Dr. João Batista Carneiro é o caçula dos partintes da Turma da Lenira (Borges). Que eu bastante frequentei, quando morava em Fortaleza, matriziano na Majorlândia dos Escóssia. Onde tirei vários fins de semana e festejei meu primeiro quarentão. Recebendo colegas de Brasília, pilotados pelo próprio Lustosa da Costa e meu irmão Neno, que à época operava na Capital. Por sinal, foi o único black-tie acontecido no litoral distante, a Sandra Gentil esnobando de Clodovil na areia. Aliás, de dois casais do grupo me tornei compadre, Jório e Maria Teresa, Edson Lopes e Irene Delni.

Como já emiti, seguindo diretrizes do meu médico e amigo dr. Haroldo Juaçaba, estou há meio século desligado da televisão. E do futebol, tendo sido minha última Copa a do México, em 70, quando Brasil se despediu da bola que jogara no passado. Novelas, dei adeus a duas, As Pupilas do Senhor Reitor, da Record, com Dionísio Azevedo, aqui retransmitida pela pioneira 2. E Nino, o Italianinho, também via Tupi, que lançou nacionalmente Aracy Balabanian e Juca de Oliveira. Confesso que tenho saudades, aos domingos, do Flávio Cavalcanti e seu aclamado corpo de jurados. Alguns dos quais conheci pessoalmente, Sérgio Bittencourt, Danuza Leão, Ronaldo Bôscoli, Erlon Chaves, Marisa Urban, Walter Foster e Dener.

HISTÓRIAS HEROICAS Irmão, é Preciso Coragem, acionando o peito varonil para chegar aos objetivos sadiamente almejados e, assim, através do ânimo e da bravura, palmilhar a estrada do sucesso. Ainda de calças curtas, comparecer à presença do dr. Luís Campos, editor da Gazeta de Notícias, para conseguir a coluna social do jornal, único da cidade que ainda não tinha. Peleia no Chez Pierre da Praia do Futuro, tendo puxado revólver para notário público, professor, poeta e grande amigo, Cláudio Martins. Procurar Eduardo Tapajós, do Hotel Glória do Rio, que não conhecia, e ele não conhecia a mim, saindo do encontro com hospedagem garantida por um quarto de século, tal futuro presidente Sarney, meu colega de cama e boca livres. Viajar pela primeira vez ao Rio, em passagem GC da Varig, a qual não dava direito a reserva antecipada, tinha de ir ao aeroporto e arriscar. A pedido de Moema Távora, aceitar organizar, poucas horas antes, no Náutico, superbanquete de posse de Virgílio Primeiro, devendo assinalar que peguei o bonde andando, pois primeira-dama sainte, Olga Barroso, havia se desentendido com VT, e não aparecera com o mapa das mesas. Receber, na Torre do Iracema, a nata do empresariado, para um almoço em homenagem a Horácio Klabin, Rei do Papel e criador do Diners, primeiro cartão de crédito do Brasil. Desembarcar na China, em torno de zero, enfrentando sol e frio, tendo sido único jornalista cearense e um dos três nordestinos convidados pela Japan Air Lines, que se instalava no País. Aterrissagem no Alasca coberto de neve, vindo da Alemanha e na perspectiva do Oriente. Com apenas uma semana de estudos em Maranguape e após cinco anos da conclusão do Curso de Humanidades no Marista Cearense, atingir uma das primeiras colocações no vestibular de Direito da UFC, inclusive obtendo a nota maior nos exames de Português e Latim. Briga com João Saldanha, no bar do Copacabana Palace, que havia estreado na véspera de treinador da Seleção, por sinal, vencendo o então campeão mundial, Inglaterra. Só não saiu tabefe. Apresentado por Paulo Fernando Marcondes Ferraz à Mulher Mais Bonita do Brasil, Teresa de Sousa Campos. Pedir ao coronel Expedito Sampaio, então secretário da Segurança, para que ele me botasse pra dentro do Náutico, o cidadão não me conhecia, porém minhas tias eram amigas de sua família. Vi, no Estádio Sarriá, de Barcelona, Maradona ser expulso contra o Brasil, e, no Pacaembu, de São Paulo, Pelé ser expulso contra a Argentina.