Fora da raia

Jogadores campeões do mundo em 70, no México, que não chegaram a entrar em campo: Ado, Leão, Zé Maria, Baldochi, Joel e Dario.

Derrapagem

Grande esperança do Brasil, no Mundial de 78 na Argentina, o mineiro Reinaldo não emplacou e terminou na reserva.

Testemunha do crime

Eu estava no Pacaembu, no jogo que Argentina bateu o Brasil por 3 × 0, quando Pelé entrou de cabeça no defensor Rattin, sendo imediatamente expulso, provavelmente, a única vez atuando pelo escrete.

Quinteto ideal

Se não fosse Flávio Costa tão intransigente, o Brasil teria disputado e ganhado a Copa de 50 com a seguinte linha atacante: Cláudio, do Corinthians, na ponta direita, Zizinho, do Flamengo, mas já no Bangu, na meia, Heleno, no centro, Ademir, na meia esquerda, e Chico, na outra extrema. E teria botado Uruguai para trás.

As portas

Heleno de Freitas jogava no Vasco e havia sido campeão carioca pelo clube de São Januário. Flávio Costa pensou nele para comandar o ataque da Seleção que iria disputar a Copa do Mundo, acontece que em um treino, visando ao Campeonato Brasileiro, ele reclamou do treinador em termos grosseiros que os dois extremas não lhe passavam a bola, Nestor e Mário, foi expulso de imediato e dias depois viajava para o ilegal futebol colombiano, onde, por sinal, não brilhou.

Chuteiras trocadas

Pra ser campeão do mundo no Maracanã, em 1950, a Seleção deveria ter jogado assim: Barbosa, Augusto e Mauro; Bauer, Danilo e Nilton Santos; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico.

Muito pra tão pouco

No Sul-Americano de 1946, disputado na Argentina, o treinador Flávio Costa pôs no mesmo ataque os três maiores centroavantes da década de 1940: Leônidas, Heleno e Ademir. Não funcionou, e a Seleção só fez empatar em um gol, marcado pelo zagueiro Norival.

No princípio

O Torneio Rio-São Paulo, embrião do Brasileirão, seguia um critério diferente da competição de hoje. Começa que só tinha oito times, quatro do Rio e quatro de São Paulo, entrando o campeão de cada um desse desses estados e os três melhores em arrecadação, do Rio e de São Paulo.

Rede aberta

O primeiro gol do Maracanã foi marcado pelo Didi, que tinha vindo do Madureira e estreara no Fluminense. Aconteceu num enfrentamento dos Novos do Rio contra os Novos de São Paulo, que venceram de três a um.

Abertura dos portos

Foi Didi, que só estrearia na Seleção doze anos depois, quem marcou o primeiro gol do Maracanã, no jogo entre as Seleções de Novos do Rio e de São Paulo, que deu os paulistas vencedores por 3x1. Aconteceu um mês antes da Copa do Mundo.

Al vivo

Quando visitei o grande Obdulio Varela, em sua modesta саsа, apesar dos dois pavimentos, no subúrbio de Montevidéu, ouvi dele a confirmação de que no único gol do Brasil, na final de 1950, ο ponteiro Friaça estava em posição de impedimento. Após o duvidoso lance, ele, Obdulio, com a bola na mão, foi discutir com o bandeirinha, porém, o juiz confirmou a validade.

Pró-casa

O juiz inglês George Reader beneficiou pelo menos duas vezes o Brasil na final perdida para o Uruguai, na Copa de 1950. Autor do gol brasileiro, Friaça, estava impedido, tendo o bandeirinha levantado a bandeira, mas o árbitro não anulou, e houve um pênalti de Augusto no uruguaio Morán, que também não marcou.

Missão secular

O suíço Hans Wuetrich, que arbitrou Brasil x Itália na Copa de 38, deixou uma lição para a mundo da arbitragem, quando o nosso zagueiro Domingos aplicou um pontapé no centro italiano Piola. Ele poderia, então, expulsar o atleta ou marcar um pênalti jamais poderia, e não fez, impor as duas punições, tendo ele preferido a penalidade máxima, para não deixar o Brasil com dez. Infelizmente, o notável gesto não é imitado.

Bola rolando

Assinalando oito gols em cinco jogos, média, portanto, de 1,6, nos Mundiais de 1934 e 1938, Leônidas, o Diamante Negro, ainda mantém a liderança em média de artilharia brasileira.

Para o gasto

Na minha opinião pessoal e também de muitos desportistas da época, Leônidas, apesar da idade, e Heleno, apesar das falhas mentais, poderiam ter sido programados para o Mundial de 50.

Tempos idos

Vice-campeão carioca em 44, treinado por Ondino Vieira, o Vasco, com o mesmo treinador, foi campeão em 45, e com Flávio Costa, campeão em 47, 49 e 50, e vice em 48. E sob a direção de Gentil Cardoso, campeão folgado em 1952.

No estaleiro

No Mundial de 50, o maior craque da Seleção, Zizinho, só entrou no time no terceiro jogo, contra a Iugoslávia, que jogava por um empate, pois quando a Copa começou, Mestre Ziza estava com problema no joelho, e daí não ter podido enfrentar nem o México, no Maracanã, nem a Suíça, no Pacaembu.

São Januário

Heleno de Freitas só foi campeão carioca uma vez, em 1949, pelo Vasco da Gama, num ataque que tinha três craques: Maneca e Ademir nas meias, e Heleno comandando o ataque. Jogou muitas partidas, porém, desentendeu-se com o treinador Flávio Costa, que organizava a Seleção Carioca, e, então, aceitou o convite para o futebol colombiano, que não era legalizado pela Fifa.

Deu zebra

A primeira linha de atacantes cogitada pra ser a da Seleção no Mundial de 50 acabou não colando, ou pelo menos, não colando toda. Seria o gaúcho Tesourinha, Zizinho, Heleno de Freitas, Jair e Chico. Acontece que Tesourinha quebrou o joelho nos ensaios e Heleno começara a denotar perturbações mentais, que acabaram por matá-lo.

Sem registro

A Fifa não reconheceu primeiro campeão mundial de clubes, Palmeiras, nem o segundo, Fluminense, que insistem, sobretudo o Palmeiras, que são; porém, oficialmente, não são.