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Cláudio Correia Lima, tio da Miss Brasil, cuja última vez que vi foi no apê de Luís Gentil, protagonista de um recorde negativo, candidato várias vezes a deputado federal, nunca chegou nem perto da suplência.

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Francisco José Studart, cidadão carioca, já desaparecido, foi duas vezes deputado federal pelo Rio, na última, em de “fona”, quando encontrou ex-sogro na Câmara, após a eleição, dr. Parsifal, que também tinha ficado em último, aqui, de braços abertos proclamou: Lanterninhas!

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General Golbery não gostava de Carlos Lacerda e teve dedo na não concretização da candidatura do mais brilhante político brasileiro de todos os tempos. E reuniu jornalistas, alguns de esquerda, logo após a Revolução, para proclamar que, de agora em diante, haveria, acima de um homem, uma proposta de reforma e um programa.

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Moisés Lupion, do Paraná, passou à história como símbolo de corrupção. Para fugir das grades, quando deixou o Governo, candidatou-se ao mesmo tempo para senador, deputado federal e estadual, só que o eleitorado aproveitou para lhe dar uma lição, perdeu nas três.

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Primeiro governador do Estado de Tocantins foi um cearense, Siqueira Campos, ao que me consta. Não se sabe, entretanto, por aqui, se foi bom, mau ou simplesmente passou.

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Joaquim de Figueiredo Correia foi um dos políticos mais sérios que Ceará já produziu, vice-governador na chapa dos sonhos, com Virgílio Távora na cabeça, teve comportamento exemplar, fidelíssimo ao titular quando assumiu, em compensação VT fez do seu irmão, Jáder, secretário de Educação.

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Stella Moreira da Rocha, primogênita do grande pioneiro Pedro Philomeno, foi três vezes primeira-dama, uma do Estado, quando Acrísio assumiu Interventoria, e duas de Fortaleza, que teve o marido prefeito, de 47 a 50 e 54 a 58.

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Uma semana antes das eleições de 1962, murilistas se reuniram no apartamento de Romeu Audigueri, vizinho ao Náutico, para tratar dos finalmentes da campanha do coronel, que disputava Prefeitura com Péricles Moreira da Rocha e Moura Beleza. Além do dono da casa, estavam Aécio de Borba, Afonso Sancho e este repórter. Ganhamos no aperto e fomos compensados pelo grande prefeito que ele foi.

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Estava iniciando, quando compareci a um casamento perto de minha casa, na Dom Luís, levado por uma tia, colega da noiva no Imaculada. Fui apresentado a dama da altíssima sociedade, Helena Aguiar, mulher do dr. Ossian, que assim se expressou: “Costumo dar almoços em minha casa, e só não o chamo porque você é colunista.” Ensejou minha primeira resposta inteligente: “Dona Helena, a senhora estaria errada em me convidar pelo fato de ser colunista, porém ainda mais errada por não convidar, pois ser repórter social não é crime.”

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Waldemar de Alcântara chegou a ser meu informante por um tempo, não tendo sido, entretanto, por isso, que lhe ofereci jantar black-tie na Torre, quando assumiu Senado. Certo dia, me confessou: Tá difícil manter nosso acordo com o Governador, pois quem manda no Virgílio é a Luíza, e quem manda na Luíza é o Flávio.

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Governador César Cals nunca se entrosou com seu segundo, Humberto Bezerra. Quando se articulava a sucessão, o vice-governador, em companhia do Humberto Esmeraldo, o procurou no Hotel Glória e perguntou se teria algum Bezerra na lista tríplice que ele iria apresentar ao presidente Geisel. Resposta: Tem sim, o Adauto.

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De José Macêdo, ao ouvir desaforo de proeminente cidadão, mas sendo contrariado, mesmo nas menores coisas, saia da frente: Adorei a grosseria que você acaba de cometer comigo, pois consta que você só ofende pessoas que já fazem parte da sua turma, querendo dizer então que eu estou dentro.

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Foi Moema Távora quem me informou da vinda do general Castelo Branco para o jantar de posse de Virgílio Távora, e então fui eu quem marcou, na mesa do banquete, no Náutico, o lugar do Comandante do IV Exército e dona Argentina.