Categoria: Apanhado político

Colegas de partido, Paes de Andrade e Mauro Benevides nunca professaram uma grande amizade, isso porque Paes considerava que não teria deixado o Governo Federal se não tivesse um nome à mão para substituí-lo na Pasta do Interior e da Justiça, no caso, o Mauro.

Nataliciante de 21 de março, Mauro Benevides detém mais que apreciável saldo legislativo, com duas senatórias, duas deputações federais e quatro estaduais e uma vereança de Fortaleza, para início de conversa.

Em casa de Albanisa Sarasate, Cláudio Marinho das Docas se aproximou ressaltando: “Você ainda não deu nada e eu sou candidato a Prefeito do César.” “Não dei, porque já está escolhido, será Vicente Fialho, ex-prefeito de São Luís.” O meu amigo então explicitou: “Eu sei, mas você dando uma nota que eu posso ser, como se aproxima do Natal, estou olhando é pros uísques que vou receber por conta.”

Tendo a caserna escolhido Costa e Silva para Presidente, Castelo Branco indicou Pedro Aleixo, de Minas, para seu vice, quando o preferido do futuro governante era João Agripino. Pesquisadores daqueles tempos, final dos anos 1960, opinam, quase sempre, que com o paraibano na garupa não teria havido o AI-5, pois Agripino teria comungado com a cúpula militar na punição de Márcio Moreira Alves, cujo discurso provocador foi a origem de tudo.

Ao desembarcar no Pinto Martins, nos primórdios da campanha de 1966, o senador Pimentel ministrou sua última ingerência na qualidade de presidente do PSD. Abraçando Waldemar de Alcântara, que tinha ido esperá-lo com alguns correligionários, apelou: “Waldemar, querem dar ao nosso partido a Senatória de quatro anos, porém nos cabe a de oito, por sermos o maior partido.”

Para muitos políticos, o professor Parsifal Barroso teria cometido dois pecados mortais em seu Governo: o primeiro, o rompimento com Carlos Jereissati, uma das vigas mestras de sua eleição, e o segundo, o rompimento com o grupo Martins Rodrigues, baixando de seu secretariado os deputados Paes de Andrade e Figueiredo Correia.

Virgílio Távora nunca confirmou, mas também não desmentiu, inimizade com Edilson. O certo é que VT teve participação na indicação do primo para Secretário de Agricultura no Governo Sarasate. Onde, por sinal, teve excelente atuação, até o dia em que perdeu a cabeça e deu um tiro na Assembleia, por conta de presumível ataque por parte de um deputado, que, por sinal, não pegou.

Edward Marvin, fundador da Brasil Oiticica, foi também protagonista da sensacional rodada de pife-pafe ocorrida no Cassino do Ideal. Ele foi o perdedor, e José Humberto, modesto funcionário das Casas Pernambucanas, de quem me tornei amigo, o grande ganhador, com algo parecido com um milhão de cruzeiros.

O patriarca Silvio Leal gostava de dizer que Deus lhe dera três filhos civis, Josué de Castro, Lúcio Brasileiro e Lustosa da Costa, provavelmente, nessa ordem, pois Josué, que ele apelidara de Dié, mesmo antes de se tornar sogro de sua neta Celina, era o mais querido, e Lustosa, por morar fora, o mais distante.

O patriarca Sílvio Leal exerceu um cargo público, foi Secretário Municipal da Saúde na administração Paulo Cabral, de quem se manteve amigo até o final.

O patriarca Silvio Leal gostava de dizer que Deus lhe dera três filhos civis, Josué de Castro, Lúcio Brasileiro e Lustosa da Costa, provavelmente, nessa ordem, pois Josué, que ele apelidara de Dié, mesmo antes de se tornar sogro de sua neta Celina, era o mais querido, e Lustosa, por morar fora, o mais distante.

César Cals viajou a Brasília, na posse do Ernesto Geisel, levando no bolso do colete o nome de Plácido Castelo para o Senado. Acontece que o general Dilermano Monteiro, que seria o Chefe da Casa Militar e apoiava César na pretensão, foi brincar no banheiro com o neto e se machucou, tendo que ser substituído antes mesmo da posse, e aí morreu o projeto de Plácido como Senador, provando que cavalo selando só passa uma vez pela mesma porta.

O patriarca Sílvio Leal exerceu um cargo público, foi Secretário Municipal da Saúde na administração Paulo Cabral, de quem se manteve amigo até o final.

Revendo, embora, apenas telefonicamente, Luiz Sérgio Vieira, recordei que quando a gente se encontrava no Ideal, eu sempre recomendava que ele desse uma voltinha pelo banco do avô, Luiz Vieira, pois seu pai e tio, Mário e Jaime, não demonstravam vocação banqueira e, sendo ele o neto mais velho, mais cedo ou mais tarde teria que assumir, porém o amigo jamais se interessou.

Francisco Vieira Filho, alcunhado Senador, primeiro no Rio e depois em Brasília, foi sempre centro de roda, tendo sua presença disputada entre os deputados. Um deles, Orlando Bezerra, indo à Europa, bancou-o, para tê-lo ao lado na viagem.

Saindo daqui derrotado em 1958, Virgílio Távora, regressou ao Rio, escalando em Natal, onde por ele esperava seu colega também udenista, Dinarte Mariz, que tinha ganho no Rio Grande e lhe recebeu com estas palavras: Não vou permitir que você caia nas mãos de Lott e do meu secretariado, tirando os dois que já convidei, Fazenda e Polícia, pode escolher a Pasta.

Na eleição de 1962, da União pelo Ceará, a Assembleia Legislativa ofereceu 65 vagas para deputado, que Castelo Branco, ao assumir a presidência, mandou acabar com esse verdadeiro “Festim de Baltazar”, reduzindo o contingente pela metade.

Cláudio Correia Lima, tio da Miss Brasil, Emília, foi o recordista de candidaturas a deputado federal não emplacadas, o máximo que conseguiu, uma vez, foi três mil votos, não saindo nem como suplente.

Perdendo terreno no PSD, partido pelo qual foi eleito e três vezes deputado, além de candidato a governador, Armando Falcão manteve, entretanto, ligação com Menezes Pimentel, a quem visitava regularmente.

Vicente Augusto, de Lavras, vizinho de Aurora, só teve um mandato federal, tendo tido relevante atuação na Comissão de Justiça no processo Márcio Alves. Quanto à Assembleia, uma vez entrava, na outra não. Foi suplente do senador Wilson Gonçalves, e sempre considerado um dos águias da política cearense, reduzida compensação, como se viu.