SÓ A MORTE PODERIA SEPARAR…
Nesse meu ainda curto tempo de batente, provavelmente nunca constatei amizade de tal nível de consistência entre um jornalista e um outpress, de toda noite saírem juntos.
José Alcy e Edson Queiroz, que quase partia para o desforro pessoal, quando o então melhor partido da cidade rompeu noivado com sua irmã Wanda.
Rômulo Siqueira e Inácio Parente, diretores comercial e financeiro, respectivamente, da Ceará Rádio Clube.
Jório da Escóssia e Galba Borges, que só terminou quando cirurgião-dentista partiu.
José Carneiro e Waldemar de Alcântara, parceiros de poker terçafeirinos.
José Macêdo e Raul Barbosa, a quem o empresário quis fazer deputado e ele não aceitou.
Elano de Paula e Nilo Tabosa, o compositor autor de Canção de Amor, que consagrou Elizete Cardoso, teve no jovem advogado seu companheiro nos tempos finais.
Luís Frota e Edilmar Norões, perfeita relação, do tipo irmãos civis, um começando a morrer quando o outro se foi.
Péricles Moreira da Rocha e Deusimar Lins Cavalcante, que nunca se atritaram, embora se encontrando assiduamente no pano verde.
Aliatar Bezerra e Eduardo Leite, onde um ia, o outro ia atrás.
Sila Pinheiro e Luís Gentil, a vizinhança os fez inseparáveis sabadinos, no Castelo de Bolso.
Antônio Albuquerque e Romeu Aldigueri, tiveram inicialmente em comum o tipo louro estrangeirado.
Aurélio Mota e Manoel Porto, que quando presidente do Ideal teve o companheiro como secretário.
Elzir Cabral e Aurilo Gurgel, que frequentavam o Lido do francês Charlie Dell’Eva, dificilmente não os encontraria na mesma mesa, um rindo do outro.
Paulo O’Grady e Luciano Aguiar, embora morando em estados diferentes, Ceará e Pernambuco, nunca deixaram de passar o Réveillon juntos.
Fernando Alencar Pinto e Ernesto Sabóia, que era hóspede-residente do Jangada Clube, ribeirinho de Iracema.
Plácido Castelo e Dilermando Monteiro, amizade nascida após Revolução de 64, que fez o primeiro governador, contando sempre com o apoio do militar, que depois, sob Geisel, comandaria o II Exército, sediado em São Paulo.
E, naturalmente, Lustosa da Costa e Lúcio Brasileiro, incomparável.