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BOAS MANEIRAS & OUTRAS MANEIRAS De Jeanne Lorraine, que escrevia sobre Etiqueta em "O Cruzeiro", maior revista que o Brasil já teve. Quando a manicura, o porteiro do edifício, o garção do restaurante o saúdam dizendo seu nome, você se sente agradavelmente lisonjeado. Dirigir-se a uma pessoa dizendo o nome dela é uma forma de cortesia, que infelizmente é muito esquecida. Algumas vezes, é quase uma necessidade, uma obrigação profissional, mas comecemos com as introduções. Pronuncie com clareza o nome de quem você introduziu, porque assim poupará, mais tarde, expropriações e gafes. E use a mesma clareza quando se auto-apresentar, geralmente, quem se apresenta murmura o próprio nome, como se tivesse vergonha dele. Por outro lado, pode pedir, sem hesitação ou acanhamento, com muita simplicidade, que o nome que você não compreendeu seja repetido, isso é até um sinal de cortesia e interesse. A uma pessoa que lhe foi apresentada, poderá perguntar qual é a sua atividade ou de que Estado é natural sua família. Não tema ser indiscreto, todos os mortais gostam de falar de si mesmos, uma coisa útil é pôr o nome, o endereço, no seu caderninho de notas. Não é necessário recordar a uma amiga que o noivo dela já foi seu noivo, nem é menos grave dizer-lhe que foi a primeira noiva do homem que ela atualmente ama. Não se trata somente de mau gosto, isso poderia tocar pontos delicados e ensejar situações desagradáveis. Abstenha-se de ser a primeira a tocar no assunto, e sua amiga compreenderá, quando souber a verdade, que você usou de discrição e de educação. Ser cortês com os homens é um dever de fidalguia, mas se percebe que a sua cortesia está sendo considerada como interesse sentimental que não existe, cabe mostrar-se fria e indiferente. Se um rapaz lhe faz a corte ou lhe declara francamente o seu amor, não assuma com ele, perante os outros, atitudes de proprietária. Ou que deixem claramente entender que entre vocês existe alguma coisa. Muito menos deverá aceitar as atenções dele como se fosse um direito estabelecido e um tributo que lhe é devido.

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Uma das coisas que mais botaram o Carnaval pra baixo foram as músicas, bem distantes daqueles sucessos do passado. O que alegam é o desinteresse das gravadoras em programar, pois Momo só baixa uma vez por ano. Daí, horrores, como "a cabeleira do Zezé/será que ele é/será que ele é?"... Verdadeiro monumento ao mau gosto, que não aguça a animação de ninguém, a não ser de bêbado de galocha. Enquanto mais atrás tivemos belezas, tais "petróleo faz nascer cabelo/mas ainda está pra nascer/o doutor que cura a dor de cotovelo...".

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Segundo aprendi do Zen, pedras e terra úmidas exalam um cheiro magnífico. Ao acordar, e antes de começar a azáfama diária, pense prometendo: Vou tentar, hoje, fazer as coisas do melhor jeito que puder. Nas casas e templos japoneses, se dorme deitado em tatames, que são bases de palha cobertas de lona. Amar verdadeiramente é sentir no estômago pedaços do infinito que só a alma entende. Entre nós, chama-se de mala aquele sujeito pesado, de conversa repetitiva e desagradável, pois mala, em japonês, é como se chama o rosário budista.

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Amigo do Paulo Sérgio, Fagner tem manifestado sua vontade de figurar entre os hóspedes inaugurais do Ibiza Palladium do Cumbuco. Porém, acho difícil confirmar, além do mais, estando de luto fechado pela partida de seu grande chapa Pelé. Se viesse, seria indubitavelmente uma boa, e logo a roda se formaria em torno dele. Aliás, Ronaldo Bôscoli, grande conversador, ele próprio, o considerava um dos melhores papos do Rio. A propósito, numa Sexta Gorda, no hotel do Darlan, no Morro Branco, enfrentei o Raimundo em questão uma tarde inteira. Só largando de noite, por ter de voltar pra carnavalesca do Ugarte.

