Comportamento

O viver em sociedade pode, às vezes, implicar em se ter que fazer a coisa errada. Bom exemplo disso é o do fazendeiro francês que recebeu o novo abade, que era pouco familiarizado com a etiqueta, tanto que, na hora do lavabo, em vez de pôr levemente os dedos, ele bebeu. Imediatamente, o dono da casa o imitou, e assim fizeram também os demais presentes, pois não se pode deixar mal o convidado de honra.

Etiqueta

Um cavalheiro não pode dar seu lenço à dama, a não ser que seja aquele levado no bolsinho superior do paletó

Apanhado político

Quando Jânio Quadros foi eleito presidente, com aquela fantástica maioria, seu vice, o mineiro Milton Campos, perdeu por apenas 200 mil votos. Se houvesse ganhado, com Milton na garupa, Jânio não teria renunciado, pois só o fez por não crer que o Exército entregasse o poder ao Jango. E o Brasil, então, teria se livrado de um de seus presidentes mais vacilantes e incapazes. E Jânio, que fazia uma administração de alta moralidade, teria sido sucedido pelo Carlos Lacerda, e nem precisava a Revolução de 64.

Cláudio Santos

Cheguei em Brasília seis meses após a promulgação da Constituição de 1988, momento repleto de esperanças com a redemocratização do País, a liberdade para pensar e dizer e o prestígio dos constituintes. Vim para integrar o Superior Tribunal de Justiça, criado pela Lei Fundamental, quando ainda tínhamos tempo para examinar com cuidado, estudar e decidir bem as causas submetidas pelos cidadãos e empresas brasileiras, em momento oportuno de reabertura comercial do País, no início do Governo Collor, que, lamentavelmente, cedo se perdeu na corrupção que se enraizou no Poder Público. Brasília era bastante segura, e diversão não faltava, além de ser ponte para o Rio e São Paulo. A Mansão Ceará do Senador Virgílio Távora, que reunia muitos cearenses aos domingos, já estava inativa com seu falecimento, mas ainda tive a oportunidade de aqui encontrar o saudoso e estimado amigo Marcelo Linhares e outros que me deram boa acolhida, como Mauro Benevides, Paes de Andrade, Paulo Cabral e a brilhante turma da imprensa cearense, Fernando Mesquita, José Wilson Ibiapina, Frota Neto e os que já nos deixaram, Lustosa da Costa e Rangel Cavalcante. Fruto de uma urbanização desordenada para a acolhida de “eleitores” de governantes incompetentes, a Capital Federal deixou de ser uma bela cidade administrativa para se tornar um aglomerado de pessoas dos mais variados níveis culturais e sociais, sem transporte satisfatório e mercado de trabalho insuficiente, com sua conhecida universidade (UnB), criada, entre outros, por Darcy Ribeiro, e onde lecionei como convidado, em franca decadência no ranking nacional. Mas aqui continuo feliz, porque, a retornar à advocacia perante os tribunais superiores, encontrei espaço para atuar no campo do direito privado, inclusive em controvérsias internas e internacionais que são resolvidas por meio de arbitragem, em São Paulo e Minas Gerais. Sou, atualmente, Presidente do Instituto dos Advogados do Distrito Federal (IADF). Casado mais uma vez com uma advogada, minha colega de escritório Eliene, com ela tive dois filhos, já maiores, Sofia, com 23 anos, formada em Moda e Artes Plásticas, que mora e trabalha em São Paulo, e Francisco, 20, meu caçula, que estuda Ciências Contábeis, mas não esqueço meus demais filhos cearenses, os amigos e minhas raízes nordestinas. Principalmente para os mais jovens, espero, talvez não agora, mas em uma próxima eleição, melhores dias e ambiente para o crescimento e a paz no nosso País.

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Chanceler Edson Queiroz e ex-quase-tudo Lúcio Alcântara. (By Rodrigues)

Consuelo Dias Branco, Rainha-Mãe do Aquiraz, recebendo pelo Ivens condecor aeronáutico.

Consuelo Dias Branco, Rainha-Mãe do Aquiraz, recebendo pelo Ivens condecor aeronáutico.

Palpite alheio

Como são felizes os atores, eles podem chorar ou sorrir, de acordo com a peça, porém, na vida real, é diferente. (O. Wilde)

Celeiro

“Obra-prima do Criador” foi como este colunista passou a designar uma das preciosidades da cidade, o empresário Edilmo Cunha, exemplo de comportamento pessoal e relação com os amigos.

