Tela quente
“A Um Passo da Eternidade” figura na minha seleção dos Melhores Filmes. Proporcionou a Frank Sinatra um justo Oscar de Coadjuvante, porém deixou de fora Montgomery Clift, porque Academia não conseguiu definir se ele concorreria como Principal ou Secundário.
|
Pergunte a quem tem Lúcio
Qual a diferença de porre e pileque? Enquanto quem toma porre fica mais bêbado, quem prefere o pileque se torna mais brilhante.
|
Ilustradas
|
Apanhado
Os irmãos Bezerra ocuparam seis cadeiras de deputado federal, três com Orlando, duas com Humberto e uma com Adauto. Agora, o primeiro lugar na família fica com o sobrinho Arnon, que ainda chega a ser meu parente, embora distante, pois Quezado da Aurora por parte de mãe, Salete Cruz.
|
Primeira página
Penso completamente que devo continuar martelando na CBN, no blog e neste espaço aqui de O POVO.
Falo, no caso, da notificação aos donos de restaurantes e maitres, quanto ao descuido com toaletes ou banheiros.
Não devendo esquecer, por exemplo, os tapetes, que deverão ser inevitavelmente de fácil lavagem.
O bidé ou ao menos a duchinha, absolutamente imprescindíveis, e além do papel na peça colocada na parede, uma oportuna reserva do higiênico em questão.
O cabide ou ganchos, para o usuário pendurar suas blusas, camisas e calças.
E, nos masculinos, um ou dois mictórios, pois não é pertinente fazer pipi no vaso, destinado a tarefas mais demoradas.
|
Palpite
A razão vos é dada para discernir o bem do mal. (Dante Alighieri)
|
Gramática social
Não se usa faca pra comer espaguete, substitui pela colher.
|
Tela quente
James Dean fez três longas-metragens, sendo que o primeiro, “Vidas Amargas”, de Elia Kazan, foi disparado seu melhor.
|
Ilustradas
|
Palpite
Do zero ao infinito, vou caminhando sem parar. (Clarice Lispector)
|
Tela quente
Terceiro filme de meu currículo é “A Carta”, quando Bette Davis, dirigida por William Wyler, que diziam seu amante, atingiu seu melhor momento no cinema.
|
Primeira página
Atendendo pedidos, publicamos neste espaço o soneto que batizei de três rimas.
E foi composto em regozijo ao meu segundo Jubileu Diamantino, em 13 de agosto de 2015.
Que foi lançado e lido, pela primeira vez, no almoço oferecido a patrões e ex-patrões, no Palácio Gualberto, no alto das Dunas.
Ei-lo: Quão desproposital/Deus dos Nazarenos/Em fazendo claros/E não escuros.
Os dois venenos/Açúcar e sal.
Estreia do repórter em verso, que deu pro gasto, todavia não pra revelar um novo Otacílio Colares.
|
Apanhado
Sérgio Philomeno, que chegou a controlar sete Coca-Colas, não teve, como alguns pensam, dois mandatos federais, porém apenas um. Quem foi duas vezes deputado foi seu irmão Cláudio, que inclusive cogita, às vezes, de escrever sobre o que já se foi.
|
Pingos nos is
Gostaria de passar ao pessoal da crônica esportiva que vice-campeão não é título, pois, se é vice, significa que perdeu.
|
Caindo na rede
Peixe não é marisco, peixe é pescado, marisco é lagosta e camarão, que, por sua vez, não são fruto do mar, fruto do mar é ostra e mexilhão.
|
Gramática social
Não se sopra sopa visando esfriar, aliás, o bifê (ou os donos da casa) é quem deve providenciar para ela já vir da copa não quente, porém apenas morna.
|
Pergunte a quem tem Lúcio
Banquete é servido à francesa? O serviço à francesa é para poucos comensais, portanto não se presta pra banquete, onde funciona o serviço inglês, no qual o garçom põe no prato do comensal as porções que vêm determinadas da copa, enquanto à francesa estipula ser o próprio convidado que se serve em seu lugar, o garçom apresentando travessas e trinchadores, para que ele próprio escolha pedaço e quantidade que pretende digerir.