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Amigos em Ação, leilão de obras, vitoriosa promoção solidária da família Belchior, Walter, Alessandro, Germano e Delano, atinge sua décima nona edição, com o seguinte Conselho: André Nunes, André Pires, Antônio Albuquerque, Antônio Eduardo Diogo, Elbano Cambraia, Ermírio de Moraes Neto, Rodrigues Júnior, Átila Calvet, Bernardo Maia, Cássio Sampaio, Claver Mota, Eduardo Gomes de Matos, Fernando Castelo, Souto Paulino, Germano Bessa, Germano Botelho, Gladson Pereira, Jardson Cruz, Pedro Pinheiro, Cláudio Carneiro, José do Egito, Valdo Silva, Leorne Belém, Leandro Vasques, Crisanto Fujita, Eduardo Figueiredo, Luiz Marques, Maurício Souza, Paulo Airton Araújo, Régis Teixeira, Jorge Medeiros, Pedro Sisnando, Raul Fontenelle, Roberto Maia, Roberto Rocha, Roberto Ribeiro, Rodrigo Barroso, Seridião Montenegro, Urbano Costa Lima, Venâncio Freitas, Victor Frota Pinto.

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DANDO & RECEBENDO Para a garotada da ONG Sorriso Colgate, semana que hoje se inicia é de festa, com a distribuição dos farnéis referentes ao mês de fevereiro. São cerca de quinhentas, que recebem peças pra sua higiene pessoal, quais sejam, escova, pasta, sabonete, copo e papel higiênico, a maioria das quais está utilizando pela primeira vez. Madrinhas deles: Heliane Pimentel, Ana Lúcia Montenegro, Lúcia Meireles, Ana Célia Costa, Auxiliadora Carvalho, Cristiane Marques, Jeanine Teixeira, Marize Castelo, Margarida Alencar, Mônica Miranda, Wilma Patrício, Elba Justa, Vânia Canamary, Margarida Borges, Madalena Rego, Maria Amoreira, Regina Josino. Padrinhos também acontecem, Marcus Silveira, Edilmo Cunha, Sebastião Arraes, César Montenegro, César Galvão, Eduardo Nobre, Victor Frota Pinto, Carlos Araruna, Gilielson Miranda, Sidimar Maia, Paulo Sérgio Santa Cruz. *************** Nesse tempo, que caminha para os 100, fui bafejado por grande número de reconhecimentos e condecorações, e já que estamos no Ano Bom, achei por bem ocupar parte deste bendito espaço dominical com a relação, o mais aproximada possível, do que seja pertinente enumerar. Medalha da Abolição, concedida pelo governador e hoje senador, em quem votei, Cid Ferreira Gomes, com aprovação plena de seu irmão Ciro. Cidadania da Federação das Indústrias by Jorge Parente, com saudação do pai Luiz, que era Campos. Troféu Carnaúba, concedido por João Guimarães, presidente da Associação Comercial. Amigo da Décima Região Militar, pelo General-Comandante. Amigo da Marinha. Botão da Associação Cearense de Imprensa. Sócio Benemérito do Náutico Atlético Cearense, promulgado na administração Guedes do Ceará. Medalha Hermenegildo Sá Cavalcante, do Farias Brito. Palmas Empresariais, da PPE, de Roberto Farias. Sócio Honorário do Ideal Clube, dos presidentes Luiz Carlos Aguiar (Diretoria) e Paulo Bandeira (Conselho). Personalidades Esportivas, do Sérgio Ponte. Sócio Honorário do Iate Clube, por Chico Martins e Nonato Lopes. Cidadão de Caucaia, na administração Inês Arruda. Medalha Ananias Cysne, do Ideal, pelo presidente Paulo Bandeira, e entrega de Aurélio Mota. Rotary Oeste, tocado por Carlito Ponte. Reconhecimento do Interclubes, sob Paulo Bandeira. Grato a todos, fé em Deus, pé na tábua, bola pra frente e Feliz Ano Novo!

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Com televisão fechada há bocado de anos, abri exceção para o Mundial dos Emirados. Estava nas proximidades de Barcelona, aparelho fechado no quarto, que resolvi abrir pro jogo da Argentina versus Croácia. E pude assim testemunhar o maior lance da Copa, que foi o terceiro dos platinos. Quando Messi atravessou todo o campo, perseguido por um adversário, chegou à linha de fundo, mandando a bola pro centro da área adversária, para seu companheiro Julian assinalar. Um primor de jogada, no desenvolvimento da qual o grande Messi foi ainda mais Pelé do que Messi.

