Rodolfo Fernandes partiu, e somente faz pouco tomei conhecimento, que Deus o guarde! Morante em Brasília, o conheci em Fernando de Noronha, sendo ambos hóspedes do governador Fernando César, amigo comum. Filho de Hélio Fernandes, eu quis saber por que não formava com o pai, dono de jornal, A Tribuna da Imprensa, que tinha sido do Carlos Lacerda. Ele me esclareceu que o genitor era um grande sujeito, menos pra se trabalhar com ele. Encontrando o Lustosa da Costa, ele externou opinião favorável à minha pessoa, sobretudo no que se refere à arte da conversação. Infelizmente, nunca mais o vi, pois Brasília, para mim, é carta fora do baralho, não podendo, assim, reforçar o que de mim apregoou.

Tendo bombado devidamente o laboratório de criação desta coluna, apresentamos hoje, ao lado de poucas reprises, muitas novidades do processo de elaboração. Vestido de Noiva, para Eliana Alcântara, favorita das casantes. A Preenchedora de Paredes, para Ignez Fiúza, especialista em pôr obras de arte em casas dos bacanas. Entre a Roça e o Teclado, para Fernanda Quinderé, que, após fazendeira no Piauí, casou com pianista no Rio. Marina da Rússia, pseudônimo posto pelo repórter em Leônia da Silveira, que destilava sua filosofia através da coluna, sem que o marido jamais soubesse que era ela autora dos pensamentos divulgados. A Raimunda Mais Valente Que Já Existiu, para dona Olga Monte Barroso. A Mulher do Bisturi Afiado, para Cláudia Lobo, mulher do dr. Glauco. Porta de Livraria, para Helena de Aguiar, que abriu Clube das Amigas do Livro, hoje Sociedade. Parteira do Society, para adorável dra. Lucy Holanda, que botou tudo que era criança rica no mundo. Alegria do Beco, para Lurdes Gentil, que nos áureos tempos era indiscutivelmente a mais encantadora da roda. Faz-Festa, para Sílvia Moysés, que anima qualquer roda. Hospedeira do Castelo, para a pernambucana Lurdes Moreira, em cuja casa da Santos Dumont, ainda hoje existente, embora desativada, depois que ela e marido partiram, presidente Humberto se alojava. Favorita da Rainha, para Isabel, filha mais amada por dona Melinha Frota, carinhosamente chamada Belisa, que, como a mãe, gerou uma penca. A Nota Máxima em Televisão, para Márcia de Windsor, que só dava dez, no júri do Programa Flávio Cavalcanti. Primeira Reitorisa, para Maria de Carvalho Martins, mulher do fio-da-meada da Universidade Federal. Salonista, para Chiquita Gurgel, que tocou único salão (na Desembargador Moreira) que já existiu no Ceará, recebendo intelectuais, jornalistas, boêmios e até padre. Tenentista, para bela Ivone Faria, que, de caçula do único banqueiro da cidade, passou a ser apenas mulher de oficial da Aeronáutica, sem nunca ter saído de sua boca algum queixume pela baixa econômica. Única Neta Que o Barão de Camocim Pôs Nos Braços, Carmem Leite Barbosa Chaves. A Dama de Ouro, para Rute Moreira da Rocha, que além de bonita e simpática, sabia cartear muito bem o biriba, o que não é comum em mulher. Nossa Lady Crooner, Ana Maria Sales, foi assim que Marta Fiúza Rocha anunciou a cantora da Orquestra Carmem Carvalhedo, na inesquecível noite do Balneário Ideal Clube S.A.

Pratos & Prateleiras: Repasto do médico humanitário Joaquim Gadelha, no Cipoal, ressaltando o carneiro. Panquecas do Astro Rei, no final da exibição de A Carta, no Cine Pedra da Costa. Camarões e suculento filé, na estreia do chef Elizeu Soares no Ibiza paracumbucano. Enorme pizza elaborada pelo Pedro da Dalva, na última Quarta-Feira Santa. Lagosta grelhada pelo Assador de Aranda, no Sabor de Reinaldo e Bernadete. Caldo de cenoura, que contém betacaroteno, pelo Sabu, zelador da Pensão do Frade.