Categoria: Vã filosofia

Faz muitos anos, um Presidente da Câmara de Vereadores decidiu me conceder a Cidadania de Fortaleza, porém declinei, pois muito pouco tinha feito em prol da edilidade para merecer.

Se você convencer eficiente servidor seu que ele é mais importante para o patrão do que este para o empregado, você conseguirá mantê-lo até quando o desejar.

Hoje é o primeiro 13 do ano, que vem a ser o meu número de sorte, pois foi em 13 de agosto que escrevi minha primeira coluna pra Gazeta, por obra e graça de Luís de Queiroz Campos.

Nunca apreciei a expressão “esporte fino” e até mesmo não tenho encontrado essa menção nos livros de etiqueta social. Parece ser indicação solicitando aos cavalheiros que usem camisa de tecido mais caro, coisa fina.

Tenho, ainda hoje, amigos que se apoquentam quando, ligando para alguém, perguntam quem quer falar. Acham desatencioso, mas eu não penso assim, trata-se, quando muito, de um procedimento para ganhar tempo e já atender sabendo quem está do outro lado da linha.

Sou todo o corpo sensível, não tendo me dado Deus estrutura psicológica para receber um não, nem que seja em assuntos de só menos. Provavelmente por isso, evito convidar alguém para jantar, com receio de levar um não.

Em minhas muitas andanças, que, cronometradas todas, ainda não dariam a volta ao mundo, aprendi que vinho, francês, italiano, português, espanhol, chileno e agora o argentino, não precisa ser caro para ser bebível, quero me referir, sobretudo, ao tinto.

Limão vai em contra às potencialidades sexuais, por isso ter, o seu refresco, muito espalhado em conventos e seminários.

Penso que Ceará não tem prato típico, sendo que até o baião-de-dois não parece ser nosso. Pelo menos não como o Feijão Tropeiro, em Minas, o Arroz de Carreteiro, no Rio Grande do Sul, e a Moqueca Capixaba.

No Rio Grande do Sul, é que se aprende o modo correto de chamar João Goulart, o presidente deposto pela Revolução de 64. Os gaúchos chamam o conterra de Goular, assim, sem o T final.

Viajante é quem viaja para ganhar a vida, e se diz viageiro àquele que viaja para gastar o dinheiro que ganhou trabalhando.

Eu estava no antigo aeroporto, quando Moema Távora me chamou que o Plácido Castelo queria me falar. Acontece que Sua Excelência tinha sido convidado para o nupcial da filha caçula de Parsifal Barroso, porém não tinha sido escalado padrinho. Meu vaticínio foi o seguinte: Realmente, o Chefe do Executivo só pode comparecer se for paraninfo, mas o senhor pode mandar dona Netinha, pois, no que concerne à primeira-dama, não existe essa rigidez no Protocolo.

Direi a quem interessar possa que na minha mesa senta qualquer um ou quase, pois não tenho condições de aceitar o pão-duro, o miserável, o ranzinza, o mão de bebê.

Hoje, pretendo martelar que acho redundante pôr os endereços da igreja e do local da recepção no convite de casamento, a não ser que se tratem de recantos muito recônditos e difíceis de encontrar, o que dificilmente acontece, eu diria mesmo que quase nunca.

Quando você encontra um amigo que não vê há muito tempo e ele proclama “poxa, faz tempo que não nos vemos”, para bem situar-se, você então apregoará “prejuízo meu”.

Costumam botar “após a cerimônia religiosa, os noivos receberão os cumprimentos…”. E agora pergunto: há quem cumprimente casantes antes da celebração?

Pedir perdão é um item das atribuições de quem frequenta a sociedade. Agora, melhor é evitar cometer qualquer ato que torne necessárias as desculpas.

Se cachorro é o maior amigo do homem, não se deveria então chamar um bandido de cachorro.

É voz corrente, mas não se consegue explicar direito porque “entrar bem” significa “que se saiu mal”.

Para programar um jantar sentado, de lugares marcados, os anfitriolos devem sempre cogitar de conversadores interessantes, seja homem, seja mulher. Gente pesada vai contribuir para que o encontro não deslanche nem emplaque.