Tela quente

Ricardo Davalos trabalhou com James Dean em Vidas Amargas, fazendo o papel do irmão do protagonista. Teve um desempenho magistral, e não se sabe porque não levou o Oscar de Coadjuvante. Aliás, foi o único filme que o genial Dean assistiu, dos três longa-metragem que realizou.

Tela quente

Os cinéfilos não programam A Ponte do Waterloo entre seus melhores filmes, só que, para mim, a película em questão, estrelada por Robert Taylor e Vivien Leigh está muito justamente incluída, até mesmo porque faz a gente chorar.

Tela quente

“Rebeca” foi um dos grandes filmes de minha vida, com o detalhe de que os coadjuvantes Judith Sandy e George Sanders roubaram a cena dos protagonistas Lawrence Olivier e Joan Fontaine.

Tela quente

Ingrid Bergman só teve uma filha com o primeiro marido, um dentista sueco como ela, Maria Pia, os outros três vieram de seu romance com o diretor italiano Roberto Rosselini, a quem ela muito amou, e ele, parecia que não, tanto que, na primeira de copas, enturmou-se com uma indiana. Ingrid morreu de câncer aos 75 anos.

Sessão nostalgia

Participe das duas rodas verdes da Lurdes Gentil, ambas programando o pife-pafe, no Beco da Alegria, em Iracema, e na Dr. Pompeu, próxima ao Ideal, consegui escapar em ambas, mas tenho mais saudade da Tabajaras.

Cinelândia

“O Terceiro Homem” foi o segundo de minha filmoteca, vindo logo depois de “Casablanca”. Passado na Viena destruída pela guerra, o magnífico cenário em preto e branco ensejou Orson Wells o grande momento de sua carreira, pois, aparecendo apenas em três cenas, bateu o excelente Joseph Cotten, ator principal.

Filmelândia

Tem mais uns três ou quatro encostando, porém nenhum bate “Casablanca” na condição de maior filme de todos os tempos e o meu favorito. O filme foi um milagre de casting, todos sugerindo haver nascido para o papel. Até mesmo, Ingrid Bergman, que não inclui a película em questão entre suas melhores interpretações.

Sessão das quatro

Roberto Rosselini jantava com sua mulher Anna Magnani em restaurante de Roma, quando o garçom lhe entregou uma mensagem. Ela desconfiou que seria da Ingrid Bergman, com quem o diretor iniciava um romance. Então, derramou uma travessa cheia de espaguete no marido e se mandou para sempre. Ele nunca mais a viu.

Sessão das quatro

Nos meus primeiros anos de crônica, estou falando nos 50 e início dos 60, alguns clubes proporcionavam sessão de cinema, o Líbano, às segundas, o Náutico, às quartas, embora não tenha certeza, e o Ideal, às quintas, para adultos, e aos domingos, para crianças. Não havia conforto, mas os filmes eram quase sempre bons.

Sessão das quatro

Ingrid Bergman moveu todos os seus pauzinhos para ser a Maria de “Por Quem os Sinos Dobram”, uma das duas vezes que contracenou com Gary Cooper, ambas sem muito sucesso, e foi brilhar precisamente naquele filme que nunca a empolgou, “Casablanca”.

Sessão das quatro

Bruce Lee protagonizou três longas-metragens que lotaram durante anos os cinemas da Ásia, “Conexão Chinesa”, “Fists of Fury” e “Enter the Dragon”.

Sessão das quatro

Ingrid Bergman começou nos Estados Unidos muito bem, mas a seguir trabalhou em películas que não emplacaram, tais “Os Quatro Filhos de Adão” e “Fúria no Céu”, que foram filmes inexpressivos, de que ninguém se lembra.

Sessão das quatro

Escalados “Casablanca”, “O Terceiro Homem”, “A Carta”, “Rebeca”, vamos fechar o quinteto de ouro dos meus filmes favoritos com “A Um Passo da Eternidade”, Debora Kerr, Burt Lancaster e Montgomery Clift, cujo Oscar não recebido foi uma das maiores injustiças da Academia de Hollywood. Entretanto, dois coadjuvantes ganharam a estatueta, ambos merecidamente, Donna Reed e, sobretudo, Frank Sinatra, que, no papel do sargento Maggio, salvou sua carreira de ator e sua própria vida.

Sessão das quatro

Na lista das minhas melhores fitas, aparecem “Casablanca”, “O Terceiro Homem”, “A Carta”, vindo em quarto “Rebeca”, onde os coadjuvantes George Sanders e Judith Anderson derrubam os protagonistas Joan Fontaine e Lawrence Olivier.

Sessão das quatro

Após citar “Casablanca” em primeiro e “O Terceiro Homem” em segundo, minha relação dos melhores filmes é engrandecida por “A Carta”, quando Bette Davis, dirigida por William Wyller, perpetrou seu melhor desempenho no cinema.

Sessão das quatro

Tá bem, tá bem, concordo plenamente, “Casablanca” foi para mim o filme número um. E o segundo? “O Terceiro Homem”, inglês, em que Orson Wells, em dez minutos, interpretou por hora e meia.

Sessão das quatro

Montgomery Clift, apesar da soberba atuação, não ganhou o Oscar por “A Um Passo da Eternidade”. Isso porque a Academia de Hollywood não definiu sua condição, se ator principal ou coadjuvante. Como principal, entrou Burt Lancaster, que também não ganhou.

Sessão da tarde

Clark Gable botava abaixo o coração de todas as mulheres do mundo, pois além de galã, viril, macho pra valer, só que ruim de beijo, pois dotado de halitose, o indesejável mau hálito.

Final infeliz

Quando se despediu de Hollywood e foi viver na Europa, com Rosselini, último filme de Ingrid Bergman na meca do cinema resultou em completo fiasco, “Sob o Signo de Capricórnio”, com Joseph Cotten, pouca gente viu, e quem viu não gostou.

Sessão das quatro

Pouca gente conheceu essa casa exibidora, o Cine Toaçu, da Cadeia Barros Leal, na ala leste da Praça José de Alencar, e onde assisti à Ingrid Bergman em O Médico e o Monstro, com Spencer Tracy e Lana Turner.