Maiorais

O grande momento da carreira, quando apoiado pelo Turismo do Governo uruguaio, entrevistei Obdulio Varela, jogador que tirou o Mundial de 50 da boca do Brasil, em sua modesta casa em um subúrbio de Montevidéu.

Maiorais

Trajando uma casaca elaborada pelo Domenico, a segunda que ele me cortou, compareci à posse do general Ernesto Geisel, para cujo ingresso utilizei o convite do deputado oposicionista Fernando Lyra, que o irmão civil Fernando César me arrumou.

Maiorais

Um dos grandiosos momentos de minha carreira aconteceu em 1965, quando, festejando Jubileu de Porcelana, lotei o São Luiz com “Assassinato no Expresso do Oriente”, filme que deu a Ingrid Bergman seu terceiro Oscar, desta feita, apenas coadjuvante.

Luta sem tabefe

Minha briga com João Saldanha, que foi inclusive noticiada em O Globo, não aconteceu corpo-a-corpo, apenas ele me cobriu de desaforos, quando apontei erros que eu havia verificado, porém acho que, se tivesse havido confronto direto, eu não teria perdido, além do mais, o adversário estava um tanto dosado, pela vitória da véspera sobre a Inglaterra e por ter subido ao altar com a ex-mulher naquele dia, casando uma filha.

Serviço

Guardo na memória os garçons que me serviram nos primeiros tempos, sobretudo no Ideal: Chico Augusto, Marreco, Mendonça, Sebastião, Rodrigues, Barrão e Araújo, este último trabalhando no cassino.

Fome

Uma das minhas maiores saudades catalãs, e este ano, por motivos conhecidos, não baixei por lá, é o Pata Negra, servido no mercado La Boqueria, nas Ramblas, onde tenho que passar três vezes ao dia.

Opinião

Em recente almoço cumbucano, desembargador Paulo Régis Botelho apontava Ivens Dias Branco como seu exemplo maior de empresário. E não só nessa condição, também como caráter.

Grandes momentos

Ao receber a Medalha da Abolição das mãos do, por sinal, ótimo governador, Cid Gomes, e depois saber que um dos seus antecessores havia se pronunciado, estabelecendo, “quem devia ter dado essa medalha ao Brasileiro era eu”.

Grandes momentos

Ser aprovado num dos primeiros lugares do vestibular de Direito em nossa velha Salamanca, com aplausos nas provas orais de Latim e Português, não tendo seguido a carreira por falta de vocação e queda já revelada pelo jornalismo.

Grandes momentos

Quando recebi uma luva de mil cruzeiros do Salomão Maia, selando minha contratação para o jornal de seu irmão, Bonaparte, o primeiro construído no Ceará especialmente para ser jornal.

No fundo da alma

Arisa Boris foi uma das pessoas mais interessantes que conheci e me deu grande apoio, quando passei a frequentar o chá sextaferino do Country. Ela era Caminha de berço, tradicional tronco aracatiense, porém, segundo seu filho e meu amigo Gerard, não era a valia maior, pois descendia de uma das nobrezas fortalezenses, Castro e Silva, que deu até nome de rua central.

Além-do-arco-íris

Difícil mexer na China em sua condição de viagem mais fantástica deste repórter. Entretanto, tenho que escalar as duas que fiz à Polinésia Francesa, uma sozinho e a outra junto com os admiráveis companheiros Bel e Sá Júnior.

Ação preferencial

Ter apoiado a ideia de meu amigo Zewaldo Cabral de instalar fábrica de gelo, quando até o presidente da Federação das Indústrias, José Flávio Costa Lima, procurou desencorajá-lo. O Ice, entre outros méritos, teve o de tornar uísque mais escocês.

Relembranças

(Pedindo vênia ao dr. Martins Filho.) O jantar de boas-vindas que Norma e Reginaldo Rangel, dos meus primeiros companheiros cumbucanos, me ofereceram em sua casa ribeirinha.

Consagração

Haver recebido, na gestão Jorge Parente, a Cidadania da FIEC, sendo saudado, na ocasião, por meu pai Luís de Queiroz Campos.

Nome dobrado

Claro que de família, como São Paulo quatrocentão é campeão, Alves de Lima, Silva Teles, Almeida Prado, Pacheco e Silva, Souza Dantas.

Mão boba

Ibrahim Sued insistia em escrever que a expressão “depois eu conto” era criação dele, porém isso não corresponde à realidade, pois o verdadeiro pai, bem antes, foi seu colega Jacinto de Thormes, que, chegando em casa já quase de manhã, começava a escrever sobre a noite anterior, mas só começava, pois o sono batia, ele deixava o principal pro dia seguinte, antecipando que “depois eu conto”.

Relembranças

(Pedindo vênia ao dr. Martins Filho) Missa em Santa Filomena, pelo meu Jubileu, mandada celebrar pelo saudosíssimo Roberto Martins Rodrigues, a capela lotada, inclusive pelo secretário e sra. Moacir de Aguiar. Aliás, meu grande amigo José Macêdo veio a pé do escritório, que era perto, e, quando terminou, foi também cantando Amor Febril para casa, que era ainda mais perto.

Modus comportamentorium

Numa roda, é simplesmente impertinente convidar apenas um ou dois para uma reunião em sua casa, ou chama todos ou não chama ninguém.

Grandes momentos

Foi Carlos Jereissati quem me apresentou ao vice-presidente e logo depois presidente João Goulart, homem fraco, porém de grande afabilidade. Aconteceu em casa do meu patrão em O Jornal, Bonaparte Maia, que havia sido eleito deputado federal e, por sinal, não estava presente.