Estórias com E

Numa das renovações do meu contrato com O POVO, levei a proposta por escrito e apresentei ao inesquecível José Raymundo Costa, que, quando começou a ler, foi logo dizendo: “Não, o jornal não pode aceitar, de modo algum.” “Por que não, Costa?” “Porque os outros vão querer a mesma vantagem. E não poderemos arcar com o ônus, na folha de pagamento.” Tentei escapar: “Olhe aqui, você sabia que, no Corinthians, o Rivelino recebe bem mais que os outros jogadores?” “Sabia, sim, o que eu não sei é quem é o Rivelino de O POVO.” Me despedi e fui tratar com o Demócrito.

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