Primeira Página

RETINA VAI AO LONGE

Heldine Cortez Campos, primeira-dama dos Associados, impedindo minha saída do Correio do Ceará para, já naquele tempo, retornar ao O POVO.

Dona Olga Barroso, enlutada dos pés à cabeça, após padecimento de Parsifal, flagrada por mim na Praça do Banco do Nordeste, dando pra Floriano Peixoto.

Eliseu e Isaura Batista cedendo sua suíte, única com ar-refrigerado, para que eu me hospedasse na casa grande de Orós.

José Alcy Siqueira me emprestando sua mala, ou melhor, dando, para que eu pudesse embarcar pro Rio, mercê assistir ao concurso de Miss Elegante Bangu.

Gisela Bonfim me hospedando, numa Semana Santa, na fazenda do Aquiraz, para que eu pudesse completar a roda de pife-pafe.

José Maria Vidal, irmão de Yolanda Queiroz, Dagmar Pontes e Zilmar Marcílio, me dando guarida em seu apartamento carioca por mais de um mês e me emprestando roupa, para que eu pudesse ir almoçar com Ibrahim Sued, no Copacabana Palace.

Lurdes e Paulo O’Grady pernoitando em La Belle Aurore, batismo de minha cabana paracumbucana.

Dr. Brun Negreiros, maior alergista do Brasil, com quem me consultei no Rio, induzido pelo saudoso Hermenegildo Sá Cavalcante, trazido por Beatriz Philomeno para a Pensão do Frade, mister eu pudesse retribuir.

Nadir Saboya tentando, sem conseguir, moldar minha voz, para que eu pudesse contracenar com ela em “A Ratoeira”, de Agatha Christie, num José de Alencar botando gente pelo ladrão.

Dona Maria Macêdo enxugando minhas chagas, quando, após única ida de trem para o Canhotinho, me feri dolorosamente na parede pontuda do bar de seu salão de jantar.

Irene Martins ficando completamente neutra, quando me passaram um revólver pra eu matar seu marido Cláudio, no Chez Pierre da Praia do Futuro.

Na garagem da casa de Raimundo e Maria Iracema Oliveira, hoje Center Um, Aurélio Mota promovendo minhas pazes com Deusimar Lins, após dois anos sem frequentar o Ideal. Ainda hoje acho que me saí muito bem, ao pedir desculpas (pela nota na Gazeta) àquele que logo se tornaria um dos meus maiores amigos na vida.

Dona Luíza Távora, na varanda de meu dormitório ao pé das dunas, vindo especial me dar um abraço, após partida de seu adorado VT.

Yolanda Queiroz recebendo, ao mesmo tempo que o repórter, a honraria do Mérito Cívico, na Fortaleza Nossa Senhora Assunção, entregue pela delegada Margarida Borges e General Comandante de então.

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