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Bette Davis, na cena final de “A Carta”, depois que o marido lhe perdoou o chifre: Ainda estou apaixonada pelo homem que eu matei.

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Ingrid Bergman não obteve o Oscar por “Casablanca”, nem sequer indicada. Bogart foi, porém não ganhou, tendo Academia preferido Paulo Lukas, protagonista de Pasteur. Todavia, o grande injustiçado do maior filme de todos os tempos foi Claude Rains, o maravilhoso chefe de Polícia Louis Renault, que não ganhou nem coadjuvante.
Cara ou coroa

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Ingrid Bergman não obteve o Oscar por “Casablanca”, nem sequer indicada. Bogart foi, porém não ganhou, tendo Academia preferido Paulo Lukas, protagonista de Pasteur. Todavia, o grande injustiçado do maior filme de todos os tempos foi Claude Rains, o maravilhoso chefe de Polícia Louis Renault, que não ganhou nem coadjuvante.

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Melhor desempenho de Bete Davis foi em “A Carta”, dirigida por William Wyler, que diziam seu amante. Essa película frequenta tranquilamente minha lista dos dez maiores de todos os tempos.

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Há 60 anos, Luiz Severiano Ribeiro fechava os primeiros cinemas dos bairros, por darem prejuízo, Rex, na General Sampaio, Nazaré, no Otávio Bonfim, Joaquim Távora, em Messejana, Ventura, na Aldeota, eram bem frequentados, mas o preço dos ingressos não cobria.

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Aldeota teve dois cinemas, a velha Aldeota, o Santos Dumont, ao lado do Cristo Rei, tocado pelos jesuítas, e a mais nova, o Ventura, na Barão de Studart, uma sociedade de Júlio Ventura com Severiano Ribeiro.

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Ingrid Bergman sempre deu mais valor a “Por Quem os Sinos Dobram” do que “Casablanca”, só que ninguém comenta o filme que ela fez com grande Cary Cooper, enquanto “Casablanca” continua em todas.

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Ingrid Bergman abiscoitou três Oscars, o primeiro, por “À Meia-Luz”, com Charles Boyer, o segundo, “Anastácia”, com Yul Brinner, que inaugurou São Luiz, e o terceiro, de coadjuvante, por “Assassinato no Expresso Oriente”, com o qual festejei Jubileu de Porcelana, vinte anos de coluna.

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Ingrid Bergman nunca quis aproximação com suas colegas atrizes de Hollywood, como, por exemplo, Bete Davis, porque ela sempre foi uma atriz, das melhores que tivemos, porém sem nenhuma pretensão a estrela.

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Cary Grant, ator não muito talentoso, porém de elevado charme, praticou a homossexualidade na primeira juventude, atuando como ativo, depois casou cinco vezes, incluso com uma milionária, já aí totalmente homossexual.

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“Gilda” não foi em absoluto um grande filme, porém o estonteante charme de Rita Hayworth encobriu qualquer falha que a película pudesse apresentar.

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Primeiro Oscar de Ingrid Bergman foi em “À Meia-Luz”, interpretando uma mulher cujo marido quer fazer louca. Ela contracena com Charles Boyer, com quem trabalhou duas vezes.

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Minha relação dos dez melhores filmes inclui “Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, em que foi agraciado com Oscar de Coadjuvante Mutilado de Guerra, que perdera a mão durante uma batalha real. Apesar de insistentemente convidado, ele nunca voltou a filmar.

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Os críticos, em geral, não alardeiam muito “Rebeca”, de Hitchcock, que entra fácil na minha lista dos dez melhores filmes. Rebeca não aparece, pois quando a película começa ela já morreu, porém Judith Anderson e George Sanders roubam a cena dos protagonistas, Lawrence Olivier e Joan Fontaine.

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Só tem um filme de James Dean que figura entre os meus dez melhores, o seu primeiro longa, “Vidas Amargas”, dirigido por Elia Kazan. Os outros dois, “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade”, não seleciono, a parte final deste último, interpretando um velho, torna-se simplesmente lamentável.

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Em “Rebeca”, a própria, que por sinal não aparece no filme, blefa todo mundo, incluindo marido, o amante e até a governanta, que a adorava, dizendo que estava grávida, quando a protuberância surgida era devido ao câncer mortal.

Tela quente nossa

“Obrigado, Doutor”, com Anselmo Duarte, filme do início dos anos 50s, foi o primeiro nacional levado a sério pela crítica mundial.

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A primeira vez que vi “Casablanca” foi no Cine Moderno, na Praça do Ferreira. Saí da Gonçalves Ledo, onde morava, com meu colega de rua e frentista de casa Cunha Júnior. O filme era impróprio até dez anos, porém nós tínhamos essa idade ou até um pouco mais.

Tela quente

Humphrey Bogart visitou Ingrid Bergman em seu exílio europeu e comentou com ela: Em Hollywood, você era uma rainha, e aqui, quem você é? A grande atriz nórdica fulminou: Uma mulher feliz.