha até a tal mesa dele no clube, e eu ia muito lá, onde comecei a jogar tênis, inclusive alguns torneios, mas nunca ganhei nenhum. Também foi ali que comecei a nadar, chegando a ter de parceiro o saudoso Jorge Gentil, atingindo 2,5km por dia. Em 1959, me tornei sócio-proprietário. Tinha a turma da Fina Flor, que faz parte da história idealina. A gente jogava sinuca, tomava uma bebidinha, e tome conversa fora, com bastante gaiatice. Pena o grupo praticamente todo já ter partido. Também participei do início da formação do Iate, não sou oficialmente um dos fundadores, mas a décima sétima ação da Sociedade é minha. Aliás, fui vice-comodoro. Sempre gostei de velejar, e meus filhos herdaram esse gosto, e posso até dizer que tenho uma família de velejadores. Sempre dividi meu carinho entre os dois clubes. Atualmente tenho uma turma do Iate que toda terça se encontra no restaurante do Ideal.

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De Allan Percy: "Conhece-te a ti mesmo", frase atribuída a Sócrates, na entrada do Templo de Delfos. Objetivando incitar os visitantes a reconhecerem os limites de sua índole, bem como a não cobiçar o que pertence aos deuses. Estar consciente da própria ignorância é condição indispensável para atingir a verdadeira sabedoria. Para quem pretende alcançar o autoconhecimento, recomenda-se explorar seu interior, onde vai achar tudo aquilo de que necessita para viver com plenitude. Ser honesto consigo mesmo e com os demais, viver consciente dos próprios atos e de suas consequências. Ser coerente com sua natureza, sem jamais tentar parecer o que realmente não é.

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Transcorre hoje o Jubileu de Ouro da turma de 73 da Faculdade de Economia da Universidade Federal, tendo como patrono o estimadíssimo prof Ari de Sá Cavalcante. Entre os professores que já confirmaram presença, o governador Gonzaga Mota e seu secretário da Fazenda, Firmo de Castro, e o que planejou o Governo César Cals, Luiz Sérgio Vieira. Além de Raimundo Padilha, implantador da Bolsa de Valores, e, pelos concludentes, Deusmar Queirós, que fez questão de patrocinar. Um dos coordenadores, Afonso Botelho, nos passou a programação, que começa com missa, boca da noite, na Capela do Hospital Militar. A que se seguirá jantar no restô Murano, do Pátio Dom Luiz.