|
Ilustradas
Com Meninão Camurça, partícipe da extinta Turma da Anita, que partiu pra ser com marido nome de largo na Praça da Matriz do Cumbuco. |
Primeira Página
O JEITO BRASILEIRO DE SER
J. Ciro Saraiva, tão cedo partinte, foi um dos escolhidos por Lustosa da Costa para o livro que teve como protagonista este repórter, e aí vão pinceladas do que escorreitamente escreveu:
Nas redações por onde passei – rádios, jornais e televisões – sempre ouvi muitos questionamentos sobre Lúcio Brasileiro. Ainda hoje, despertam curiosidade seu modo de ser, o tipo de jornalismo que pratica e uma certa "cartolagem" que deriva de suas ligações pessoais com os patrões. Creio que isso sempre foi de seu conhecimento, mas nunca o vi preocupado ou abespinhado com tais comentários. Aliás, nunca o vi preocupado com coisa alguma, nem mesmo quando o chamaram de vampiro. De certo modo, até sempre alimentou esse "ar" de perplexidade que se formou em torno dele, com sua criatividade, suas chalaças, seu gosto de ser diferente.
Conheço gente que considera Lúcio Brasileiro um chato, mas não deixa de ler sua coluna, um dia sequer. E, na televisão, batizou sua intervenção diária de Primeira Página, ensinando, em trinta segundos, que o consumo de berinjela controla a hipertensão e que é o vinho branco e não o tinto que deve acompanhar o peixe.
Trabalhamos juntos duas vezes. Nos "associados", inicialmente, e no final dos anos 70, na antiga TV Uirapuru, depois Cidade. Sempre bem-humorado e irradiando fraternidade, levou-nos – a mim, Narcélio, Assis Tavares, Fernando Maia e outros – à sua casa cumbucana, La Belle Aurore.
Algumas coisas que ouvi de Lúcio incorporei aos meus conhecimentos. De todas as observações, ressalto sua imagem sobre amizade: "Amigo verdadeiro é aquele cara que está no ponto do ônibus e o outro passa de carro, sem lhe dar uma carona. Em vez de ficar resmungando contra o companheiro, ele prefere cogitar sobre o que está ocorrendo: Fulano deve estar com algum problema, para não ter parado. Quando chegar à redação, vou ligar para ele."
Em outras palavras: amigo não cobra, compreende, é generoso. E não importa se passam muito tempo sem se encontrarem. Quando isso ocorrer, serão sempre os mesmos. A última vez que estivemos juntos foi em 1996, quando me entrevistou no seu programa da TV Jangadeiro.
Participei de algumas "reinações" de Lúcio Brasileiro. A que me recordo, mais fortemente agora, é uma viagem de trem que ele inventou, em 1985. A ideia motora era levar Hermenegildo de Sá Cavalcante a rever a cidade onde nasceu, após 40 anos de ausência. Partimos de Fortaleza, um grupo de jornalistas, às 21h, e após uma noite toda de libações, a que não faltou naturalmente uísque, amanhecemos na terra natal que era também do Brasileiro, onde uma banda de música nos recebeu.
Quando me fez contar as histórias do Bonaparte Maia, que fora seu patrão em O Jornal, e ao discursar em campanha para deputado, em Quixeramobim, proclamou no palanque: Não tenho apenas mil contos, como dizem, tenho muito mais, e a esta hora poderia, em vez dos sertões do Ceará, estar nas praias de Espanha, ouvindo músicas selecionadas por mim ou por meus assessores.
|
Apanhado
Quando dr. Milton Campos, que Ernesto Geisel considerava um dos mais probos homens públicos brasileiros, governava as Minas Gerais, pôs Pedro Aleixo para ser secretário de Justiça, e sempre se saía assim quando algum político vinha a seu gabinete, apresentando pedido ou proposição: Fale com o Pedro, Primeiro.
|

Ivan Bezerra, caçula do clã, e Tânia, terceira mulher.
José Pompeu, com desembargador Tarcílio Silva, num AAAA de Cláudio Aguiar.