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Cine São Luiz, que o velho Severiano Ribeiro, em seu discurso de entrega, estabeleceu: a sala que hoje inauguramos demorou vinte anos para ser construída, no entanto, não estou dando à minha terra um cinema, porém, o maior cinema do Brasil!

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Hoteleiro Pedro Lazar, que nos deu primeiro San Pedro, no Centro, e depois, Imperial, na praia.

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Luís Campos, que me deu a coluna da Gazeta com apenas quinze anos, foi meu Pai, Filho e Espírito Santo.

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Enfrentei muitas mulheres no pano verde, isto é, no biriba, mas saber cartear, só quatro, Sara Holanda, Rute Moreira da Rocha, Lucy Holanda e Lilian Lobo, todas, faz tempo, partintes.

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Instalação do gelo Ice valeu, para propulsor Zewaldo Cabral, minha criação “o homem que se tornou mais quente por nos dar o gelo”.

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Paulo Carvalho recebeu infarto no Rio, na mais tenra idade, todavia viveu ainda cinquenta anos, com seu coração avariado e recordista.

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Iracema Plaza Hotel, onde aprontei por um quarto de século, com festas que, muitas vezes, pegávamos o sol com a mão.

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Pedro Philomeno, da rede famosa em todo o Brasil, não teve igual.

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Consta que Francisco de Melo Arruda teria construído Centro Massapeense do próprio bolso, quando ele desistiu, acabou, quer dizer, era o clube de um homem só.

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Reportagens de Jacinto de Thormes na revista O Cruzeiro, que tirava 750 mil, quando Rio de Janeiro tinha apenas dois milhões de habitantes.

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Apesar de haver estudado bem mais tempo no Marista Cearense, o Salesiano Domingos Sávio, de Baturité, foi o Colégio da minha vida.

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Gerardo Parente, claro que o Ceará nos Jacques Klein, que foi pro Rio e lá ficou, porém quero me referir ao pianista irmão do Inácio Parente, que ficou pertinho, em João Pessoa.

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Irmãos João e Antônio Gentil, pois não me consta que algum banqueiro tenha passado banco pra frente e ficado sem casa pra morar.

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Orquestra Feminina do Ideal, congregada por Carmem Carvalhedo, que contou com apoio musical do prof. Orlando Leite, tendo como patrono o então presidente Manoel Gentil Porto.

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Amélia Gentil, numa cidade desprovida de joalherias, era quem atendia os barões.

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Geraldo Silveira, que assinava Robert de Sangerie, no jornal Associado Correio do Ceará, que só citava o melhor do melhor, porém durou bem menos de um ano, quando passou a morar no Rio.

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Entrada particular que levava às torrinhas, que, como se sabe, é a geral do teatro. Um governador mal assessorado por seu Secretário da Cultura simplesmente acabou com esse acesso muito usado por estudantes e caixeiros de lojas, à direita do portão principal.

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Magnificente Reitor Antônio Martins Filho, fundador da Universidade Federal do Ceará.