Bola passada

Heleno de Freitas jogou uma vez no Ceará, quando chegou ao Vasco e veio aqui enfrentar o Fortaleza, em 1949. O Tricolor abriu o placar, mas então o Vasco meteu seis, nenhum de Heleno, que acabou substituído. Muitos defenderam sua presença na Seleção de 50, porém Flávio Costa não lhe chamou. Tudo indicando que já estaria afetado pela esquizofrenia que o levou, dez anos depois, a um sanatório em Barbacena, Minas.

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Pernambucano Ademir Marques de Menezes, ídolo do Vasco por dez anos, marcou nove gols na Copa de 1950, porém nenhum deles valeu para o Brasil, pois não encontrou as redes adversárias quando dele a Seleção precisou, no empate de 2x2 com a Suíça, no Pacaembu, quando não meteu, e, na derrota final, para o Uruguai, no Maracanã, onde foi completamente dominado pelo beque oriental Matias Gonzalez.

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Nenhum cearense, até hoje, atuou pela Seleção Brasileira em Copa do Mundo. Quem mais se aproximou foi o Leonardo, que participou, em 94, nos Estados Unidos, jogando na lateral esquerda, e em 98, na França, de meia. Porém, Leonardo, filho de pais cearenses, das famílias Nascimento e Araújo, nasceu, entretanto, em Niterói.

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Até hoje se fala no Maracanazo, a derrota do Brasil pro Uruguai, em 1950, na inauguração do Maracanã. É verdade que o pranto é livre, porém também é verdade que o Uruguai tinha melhor time, com sete craques, enquanto o Brasil só possuía cinco, tirante os goleiros. E, um mês antes, em São Paulo, o Uruguai havia ganhado do Brasil e, depois, no Rio, em São Januário, perdeu dois jogos por um gol, um deles escandalosamente roubado pelo juiz inglês.

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Quem foi o maior, Pelé ou Maradona? Não pretendo meter a minha colher na delicada escolha. Só quero dizer que Maradona deu mais à Seleção argentina em Copa do Mundo do que Pelé, que, numa, entrou quebrado e, nas outras duas, quebrou-se durante.

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Essa história de que tem jogador de clube e jogador de seleção é a pura verdade. E tenho dois exemplos nas maiores torcidas, Zico e Roberto Dinamite, grandes craques no Flamengo e no Vasco, mas que pouco fizeram na Seleção, sobretudo em Copa do Mundo. E mais remotamente, Domingos da Guia, considerado o Pelé da Defesa, que na Copa da França, em 38, não conseguiu ser nem a sombra no escrete do que era fora dele.