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Jubileu de Joseoly Moreira, fazendo 85, congregou curriola no restô Cintra. Deslocaram-se para lá Kalu Neto Brandão, Edilmo Cunha, Givaldo Sisnando, Marcos Bandeira. Cláudio Philomeno, Assis Antero, Américo Picanço, Chiquinho Aragão, Álvaro Andrade, Bil Farias, Dão Cabral. Desembargador Zezé Câmara, dois, às vezes, Victor Hugo Almeida e Geraldinho Carneiro, enquanto Rosane Bandeira e Hortência Sucupira respondiam pela saia. Mesmo ausente, repórter achou um jeito de participar, telefonicamente, mudando o nome de Banda Mel para Banda de Mel. Levando em consideração a solicitude, fraternidade e solidariedade de todo o grupo em questão.

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Último número da revista do Ideal exalta as champanhotas francesas. Moèt & Chandon Imperial, Veuve Clicquot e uma reserva especial, Taittinger. Todas três brut, que é o super-seco, e portanto, preferido dos bebedores. Primou também nos vinhos, exemplo, um argentino, denominado Cordero Con Piel de Lobo (malbec). Um Ventisquero Reserva Syrah, chileno, além do Chianti Docg Il Ceprone, italiano, e do francês Emilie la Tour Bordeaux. Deixaram para o final, uma excelente recomendação, Un Bon Petit Rouge, certamente figurando entre as especialidades francesas.

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Introdução à Ciência: Para perguntar o nome do interlocutor, você antes tem que declinar o seu.   Exemplo: Eu sou Lúcio Brasileiro, jornalista aqui em Fortaleza, e a senhora, como se chama?  Numa apresentação de um cavalheiro a uma dama, esta é quem deve dizer, primeiramente, "muito prazer". 

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Algumas de minhas últimas intervenções no Minuto da CBN, preferencial de minhas classes favoritas, pois acentuadamente radiofônicas. Mulher sentada só se levanta para cumprimentar uma autoridade oficial, um Príncipe da Igreja ou um cavalheiro bem mais idoso. Colher de sopa, usada sempre pela lateral e, jamais, nunquinha, pelo bico. Melhor do que pedir perdão é não fazer por onde seja obrigatório pedir perdão. Não se estende mão gripada para ninguém, nem mesmo para quem você não aprecia ou lhe haja feito um dano gratuitamente. Pôr sal na ostra é redundante, pois fruto do mar em questão já traz todinho.

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SEGREDO REVELADO Mana e Manoel Holanda, que conjugam o verbo da melhor forma, isto é, mais que perfeita, anfitrionam hoje nas Dunas citadinas, recebendo aqueles que querem abraçar o Manoel nataliciante, que por sinal formou com sua mulher um dos casais que mais satisfação deram ao repórter, que para isso contou com a indicação do amigo Maninho Brígido. As reuniões lá no alto frequentam sempre a esfera dos encontros mais afetivos, que eles, por sinal, merecem. Aliás, há promessa de que os convivas, finalmente, tomarão conhecimento do real significado do S que compõe o nome do anfitrião, tão bem mantido em sigilo. O laboratório que abastece esta coluna e também meu Minuto em O POVO-CBN e o blog Quinta Avenida está permanentemente em ebulição, produzindo criações que enriquecem o nosso repertório e divertem os leitores, ouvintes e seguidores, assim é que assinalamos algumas para esta dominical. Fiat Lux, para o grande Virgílio Távora, que nos deu Paulo Afonso. A Mulher do Século, para Beatriz Philomeno. O Descobridor da Quinta Cidade do Brasil, para Vicente Cavalcante Fialho. O Pensionista do Brasileiro (Lúcio) na ex-Capital da República, para Eduardo Tapajós. O Notário Samaritano, Cláudio Martins, que guardava na gaveta os títulos protestados dos bancos contra seus amigos. A Pernambucana Pontual, Dulce França, mulher do dr. Luiz. Aquele Que Se Tornou Mais Quente Por Nos Dar o Gelo, Zewaldo Cabral, do primoroso Ice. Miss Ceará-Miss Brasil, para Emília Corrêa Lima. O Fundador de Número 13 do Ideal, Fernando de Alencar Pinto, que anos depois seria o grande artífice da sede eterna das Monsenhores. Pérola de Camocim, Zelma Câmara. O Pai de Tudo, Luís Campos. O Campeão do Xadrez da Vida, Luiz Gentil, entre outras vantagens, neto do dr. Adolfo Campello. O Tetracampeão, Tasso Jereissati, quatro vezes governador invicto. Leitor Número Um, José Dias Macêdo, que quando viajava deixava uma faquinha cortante com a secretária, visando esta coluna em sua ausência. Anfitriã Rancheira, para Nicinha Pinheiro. Campeão de Terra-e-Mar, para Joãozinho Gentil, várias vezes vencedor da Prova Heroica, entre Náutico e Ponte Metálica. Princesa do Norte, para Enóe Carneiro. Heroico Descobridor do Cumbuco, para o Capitão Bosco Dias. Condessa Tupinambá, para Eveline Barreira Cavalcanti. Tesoura Italiano, para Domenico Gabriele. A Amiga do Livro, para Helena Aguiar, fundadora da Sociedade, que no começo era Clube. Colunas do Meireles, para Náutico Atlético Cearense. À Leste do Éden, para restô do Ideal. O Imobiliardário, José Carneiro da Silveira. O Último Gentleman, para Milton Moraes Correia Aristocrata da Cana de Açúcar, Lurdes Gentil. Ivens Dias Branco, O Homem de Cedro. As Vinhas dos Lopes, para Lauro e Marildes, que após promoverem primeiro black-tie de Guaramiranga, se desfizeram da parte moderna da herdade, deixando apenas a antiga. Os Hospedeiros do Presidente da República, José e Lurdes Moreira, em casa de quem, Santos Dumont com Virgílio Távora, pernoitava o general Castelo Branco, quando em exercício.

