Categoria: Vã filosofia

Roupa suja, jamais, roupa servida é o correto.

Minha mulher será sempre “minha mulher”, e jamais “minha senhora”, que é a mulher do interlocutor.

“Okeizado”, em caso de saúde, é que sarou, em caso de reforma, é que acabou, em caso de briga (casal), é que voltou.

A pergunta de quem vai viajar, se deseja que traga isso ou aquilo, não é pra valer, então a resposta é apenas “obrigado”, e não fazer alguma encomenda.

Jantar de lugares marcados pede bons conversadores, se a maioria mau, resulta em completo desastre.

Uma mulher pode pagar a conta em restaurante, desde que seja mais rica ou tenha convidado a outra pessoa. Não sendo assim, a nota será sempre do cavalheiro.

Senhoras que costumam dizer “elegantésimo” entram na contramão da etiqueta, pois essa palavra simplesmente não deve ser pronunciada em lugar de “elegantérrimo”, que é a correta.

Em encontro social, quando passa a bandeja dos drinks, se você não pretende beber álcool nesta noite, nunca fale esta bobagem de que está tomando antibiótico, decline dizendo, embora não seja verdade, que mais tarde aceitará.

Quando recebe convite que não pretende aceitar, a saída do nosso Mino Castelo Branco é “se depender de mim, eu vou”.

Nunca inicie uma frase com “Eu acho...”, pois “achar” é um verbo muito imperativo, então se expresse mais brandamente, “Eu penso”, “Eu considero”, “Eu sugiro”.

Tomar a bênção a pai e padrinho caiu em desuso, como, aliás, quase tudo que implica em afeição e fidalguia.

Vale a pena martelar: Na mesa, o rei é sempre o guardanapo. Assim, o lenço não deve ser utilizado nem mesmo para limpar meleca. 

É simplesmente degradante uma pessoa insistir em falar ao telefone com quem não quer atender, sendo o atendimento um fato que depende da vontade de quem recebe a ligação.

Receber com copo de plástico reflete desatenção para com seus convidados, por exemplo, um uísque tomado dessa maneira é quase como servi-lo em xícara de sopa.

No meu Minuto de O POVO-CBN, que vale por horas, tenho martelado que aquela sandália só é cafona quando chamada de japonesa. Quando se diz havaiana, nem tanto, pois quem a lançou no Ceará foi Joãozinho Gentil.

Não será necessário muito apuro para apontar a quimioterapia como maior blefe da medicina mundial no último século. Não cura o órgão em tratamento e ainda provoca destruição naqueles que estão em boas condições. Em vez de ensejar a vida, incentiva a morte.

Pobre tem uma vantagem, quando aparece um pretendente pra casar com sua filha, ele não tem motivo algum para desconfiar de golpe do baú.

Quando o cliente pede o galheteiro ao garçom, o servidor não deve entregar em mão, e sim aproximar a peça, que reúne saleiro e pimenteira, para perto de quem solicitou.

Nunca tente consertar uma gafe cometida. A melhor maneira é dar ideia de que nada percebeu e ir em frente.

Sentando lado a lado no mesmo jantar e assim participando do mesmo papo durante, marido e mulher nada terão pra contar um ao outro, quando chegarem em casa, pois dormiram juntos na noite anterior, tomaram café, almoçaram juntos, daí a necessidade de separá-los, a não ser em mesa informal e muito pequena, pois aí então não irá adiantar.