Categoria: Comportamento

Numa carta, o remetente pode optar entre “tu” ou “você”, o que não pode é começar com “tu” e terminar com “você” ou vice-versa.

Na apresentação, a mulher é quem deve tomar iniciativa de manifestar “muito prazer”, jamais o homem pode se manifestar antes, a não ser que seja uma autoridade do Mundo Oficial.

Muita gente condena se cantar à mesa, porém eu não penso assim, pelo contrário, considero um momento muito apropriado para se soltar a voz, desde naturalmente que não grite.

Um cavalheiro pode se casar de jaquetão, só que esse trajo não é muito apropriado, sendo mais correto o paletó com dois botões.

Não passe o tirador de pó em colchão de penas ou de molas, pois a capa pode se tornar a porosa.

Quando for obrigado a passar para alguém notícia que um conhecido se suicidou, jamais utilize esse verbo, e sim que deu “cabo da vida”.

Para problemas biliares, mastigar grãos de cominho, que podem também ser acrescentados ao prato.

Paulo Francis cansou de dizer que ao brasileiro não se emprestam duas coisas, dinheiro, porque não pagam, e livro, porque não devolvem.

O empregado deve lavar as mãos oito vezes ao dia e nunca mostrar os dedos dos pés.

Tem quem condene que se cante à mesa na hora da refeição, menos eu, que considera essa circunstância a hora mais apropriada para manifestação de regozijo.

No consultório, paciente não dá a mão ao médico, mas, se o doutor estende a sua, deve honrar, para não deixar que quem está cuidando de sua sobrevivência fique com ela abanando.

“Muito obrigado pela parte que me toca”, “Filho de peixe, peixinho é”, “Está no céu zelando por todos nós” se inserem no compêndio das frases feitas, que, portanto, devem ser evitadas.

Chamar câncer de CA, preconceituando a doença fatal, deve ser evitado, não se justificando, nem que seja para atenuar carga pesada da palavra enunciada.

Homenageando estrangeiro que não fale a nossa língua, o anfitrião deve evitar chamar quem não seja versado, pelo menos em inglês ou francês.

Quanto mais você pronunciar “por favor”, “por gentileza”, “por obséquio”, “com licença”, você será considerado um cidadão ainda mais bem educado.

Dizer que alguém “se suicidou” é, obviamente, muito pesado, “que deu cabo da vida” não é leve, porém deve ser preferido.

Será sempre, depois da toalha, o guardanapo, e jamais o lenço, que quando você se senta deve ser imediatamente esquecido, nem para se assoar.

Numa recepção, quando passa a bandeja dos drinks e você não pretende aceitar, nunca alegue que está tomando antibiótico e que não vai beber naquela noite, diga simplesmente que mais tarde aceitará.

Casal andando numa calçada, lugar de honra é o da parede, ficando o do passeio para o cavalheiro.

O embrulho do papel de presente deve ser aberto pelo recebente, que assim fica sabendo do que se trata, todavia essa norma pode ser quebrada, se o ofertante antecipa o conteúdo da caixa ou da sacola.