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Naturalmente que não agora, porém, a partir de agosto, ao raiar do segundo semestre, já se pode desejar Feliz Ano Novo. Sandália emborcada mexe mais com a sorte da pessoa do que passar por baixo de escada. Não se põe a mão no peito na execução do Hino Nacional, acho mesmo que nem jogador tabarel toma essa atitude. Opção é sempre no singular, por exemplo, "neste fim de semana, estou com opção de subir a serra ou procurar uma praia nômade". Lágrimas não se enxugam com lenço, assim, se valha corriqueiramente do dorso da mão. Não se diz "horror de gente", o dicionário, qualquer deles, traz apenas "ror" (três letras), para significar muito, muita.

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Vânia e Aristófanes Canamary escolheram o Illa Mare para o botafora da cearense de Flecheirinha Maria de Jesus Furtado. Ela regressou à Formentera, onde toca com marido ibicenco John Mayans, que retornara antes, o restô Es Moli de Sal. A filha Madalena, que também é do ramo, veio com eles, aliás, tem diploma de Hotelaria, obtido em Madri. O maître Fagner comandou o atendimento no almoço muito bem cozido e servido por equipe ágil e valorosa. Que começou por fazer espocar uma champanhota na qual ninguém bota defeito, Veuve Cliquot. Até nos doces, a casa ribeirinha, que confronta o Coco Bambu, teve sua eficiência elogiada.

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Gramática Social: Cachimbo em roda de mulher não é tão bem, porém, passa. Agora, charuto, nunca, nunquinha. A definição de drink se presta otimamente para bebidas destiladas, por exemplo, uísque e vodca. Todavia, não vale para fermentados, tais vinho, champagne e cerveja. Na dúvida, chame o banheiro de toalete, que é francês, mas calha. Agora, não concordo com reservado, e, principalmente, casinha, cacete pacas. Não se agradece cartão postal de viva voz, o modo de agradecer cartão postal é quando viajar mandar um para quem lhe enviou, quando viajou.

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Paulinho Cruz e Geldo Machado, no Colóquio da Engenharia.

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Sim, é Verdade, meu irmão civil Jorge Parente visto, com Nadja, nos mergulhos matinais do mar de Paracuru, no fim de semana. Sim, é Verdade, no Don Pepe, Luiz Fernando Mota e Gustavo Porto pilotavam primeira mesa marmanja sabadina do Ano Bom. Sim, é Verdade, antes de regressar ao torrão Recife, Guadelupe Pessoa jantou com amigas Tânia Sancho e Rita Gurgel À Leste do Éden. Sim, é Verdade, e por falar em Ideal, assinaladas, entre outras, presenças dominicais de Josué e Firmo de Castro, devidamente respectivados. Sim, é Verdade, Dia do Senhor é também da Pizza, assim é que, fito traçar a do Vignolli, Mônica Arruda baixou com sua patota, filha, genro e netos.

