Vá em frente
Da Dra. Judith Turner, professora de Psicologia da Saúde da Universidade de Washington:
“Às vezes, você precisa aceitar que a dor existe. Mas, então, deve se perguntar: O que eu posso fazer para levar a vida que desejo?”
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Categoria: Fala, coração
Razão do coração
O grande ano de minha carreira foi, indubitavelmente, esse 2018 já tão partinte, e tudo por causa da Quinta Avenida, quinta via de minha comunicação com o público, que são, em ordem cronológica, jornal, rádio, televisão, meus livros e, agora, o site da Internet.
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Fala o criador
A Delegada Que Só Prende Por Amor, uma das colocações favoritas deste repórter, pretendendo pontapontear uma deliciosa criatura, Margarida Borges.
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Viagens que ficaram
Num navio de bandeira grega, Odissey, em busca do Sol da Meia-Noite. A recepção do comandante ia ter caviar e champanha francesa. Acontece que eu não tinha levado rigor, mas ficara amigo do barman e dos garçons que me serviam, e cada um me emprestou uma peça, da gravatinha ao sapato, só não a cueca.
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Fala, coração
Aliatar Bezerra foi um dos meus primeiros amigos. E me adiantava dinheiro para receber por onde eu trabalhava. Certa vez, mandei-lhe um bilhete pelo Maurício Xerez, que me secretariou, durante algum tempo, na Torre do Iracema, dizia: Aliatar, mande 300 mil ou um revólver. Ele fez um cheque de imediato, contra uma cooperativa, porém o gerente alegou falta de fundos, mas sugeriu passar no final da tarde. Foi o que o Xerez fez e então o cheque foi honrado. Dias depois, o Orlando Falcão me contou que o Aliatar tinha lhe pedido certa quantia para cobrir um cheque. Exatamente os meus 300. Essa de me emprestar um cheque sem fundo, ou melhor, de pedir emprestado pra me emprestar, é uma prova de afeto e solidariedade das maiores que podem existir.
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Fala, coração
José Maria Vidal morava no Rio e via seu maior amigo cearense, Adrísio Barbosa Câmara, aquiesceu em me hospedar. É único irmão vivo de Dagmar Pontes, Yolanda Queiroz e Zilmar Marcílio, pois o outro, que recebera o nome do pai, Luiz, partira aos três anos. Zemaria, além de me receber, emprestou-me dinheiro e até roupa, pois eu iria almoçar com o Ibrahim Sued no Copa. Hoje, está no céu.
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Fala, coração
José Martins de Lima foi uma das melhores pessoas que eu conheci. E não pensem que faço esse julgamento só pensando no que agora lhes vou contar. Eu estava no Rio, como quase sempre, em estado lisoide, quando me lembrei de lhe telegrafar, pois éramos parceiros no pife-pafe da amiga comum Lurdes Gentil, a roda mais selecionada da cidade. Não foi só o atendimento, porém a presteza, pois, dez minutos depois, já recebia sua resposta, notificando que os cinco mil solicitados já estavam à disposição no Banco Moreira Salles, que nem filial tinha aqui.
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Fala, coração
Aprígio Fernandes nasceu para ser dono de cassino e mantinha o Ideal em alto nível de ambiência e limpeza. E também de discrição, pois fazia boca de siri com os prejuízos não cobertos. Para que eu pudesse jogar, ele me botou de relações públicas, até para promover shows, coisa que, embora raramente, fiz. Pagava-me três mil por semana, quando eu não ganhava no jornal nem essa quantia por mês.
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Fala, coração
Meu maior amigo banqueiro foi o José Pontes de Oliveira. Ele havia transformado um tamborete, que era o Banco União, num banco de verdade. E chegou a pagar um cheque meu, que não era que não tivesse fundos, que por sinal não tinha, mas que eu tivesse pelo menos conta no banco que gerenciava, que eu também não tinha.
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Fala, coração
Quando eu era jovem, ou melhor, mais jovem, não tomando conhecimento da liseira reinante, pegava um avião, passagem de graça, e ia pro Rio, onde também não pagava hotel. Mesmo assim, precisava de algum, para poder circular, e então telefonava pro grande empresário Audísio Pinheiro, que sempre me convidava para, dia seguinte, tomar café no seu apartamento no Morro da Viúva, de onde nunca saí com menos de dez (não sei o que seria hoje em Real, mas durava duas semanas).
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Fala, coração
O maior de todos, o Lustosa da Costa, foi uma estaca segura em que sempre me apoiei. Houve uma época, os anos 60, em que almoçávamos de segunda a sexta no Ideal, e eu sempre saía de lá com uma segura diretriz. Quando alguém tentava me denegrir na frente dele, não dava uma palavra, deixava o prato no meio e ia embora. Foi o autor de "Um Brasileiro Muito Especial", reunindo depoimentos de muitos colegas, obra-prima de solidariedade e reconhecimento.
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