Apanhado

Naqueles tempos, as disputas acirradas davam salmoura à política municipal, na zona jaguaribana, por exemplo, entre Manoel de Castro, da UDN, e Franklin Chaves, do PSD, em Caucaia, Tenente Edson e Ernani Viana, Murilo Aguiar e os Vera, em Camocim, Abelardo Costa Lima e Ernesto Valente, em Aracati.

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Em casa do empresário Sérgio Philomeno, grupo de jornalistas reunidos com Virgílio e Waldemar. Um deles perguntou ao Virgílio quem seria seu vice (a segunda vez), ouvindo que o partido ainda iria escolher. Waldemar assumiu a palavra e decretou: Não, já está escolhido, será meu filho Lúcio.

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Quando eclodiu Movimento de 1964, pequeno grupo de militares pretendeu apear do poder, aqui no Ceará, o coronel Virgílio Távora, que fazia um governo de redenção, dizem até que esteve por um fio, necessitando a interferência enérgica do presidente Castelo. Quando alguém lhe perguntava como iam as coisas, nunca se apertou, e respondia sempre: Melhor do que pedi a Deus.

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Os irmãos Moreira da Rocha, Crisanto, Acrísio e Péricles, ingressaram na política, porém os outros dois não quiseram saber, Anderson, engenheiro, e Guilhardo, que sempre moraram no Rio.

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Na primeira posse de Virgílio Távora como governador, o senador Arnon Melo, não apreciando o lugar que eu colocara na mesa do banquete, foi se retirando do Náutico, quando me avisaram, e eu corri atrás e o segurei: Meu senador, se o fizer, serei demitido pelo meu Governador.

Incógnita

O primeiro governador do Estado de Tocantins foi cearense, Siqueira Campos, porém isso todo mundo sabe, o que não consegui apurar é se se saiu bem, regular ou mal.

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A família Gentil deu dois deputados federais, Antônio, que teve um mandato e foi Constituinte de 46, Adolfo, que teve dois, e Antônio José, uma vez, estadual.

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Última aparição pública do deputado Walter Sá Cavalcante, que havia sido um brilhante líder da oposição ao Governo Faustino, foi entrando no Palácio do Catete, junto a outros parlamentares cearenses que seriam recebidos por Getúlio Vargas, para trazer a sede do Banco do Nordeste e sua presidência para o Ceará.

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Prof. Parsifal, que ficou sem mandato ao largar o Governo, em 62, quando voltou à ativa foi eleito duas vezes para a Câmara, na segunda muito apertadamente, e seus amigos, como eu, reconhecem que nada acrescentou à brilhante carreira.

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Na noite de 31 de março de 1964, o deputado Franklin Chaves, presidindo a Assembleia, foi quem enfrentou a bancada esquerdista, que ainda procurava sustentar o presidente Jango. Ele viria a assumir o Governo na sucessão veteriana, saindo Virgílio para deputado e o vice, Figueiredo Correia, para igual posição.

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Considerado mestre da política cearense, o prof. Olavo Oliveira não confirmou nas últimas eleições, perdendo em 54 para Parsifal e em 58 para Pimentel. Não menciono a terceira, pois já entrou sem nenhuma possibilidade, apesar de companheiro de Carlos Jereissati, que se elegeu.

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Plácido Castelo era deputado por um pequeno partido, o PSP de Ademar de Barros, quando Paulo Sarasate levou seu nome ao presidente Castelo Branco, que o ungiu governador do Estado, na sucessão veteriana. Plácido figura na minha lista dos seis maiores governadores.

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Plínio Pompeu foi um dos dois primeiros senadores cearenses eleitos na Redemocratização de 45. Oito anos depois, em final de mandato, o PSD, sentindo-se perdido, lançou-o ao Governo do Estado, tentando dividir a UDN, partido pelo qual se elegeu. Porém, a UDN não se entusiasmou, e Plínio então encerrou sua curta carreira.

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Flávio Marcílio estreou como deputado federal ganhando, embora perdendo. Ficou na segunda suplência, porém assumiu face às cassações que 1964 impôs na bancada. Depois, vieram cinco mandatos seguidos, tendo ficado de fora na sexta e na sétima tentativa.

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Poucos se apercebem de um mandato senatorial do pai de Virgílio, Fernandes Távora, que foi eleito por três anos, quando a Câmara criou uma terceira cadeira, que até então só eram duas por Estado.

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As eleições de 1958 e 1962 foram pródigas em candidatos financeiramente fortes, procurando um lugar ao sol na política. Disputaram e conseguiram a carreira Bonaparte Maia, José Macêdo, Audísio Pinheiro, José Flávio Costa Lima, Antônio Jucá, Moysés Pimentel e Expedito Machado, que quatro anos antes havia estreado como estadual.

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Parsifal fora escalado para disputar o Governo do Estado com o favorito Virgílio Távora. O PSD, que o lançara, daria o vice, então lhe foi enviada a relação de alguns nomes que estavam com problemas de recondução na Assembleia. O candidato estudou os indicados e escolheu Wilson Gonçalves, justificando: “Pelo menos não é analfabeto, e terei com quem conversar, no Interior, após os comícios.”

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Dr. Waldemar de Alcântara passou os últimos anos de vida recolhido, face acidente cardiovascular. Numa terça de Carnaval, o Amarílio Macêdo e eu, vindos do Paracuru, passamos por São Gonçalo e o detectamos de pijama em cadeira de balanço, na calçada. Resolvemos ministrar um cálice de seu licor favorito, Cointreau, que ele aceitou prazerosamente, apesar do protesto silencioso da excelsa dona Dolores.

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Dr. Waldemar de Alcântara me fez um sinal, uma noite no Baiuca da Beira Mar, para que eu fosse até sua casa, e então proclamou: Ponha que não há acordo possível. A Luíza manda no Virgílio, porém a Nícia manda na Luíza, e o Flávio manda na Nícia, e nós do PSD ficamos de fora, pois não fizemos acordo com o PTB e sim com a UDN.

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Neto do chanceler Lauro Muller, Jacinto de Thormes teve sua fase mais brilhante na revista “O Cruzeiro”, que incluía, anualmente, a lista das Dez Mulheres Mais Elegantes do Brasil. Só veio uma vez a Fortaleza, quando, por inspiração minha, inaugurou o Centro Massapeense, tendo dançado a primeira música com a Glamour-Girl eleita pelos cronistas, Fernanda Parente.