LUZES DO CUMBUCO
Nesse meio século de Cumbuco, sobretudo, antes de abrir Ugarte, tinha sempre convidados em minha cabana, uns, para pernoite, outros, para almoço ou jantar, e sempre animada conversação, da qual a vida alheia não fazia parte.
Condessa Pereira Carneiro, dona do saudosíssimo Jornal do Brasil, que uma vez me entrevistou, by Egídio Serpa.
Tamba Trio se apresentando na varanda norte, ou seja, Luizinho Eça, Bebeto e Hélcio Milito, trazidos pela Fernanda Quinderé.
Na mesma noite, Adauto Bezerra e Tasso Jereissati, que logo se defrontariam na arena eleitoral, para governador.
Ministro Vicente Fialho, maior prefeito que Fortaleza já teve, entre tantos bons e muito bons.
Edite Pinheiro Guimarães, que entrevistou o presidente Kennedy em plena Casa Branca, para a revista O Cruzeiro, que tirava 750 mil exemplares, quando o Rio de Janeiro, capital da República, contava dois milhões de habitantes, metade da Fortaleza de hoje.
Jorge Guinle, filho de um dos mais famosos playboys brasileiros, pintor de qualidade, de mãe americana, da família Sherwood, a belíssima Dolores.
Maristher Gentil, com quem contracenei em A Ratoeira no José de Alencar, a sociedade cearense se dividindo em três tempos, antes, durante e depois dela.
Colunistas pernambucanos José (Alex) de Souza Alencar e João Alberto, que permanece vivo e atuante, no Diário de Pernambuco, jornal mais antigo em circulação da América Latina.
Florinda Bolkan, nossa star, ciceroneada pelo matriz Lázaro Medeiros.
Empresário metalúrgico Luiz Eduardo Campello e sua mulher quatrocentona Alice Moraes Barros.
Médico Zeedson Pontes, cearense dos States, que participou da banca operatória do Presidente da França.
Glorinha Sued, que tinha sido primeira mulher do Ibrahim, e veio ver o Papa.
Paulo Gracindo e seu “capanga” em Bandeira Dois, Milton Moraes, um veio de dia, outro, noite.
Grande ator Raul Cortez e sua mulher, na época, Tânia Caldas, que me chegaram com Roberto Targino, então vice-presidente do Ideal.
Maior alergista do Brasil, Brum Negreiros, que me havia atendido no Rio numa Quarta-feira Santa, em companhia de Beatriz Philomeno.
Jornalista Luiz Carta, da Vogue paulista.
José Rodolfo Câmara, da revista Fatos & Fotos, de Bloch, a partir da Manchete.
Embaixador da França e Embaixatriz, que pernoitaram em La Belle Aurore, por indicação do cônsul Gerard Boris.
Legenda da Medicina, Pontes Neto, que veio se despedir, pois tempos depois partiria deste, em Quixeramobim.
Comandante Casales, que era capitão dos Portos, e chegaria a almirante, que proclamou, no almoço, “à sua casa, posso vir, pois as terras do dr Bosco estão todas legalizadas.”
Ramon Diaz, catalão que me proporcionou hotel cinco estrelas com bar aberto, para o Mundial de 82, último que o Brasil jogou bola que prestasse, porém, perdeu.