Bola quente

Entre os brasileiros capitães da Seleção em dois Mundiais, figuram Bellini, campeão em 58, e não em 66, e Martim (34 e 38), que não foi.

Exorbitância

Brasil ganhou de 2x0 na primeira vez que enfrentou a Alemanha em Mundial, quando se sagrou campeão da Copa da Ásia, em 2002. Porém, pagou caríssimo, sendo goleado, 12 anos depois, de 7x1, aqui mesmo em casa.

Viagem em torno

Seleção perdeu no jogo de estreia de Pelé, quando ele marcou seu primeiro gol com a camisa da CBD. Porém, não fez nenhum, quando estreou em Copa do Mundo, enfrentando a Rússia, na Suécia, em 58.

Al vivo

O repórter assistiu a duas Copas do Mundo. Estive presente na Espanha, quando Brasil merecia ganhar, e na Argentina, quando não merecia, porém também não perdeu, inventando aquela patifaria de Campeão Moral, que simplesmente não consta nos anais da Fifa.

Diamante negro

Leônidas da Silva, o Pelé antes de Pelé, participou de duas Copas do Mundo, em 34 na Itália e 38 na Espanha. Muitos desportistas defenderam sua convocação em 1950, com o deslocamento de Ademir para a meia-esquerda, e desta maneira formando a linha avançada do Brasil, Tesourinha, do Internacional, ou Cláudio, do Corinthians, Zizinho, Leônidas, Ademir e Chico.

Heleno maravilha

Heleno de Freitas, que chegou inclusive a jogar no Boca Junior, da Argentina, morreu aos trinta anos, internado pelos amigos no Hospital de Barbacena, vencido pela sífilis. O supercraque atuou uma vez no Maracanã, substituindo Maneco, do time do América, que por sinal perdeu para o São Cristóvão.

Grama ao vivo

O gol que Leônidas da Silva marcou contra a Polônia, na largada do Mundial de 38 na França, foi o quinto do Brasil e o segundo da prorrogação, ao todo, o Diamante assinalou seis gols.

Bichance

Tite foi o primeiro treinador a que o comando do futebol ensejou voltar à Seleção sem ter obtido sucesso da primeira. Zagallo perdeu duas, porém ganhou uma, Parreira ganhou uma e perdeu uma, o mesmo acontecendo com Felipão, que ganhou na estreia e perdeu na volta.

Veredito

No primeiro Mundial do México, Seleção apresentou um ataque só de craques, Jairzinho, Gerson, Tostão, Pelé e Rivelino, o mesmo não se podendo dizer da defesa, onde só meio-campista Clodoaldo, zagueiro Carlos Alberto mereciam essa denominação, pois Brito, Piazza e Everaldo eram apenas razoáveis no trato da bola, enquanto goleiro Félix, convocado e desconvocado pelo Saldanha e novamente chamado quando Zagallo assumiu, demonstrou insegurança e deixou passar, contra o Peru, bola taxada de frango.

Veredito

Melhor Seleção do Mundial de 58 foi a França, que jogou capenga contra o Brasil na semifinal, pois zagueiro Jonquet, açoitado pelo Vavá, o francês, craque, e o brasileiro, perna-de-pau, foi parar na ponta esquerda, sem poder nem encostar na bola.

Veredito

Após mais de 70, pela primeira vez na história dos Mundiais de futebol, são ministradas notas aos disputantes de 16 de julho de 1950, no Maracanã, começando pelo Uruguai, que ganhou: Maspoli, 8, Mathias Gonzalez, 9, Tejera, 7, Gambetta, 6, Obdulio Varela, 8, Rodriguez Andrade, 8, Ghiggia, 10, Julio Perez, 9, Miguez, 9, Schiaffino, 7, Moran, 5. Brasil, Barbosa, 6, Augusto, 7, Juvenal, 6, Bauer, 8, Danilo, 6, Bigode, 5, Friaça, 7, Zizinho, 8, Ademir, 6, Jair, 6, Chico, 6. E assim, deu Celeste disparada.

Na hora H

Artilheiro do Mundial de 1950, com oito gols, e não nove, como se propala, Ademir de Menezes não marcou, entretanto, quando mais Seleção precisava, no empate com a Suíça, no Pacaembu, e na final frente ao Uruguai, quando, a não ser o passe para o gol de Friaça, nada fez.

Percalço

Em seu primeiro título, Copa de 58, a Seleção foi altamente beneficiada nos dois jogos finais, contra a França, quando uma chibatada de Vavá em Jonquet pôs o zagueiro na enfermaria, e, logo no início da partida com a Suécia, Djalma Santos entrou pra valer no porteiro Skaolung, que passou todo o jogo sem nem poder encostar na bola.

Bom de bola

Estou apreciando cada vez mais as intervenções do repórter político Carlos Mazza, meu companheiro no horário nobilíssimo em O POVO-CBN.

Bola redonda

O narrador Júlio Sales, que por longo tempo foi meu companheiro na Rádio Uirapuru, proclamou ser Zizinho, o Mestre Ziza, melhor que Pelé. Pode parecer exagero, mas há quem pense assim.

Bola rolando

O goleiro Félix, chamado por Saldanha pra Copa de 70, quase não chegava lá, pois numa das etapas dos treinamentos foi desconvocado pelo próprio Saldanha, que programou os jovens Ado e Leão. A sorte do jogador do Fluminense é que Zagallo assumiu e trouxe Félix de volta, e ele acabou atuando nas seis partidas que deram ao Brasil o terceiro caneco.

Bola Fria

Encontrei Romário na praia de San Sebastián, em Barcelona. Foi logo depois da Copa de 94, nos Estados Unidos, única na história que Brasil ganhou por pênaltis, e Romário, artilheiro, passou 130 minutos sem marcar.

Bola rolando

Campeão mundial de 1950, o treinador Gim Lopez sempre negou que o Obdulio Varela foi o maior jogador uruguaio na competição, para ele, o número um foi Ghiggia, que marcou gols importantes, inclusive contra Espanha, Suécia e na final com o Brasil, que deu o título à Celeste. 

Ponto de vista

Política, negócios e, até mesmo religião, são assuntos belicosos, que não comportam numa mesa de refeição. Portanto, trate de levar a conversação para temas tais cinema, arte, comida e bebida. Futebol também deve ser evitado, por não ser pertinente ao mulherio.

Bola rolando

Os craques brasileiros que formando no plantel não perderam em campo, no Mundial de 1950, foram os médios Eli, Rui, Noronha, Alfredo e os atacantes Maneca e Baltazar.