Primeira Página

MIMOS MIMOSOS

O primeiro presente que ganhei foi de primeira grande amiga do Beco da Alegria, lote de doze camisas produzidas pelo legendário Álvaro Maia.

E o maior, um óleo do Di Cavalcanti.

Meia dúzia do caviar iraniano Beluga 00, distribuídos por diversos Natais.

Um lote na Caio Cid, onde Arialdo Pinho projetou meu estúdio, que ainda hoje está lá, incólume.

Quatro champagnes Crystal, do leitor número um, José Macêdo.

Um corte de tecido, do ex-prefeito Acrísio Moreira da Rocha.

Garfos, facas e colheres, para abrir o Ugarte cumbucano, provenientes de cearense exportado para São Paulo.

Quinhentos dólares, do patrão Demócrito Dummar, forrando minha viagem à China.

Uma Mont Blanc, de Ivens Dias Branco.

Um retrato pintado pelo falecido Otto Cavalcanti, que serviu de capa do meu primeiro livro, Até Agora…

Passagem para Nova York, de Luiz Eduardo Campello, quando recebeu o galhardão de Homem do Ano nas Relações Brasil-Estados Unidos.

Um televisor grande, que para chegar ao meu dormitório praiano, tivemos de abusar das cordas.

Uma queijeira de madeira trabalhada de Crateús, do deputado Antônio dos Santos.

Vários frascos, em diversas ocasiões, da superlavanda 1902, fabricada na rota de Toulouse, França.

Um Bandeira, do próprio artista.

Voo para a Suécia, de Fernando Macêdo.

Mensagem do meu inspirador maior Jacinto de Thormes, trazida do Rio por Antenor Barros Leal, e me entregue no Gala do Jubileu de Ouro, no Centro de Convenções.

Corrente de prata, com crucifixo na base, de Leônia Lins.

Um Chalita e um Marcus Jussier, de Lurdes Gentil.

Uma caixa de Buchanan’s, do Edson Queiroz.

Um relógio, do Patrão Inesquecível Eduardo Campos.

Uma mesa de roleta.

Enorme fornada de santinhos, tendo encravada medalhinha consagrada de Nossa Senhora das Graças, trazida de Paris pelo George Assunção.

O mesmo, com idêntica origem, da Islay Rangel, que também distribuí nas recepções de hotéis e check-ins de aeroporto.

Um retrato, do Félix, pintado em casa de Epitácio e Tatiana Lins.

Bíblia Sagrada, da Beatriz Philomeno.

Máquina de lavar dentes, do Jório da Escóssia.

Várias caixas lacradas de Chianti Rufino, meu tinto favorito, em diversos aniversários e Natais.

Fotografia minha, com ela e suas irmãs, Dagmar e Zilmar, de Yolanda Queiroz, batida em jantar da Rua Osvaldo Cruz.

Uma belíssima rede avarandada, da Carla Pontes.

E tem mais, muito mais, não pelo tamanho do merecimento, que não é grande, mas pela generosidade dos doadores, que é enorme.

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