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João Gualberto foi por anos diretor do Ideal, formando sempre na ala mais dura. Um dos principais fundadores da Turma Volare, que gerou vários casamentos. Quando soube que eu pretendia entrar para sócio do clube, mandou dizer que daria bola preta. Perguntado a razão, já que era meu amigo, a resposta que ouvi foi a que relato agora. Porque você só serve como convidado, e se nos atacar, a gente corta seu ingresso. Mas, como sócio, vai mandar brasa, e nada poderemos fazer.

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METENDO A COLHER Quando Chico Philomeno decidiu instalar, no térreo fronteiriço do Iracema Plaza, onde eu morava, o restaurante de seu hotel, a ideia inicial era que se chamasse Tampa, porém eu então lhe observei: Não vai pegar, bote Panela. E foi, pelo menos nos primeiros anos, um grande sucesso. O Náutico teve um bar que não se firmou, pois cometera um erro de montar em cima, obrigando o cidadão a descer uma escada para fazer pipi. O nome também não convenceu, e muito pouco criativo, NAC's. Na presidência Roberto Machado, o Ideal montou um espaço no subsolo do lado exterior do restaurante, entregando o projeto ao Mino e ao Ponce de Leon, que não foram felizes, e pouco durou. Fortaleza não servia gelo que prestasse, daí então o Zewaldo Cabral decidiu abrir uma fábrica, em sociedade com o irmão Valdir. O presidente da Federação das Indústrias, José Flávio Costa Lima, achou por bem advertir o autor da ideia: Este Lúcio é um visionário. Você vai é perder tudo o que ganhou no algodão, o cearense não dá bola a gelo, só liga pra marca do uísque. Felizmente, não foi ouvido, e o Ice aí está abastecendo os melhores títulos e sustentando com muita dignidade a família que deixou. Era uma noite de domingo, e optei jantar no Náutico, onde o José Khoury, que dirigia o restô, me informou haver sido convidado para tocar a churrascaria que iriam instalar no Hotel Imperial. Ora, churrascaria como, se o Ceará não tem carne? Tomei o carro e me dirigi imediato pra casa de Ésio e Madalena, a quem fiz ver que muito mais útil à sociedade seria uma boate. Daí, surgiu a Meia-Noite, que permaneceu dois anos, quando os irmãos Pinheiro tiraram o maître Gonzaga e trouxeram o contador da firma pro seu lugar. Foi ideia minha que toda vez que o Governador viajasse pra fora do Estado, levasse um jornalista. Transmiti ao Nertan Macêdo, porta-voz do Palácio da Luz, que imediatamente passou para VT, que aceitou. A primeira seria minha, porém o confreiro Milano Lopes ponderou que eu lhe cedesse, pois precisava acompanhar o pai, adoentado em São Paulo. Depois, veio a da Bahia, e novamente cedi, desta vez, pro Dário Macêdo. Tratava-se, no caso, da visita de De Gaulle ao Brasil, e Távora iria ao Rio para recepcionar o presidente francês junto ao general Castelo Branco. Aconteceu uma intriga bizantina e uma pessoa me comunicou que VT não poderia me levar. Resolvi procurar a pessoa certa e, à noite, no 410 da Barão de Studart, contei a dona Luíza o que estava passando. A primeira-dama chamou o Nertan e lhe fez ver sua vontade que eu viajasse. E foi o que, decididamente, aconteceu. Minha primeira vitória como colunista, e tinha apenas 16 anos, foi quando da inauguração do Centro Massapeense, com a realização da festa da Glamour-Girl, tendo ficado decidida a vinda de um cronista carioca, para entregar a faixa. Sugeri o Jacinto de Thormes, porém o Geraldo Silveira, que era o quente da época, insistia no Ibrahim Sued. Com apoio da Regina Juaçaba, levei a parada. Peço vênia para ficar, dominicalmente, por aqui mesmo.

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Reduto de Produção: "Quinta Avenida", batismo dado por mim ao blog em vias do quinto ano, com placas fincadas no Ugarte do Cumbuco. "Clínica da Justa Visão", para a oftalmológica da Nogueira Acioly, professada pelo dr. Valter e família. "Cearense do Mediterrâneo", para Maria de Jesus Furtado, que toca com marido John Mayans dois restôs primazes de Formentera. "Veterado", para os dois governos Virgílio Távora, com destacamento pro primeiro, iluminado por Paulo Afonso. "A Mulher do Século", para Beatriz Philomeno, uma das Dez Mais Elegantes do Brasil, reunindo também beleza, inteligência e solidariedade. "O Patrão Inesquecível", Manoel Eduardo Pinheiro Campos, que me abriu a televisão.