Sessão das quatro

Dois monstros sagrados do cinema, Bette Davis e Ingrid Bergman se diferenciavam no seguinte aspecto, enquanto a americana era uma estrela, a sueca se contentava em ser apenas atriz.

Sessão das Quatro

Fortaleza teve um cinema em que as mulheres entravam para um lado e os homens para o outro. Tratava-se, no caso, do Cine São José, que funcionava no lado oeste da Praça Cristo Redentor, talvez um caso único no Brasil.

Vesperal das Moças

Contracenando com dois grandes, Charles Boyer, que quis matá-la, e Joseph Cotten, que a salvou, no clássico À Meia-Luz, Ingrid Bergman ganhou primeiro Oscar.

Tempo quente (4)

Quando Cláudio Figueiredo me convidou para passar uma semana no Iracema Plaza de seu avô Pedro Philomeno, semana essa que quando Chico assumiu, eu transformei em meio século da mais maravilhosa fase de minha vida, incluindo a primeira cobertura do Ceará, que o saudoso Arialdo Pinho projetou para mim.

Tempo quente (3)

Quando propus ao dr. Eduardo Tapajós, diretor do Glória do Rio, que não me conhecia, nem eu a ele, que me hospedaria no então maior hotel do Brasil, pagando apenas os extras, que tempos depois ele liberou tudo.

Tempo quente (1)

Quando Carlos d’Alge me garantiu que eu seria o cronista social de O Jornal, que estava estreando, e, para minha contratação, foi decisiva a opinião de José Cardoso de Alencar, emitida aos irmãos proprietários, Bonaparte e Salomão Maia, no pequeno escritório da Major Facundo, tendo o afamado advogado assim se manifestado: A coluna do Lúcio é a que mais interessa às mulheres.

Tempo quente (2)

Quando dona Albanisa Sarasate me recebeu no Hotel Regina do Rio, ao meio-dia, e marcou que eu voltasse às seis da tarde, aí, então, dr. Paulo conversaria comigo, sobre minha pretensão de ingressar em O POVO, o que aconteceria em setembro de 1971, o salto gigante de minha carreira.

Tela quente

Humphrey Bogart visitou Ingrid Bergman em seu exílio europeu e comentou com ela: Em Hollywood, você era uma rainha, e aqui, quem você é? A grande atriz nórdica fulminou: Uma mulher feliz.

Tela quente

O ator Herbert Marshall, que fez o papel do marido traído em “A Carta”, na segunda versão da obra cinematográfica baseada no conto de Somerset Maugham, na primeira, era o assassinado, que não chega a falar na película.

Tela quente

Ingrid Bergman não fez amizade com suas colegas atrizes de Hollywood, pois nunca posou de estrela, se contentava apenas em ser uma grande artista.

Tela quente

Uma das ilustrações do livro de Romeu Duarte sobre Emilio Hinko que me puseram em total nostalgia foi a fachada do Cine Moderno, na Praça do Ferreira, onde assisti, pela primeira vez, a “Casablanca”, em companhia de um amigo da Rua Gonçalves Ledo, Cunha Júnior.

Tela quente

Passando por várias derrapagens, no final da carreira pouco favorável, inclusive com um grave acidente que lhe alterou as faces, além de sua mãe, Montgomery Clift teve apoio irrestrito de sua amiga Elizabeth Taylor, com quem havia feito o esplêndido “Um Lugar ao Sol”, de George Stevens.

Tela quente

Primeiro Oscar de Ingrid Bergman foi devido ao papel de Paula, a mulher a quem o marido, o grande Charles Boyer, pretende matar. O segundo foi por Anastácia, a Princesa Esquecida, que inaugurou o São Luiz, há mais de 60 anos.

Tela quente

“Rebeca, a Mulher Inesquecível”, que por sinal não aparece no filme, figura tranquilamente na minha lista dos dez melhores, com o detalhe dos coadjuvantes, Judit Anderson e George Sanders, baterem os protagonistas Lawrence Olivier e Joan Fontaine.

Tela quente

Tremenda injustiça não terem dado o Oscar a Montgomery Clift em “A Um Passo da Eternidade”, alegando que não ficou bem definida sua categoria, se Ator Principal ou Coadjuvante. Certo é que seu desempenho como o soldado bom de boxe foi incomparável.

Tela quente

Vivien Leigh, a Scarlet O’hara de “E o Vento Levou”, que lhe valeu o Oscar de 1939, foi a estrela de “A Ponde do Waterloo”, um dos meus favoritos, que os críticos não consideraram, tachando de melodrama.

Tela quente

“Vidas Amargas” foi o único longa-metragem de James Dean a que ele assistiu, pois os outros dois, “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade”, não viu, pois já havia partido, correndo desbragadamente fora das pistas.

Tela quente

O grande filme “A Carta” ensejou Bette Davis ao seu maior papel, a fofoca cobriu fácil em Hollywood, pois espalharam que diretor William Wyler era amante da atriz, e daí a sua performance espetacula

Tela quente

James Dean só teve um desempenho fracativo, a meu ver, como um velho, na parte final de “Assim Caminha a Humanidade”, cujo título original, “Giant”, pretendeu significar Texas, o Estado maior, no restante do filme, saiu-se bem, e em algumas partes, como quando apareceu tentando conquistar Liz Taylor, muito bem.

Tela quente

De seus longas-metragens, James Dean só conseguiu ver o primeiro, por sinal, o melhor, “Vidas Amargas”, pois os outros dois, “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade”, só foram exibidos depois que ele partiu, em acidente automobilístico, a caminho de Salinas.