Sim, é Verdade, Ednilo Soárez programou outro imortal, Pádua Lopes, para apresentação de seu mais recente, Vida – Sonhos e Pesadelos. Sim, é Verdade, no Varandas, Auxiliadora e Sabino Henrique fizeram seu primeiro reaparecimento, após as trevas, em public place. Sim, é Verdade, ex-governador Gonzaga Mota anda se valendo do bisneto João Henrique, para explicar o computador. Sim, é Verdade, Sellene Câmara, que foi primeira-dama da Enseada, e Dayse Guimarães, baronesa de Camocim em quarta geração, formando mesa mista no Ibiza. Sim, é Verdade, Dudu Sisnando, cearense do Texas, baixou em Cascavel, na trilha de feijoada. Sim, é Verdade, Sônia Uchoa, de cujo casamento com Alfredo Couto fui padrinho e presenteei com um gala na Torre do Iracema, bate fio, pra me ensejar lhe abraçar pelo natalício dominical.

Agosto chegando e, no dia 13, meu blog estará fazendo dois anos muito bem vividos. Trata-se, no caso, de presente de precioso e atento amigo, visando me ensejar uma nova via de comunicação após jornal, rádio, televisão e livros. O programa bombou devidamente, e, nos sete dias da semana, ofereço aos seguidores uma miscelânea de informação, conceitos e pontos de vista. Política, Sociedade, Etiqueta, Cinema, Saúde, Futebol, Gastronomia e Vã Filosofia. Além de Golpe de Mestre, com preciosas dicas do vernáculo, e Laboratório de Criação, produtos de repórter muito criativo, porque vocacional e devotado. Aliás, há quase 12 meses, limpo a vista, até de noite, com duas placas apostas nas brenhas do meu dormitório, uma trazendo Avenida Paco e a outra, Quinta Avenida, com o respectivo site, www.luciobrasileiro.com.br.

Que me perdoe quem de direito, porém a expressão “isolamento social” não está bem dentro dos conformes. Pois “isolamento” e “social” são duas palavras que brigam entre si, uma se contrapondo à outra. Talvez até caiba, parodiando Oscar Wilde, que, do alto de sua sabedoria, assim se manifestou, ao analisar o dito mundialmente usado, “gosto popular”. O laureado dramaturgo irlandês, que nos deu “O Retrato de Dorian Gray” e “A Importância de Ser Ernesto”, entre outras maravilhas. Doutrinou, gosto popular, ora, se existe uma coisa que não pode ser popular é o gosto, pois produto da educação.

AS DEZ COISAS QUE DETESTO & MUITO MAIS Café da manhã, pois sou alérgico a leite, não muito de frutas e não tomo café há meio século. Pessoas que almoçam (ou jantam) olhando pro relógio, porque me fazem perder, de imediato, o apetite. Dar a mão, por causa da transmissão de suores nada convenientes. Cueca apertada, que provoca a região do umbigo. Espirrar. Comida sem sal, que tem forte participação no sabor da dita cuja. Ver alguém falar mal da vida alheia, mesmo em se tratando, o afetado, de personagem que não aprecio. Mosca, um dos insetos mais especificamente nojentos. Toalete sem mictório, pois não é higiênico fazer pipi no vaso, destinado a tarefas mais prolongadas. Combinação de amarelo com preto, que se descobriu dar azar (bato na madeira), desde naufrágio do Titanic, faz mais de cem. Falso humilde, porque procura exteriorizar o que absolutamente não sente. Portador de notícias tristes, tais morte, estar pra isso, falência e separação conjugal litigiosa. Corrupção, sobretudo quando envolve dinheiro público. Criança em avião, porque não se pode pular fora. Sonegador de imposto. Perfume forte, daqueles que induzem ao mal-estar e dor de cabeça inevitáveis. Esquecedores fáceis do benfeito recebido. Mau hálito, que, quando do homem, a mulher tem culpa, e quando da mulher, aí então o homem é quem tem. Copo que não brilha como cristal. Sermão demorado, mesmo que a batina do padre esteja bem passada. Comida baiana. Atrasador contumaz. Homem que trata mal a própria mulher ou qualquer mulher. Limão, aliás, toda fruta ácida. Garçom que não fez a barba. Música alta. Inimigo íntimo, que é o que mais deseja a ruína do vizinho. Livro faltando página. Levantador de falso. Furador de fila. Meia branca. Curioso, a não ser de fundo científico. Quem repreende empregado na frente da visita. Pessoa que conta uma piada e acha graça de si próprio. Bêbado e, sobretudo, mulher bêbada. Aquele que olha pra você, mas não ouve o que está falando. Bater na porta sem dizer quem é. Vinho passado. Telefone tocando de madrugada. Gelo não transparente, da cor de leite.