Apanhado político

Parece ser verdadeira a história que se espalhou pelo País que, quando foi cassado pela Revolução de 1964, o governador Ademar de Barros pretendeu reunir todo o secretariado, para uma histórica foto de despedida. Acontece que, a essa altura dos acontecimentos, alguns auxiliares sumiram. Ademar imediatamente autorizou seus policiais a caçarem os fujões por toda a cidade, para que o flagrante saísse completo.

Não concordância

Sou totalmente contra que um casal entre num clube ou num salão ou numa festa particular com a mulher de braço enfiado no do marido. Os dois devem estar separados um do outro, de braços distendidos. Um exemplo de como proceder de forma correta é sempre dado pelo senador Tasso Jereissati e Renata, que, portanto, devem ser imitados.

Etiqueta

É de mau gosto e inoportuno, em chegando a uma festa, o convidado dizer para o anfitriolo “só vim porque era pra você”. A colocação é infeliz, porque sugere que a pessoa está querendo se valorizar perante o dono da casa, objetivando, talvez, ser melhor tratado.

Aula maestra

O serviço Vermeil é o mais requintado (e mais caro) do mundo. Trata-se, no caso, de talheres de prata banhados a ouro. Aqui, nunca vi. Não sei mesmo se a Yolanda Queiroz teve, embora recebesse muito, e até mesmo figurões da sociedade brasileira e da política nacional.

Disse-me-disse

Uma senhora flagrou o marido da amiga com outra no cinema. Chegando em casa, ligou pra “vítima” e denunciou. Sobrou pra ela, pois a esposa contou pro marido, que exigiu o nome do denunciante, e a pobre foi proibida de frequentar a casa para sempre.

Não concordância

A cena é deprimente, mulher pendendo pra gordinha sentada num clube de perna aberta e sandália havaiana, chupando picolé e vendo novela. Um pouco de classe não faz mal a ninguém.

Celeiro

Chamo de “civil” a pessoa que está presente em uma festa sem ter obrigação de estar ali. Por exemplo, um parente dos donos da casa não é civil.

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Este repórter, aplaudindo em Santa Cruz, tendo em back o prefeito de Redenção, Davi Benevides, que também aplaude. (By Evando)

Náutico Atlético Cearense, em torno da coluna Meton César, filho Henrique Vasconcelos, mulher Yolanda, irmão Leopoldo e nora Renata, neta de José Macêdo. (By Rodrigues)

Buscado advogado trabalhista Marcos Monte e Cláudio Aguiar, no mais recente AAAA. (By Evando)

As danações

Natal era um zagueiro gaúcho, que chegou a formar com Domingos da Guia na defesa do Flamengo, no final dos anos 30. Era homossexual e passou a conversa num filho bastante menor do presidente do clube. Foi imediatamente eliminado do elenco, passou pela Bahia e desaguou aqui, jogando pelo Fortaleza. Quando pendurou as chuteiras, foi ser juiz por algum tempo, mas, segundo consta, morreu na miséria.

Palpite alheio

Descansar demasiado é oxidar-se. (Walter Scott, escritor escocês)

Apanhado político

Roberto Silveira foi um dos políticos mais promissores deste país, nos anos 50. Daria até um ótimo presidente se, naturalmente, o dono de seu partido, João Goulart, quisesse. Morreu em acidente aéreo, e seu lugar de governador do Estado do Rio foi ocupado pelo irmão, Badger, que logo ingressou na subversão e foi dos primeiros cassados pela Revolução de 64.

Mão boba

Nos arredores do Centro da cidade, estamos nos anos 50, aconteceu um coquetel. Havia um bifê, mas a fita só seria aberta depois dos discursos. Porém, faltou luz, que voltou em um minuto, e os presentes observaram, então, que uma senhora expelia sangue pela mão. É que, aproveitando o breu, ela foi em cima de uma bandeja de salgados, e uma amiga teve a mesma ideia, só que, usando um garfo, e, em vez da empada, espetou a mão dela.

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Maninho Brígido fez o Duda, e eu o mantive vivo.

E aqui estou eu mesmo, com Lurdinha Figueiredo, neta de Pedro Philomeno e sobrinha favorita do biprefeito Acrísio Moreira da Rocha.

Todos três da Escola Unidos do Natal, desembargador Zezé Câmara, médico Assis Antero e meu afilhado Chiquinho Aragão. (By Rodrigues)