Jamais me arrependerei
De ter aberto o Ugarte, que ainda está lá e é palco, toda última sexta de novembro, para o almoço confraternativo da Escola Unidos do Natal, e a Barraca Waikiki, que a Semace, derrubando, prestou perfeito desserviço ao turismo cearense.
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Categoria: Jamais lamentarei
Jamais lamentarei
Ter deixado a clínica que me atendia e procurado o dr. Valter Justa, afetado pelo glaucoma, e ter conseguido controlar os níveis da pressão e hoje estar enxergando até as verdes.
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Jamais lamentarei
Nunca ter casado, pois Jesus Cristo também nunca casou, logo não deve ser esses balaios todos.
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Jamais lamentarei
Ter ingressado na Faculdade de Direito, pois portador de brilhante vestibular, e dela ter saído após três meses, pois não tinha queda nem pra banca nem pra barra.
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Jamais lamentarei
Ter eleito Ibiza, na Espanha, e Villefranche, na França, como meus novos domicílios e as cidades de onde pretendo partir para aquele encontro definitivo.
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Jamais lamentarei
Ter tomado coragem e bater na porta de dona Albanisa Sarasate, no Hotel Regina, do Rio, me oferecendo para trabalhar em O POVO. E quando ela me disse que quem decidia era o Paulo, eu fiquei certo de que já estava lá, o que resultou no grande salto da minha carreira. Aconteceu em agosto de 1961.
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Jamais lamentarei
Ter feito uma jura de nunca mais pisar em Rio, São Paulo e Brasília ou qualquer cidade brasileira, a não ser, e não sei se ainda, minha amada Salvador.
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Jamais lamentarei
Ter trocado Fortaleza pelo Cumbuco.
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Jamais lamentarei
Ter feito de Lustosa da Costa amigo número um de minha ainda curta vida.
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Jamais lamentarei
Ter saído da casa de meus pais, na Dom Luís, para ir morar no Hotel Iracema Plaza, onde passei anos maravilhosos, dando festa quase todo dia. Foi o Cláudio Figueiredo quem me levou pra lá, e, depois, seu tio Chico Philomeno me manteve ali por 25, pagando uma diária que eu mesmo estipulava, naturalmente irrisória.
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