Primeira Página
Gostaria de ter sido deste tempo, quando a crônica social era exclusivamente mundana, porém, infelizmente, não deu.
Estou me referindo, no caso, aos anos 30 e 40, com os quatrocentões pontificando em São Paulo.
O cronista mais bem e esnobe, que se assinava Jerry, assim descrevia o jantar oferecido pelo casal Ramos de Azevedo.
Debaixo das amendoeiras frondosas, indiretamente iluminadas em mesinhas de quatro, no ambiente simpático daquela casa normanda.
O vinho corria louro e generoso, como a alegria franca da reunião, como as chamas ainda mais louras daquelas pequeninas velas.
Amabilidade da cativante dona Zuleika, num slack marrom e rubi, distribuía atenções e incalculáveis gentilezas para todos.
|
Normas
Garçom de barba... francamente.
|
Primeira Página
Sim, é Verdade, restô do Ideal, só hoje e amanhã, reabrindo segunda, a primeira do Ano Bom, informa Luciene Beviláqua, correspondente deste espaço no clube.
Sim, é Verdade, trova de Moacir Gadelha, por Vicente Alencar, aconteceu no fecho 21 da Academia de Literatura e Jornalismo.
Sim, é Verdade, liguei pra Mônica Arruda, só pra saber que ela já está em Miami, de onde retorna Quando o Carnaval Passar.
Sim, é Verdade, um dos braços do pai no Lourenço Filho, Mário Filgueiras recheou Ceia de Natal com paella do Don Pepe, bisando pedida pro almoço dominical.
Sim, é Verdade, com mulher Marine no Philó da Varjota, Émerson Marinho, que me deu entrevista das mais palpitantes, na Jangadeiro.
Sim, é Verdade, nas nuvens, com chegada do serelepe Théo, Alinne e Edilberto Torres da Silveira, jovem causídico da buscada Banca Paulo Quezado.
|
Sem sucessão
Entrevista com ex-presidente Geisel, articulada por Humberto Barreto, que fora seu porta-voz.
|
Sem sucessão
Polinésia Francesa, na época, anos 90s, ainda sem televisão, pelo menos eu não vi.
|
IlustradasRogério Rios e Diva Bezerra, na Pensão Vidigal. (Evando) |
Palpite
Eu sou a favor da riqueza. Eu não acho que a gente deva cultivar a miséria. (Tom Jobim)
|
Sem sucessão
Avant-premiere para mais de mil de “Assassinato no Expresso do Oriente”, festejando meu Jubileu de Porcelana.
|
Sem sucessão
Carlos Lacerda, salvador que o Brasil não teve.
|
Primeira Página
Na grande parede da varanda sul de minha oficina de produção, repousa mimo deixado pelo confreiro Arlen Medina.
Trazendo a página quatro do Primeiro Caderno de O POVO de 15 de setembro de 1961, onde minha coluna Destaques ocupa uma lâmina de cima a baixo, na extremidade oeste.
E abre espaço para o reclamo dos exibidores cinematográficos, impedidos pela Coap de aumentarem os preços dos ingressos.
O que levou o maior deles, Severiano Ribeiro, por exemplo, a fechar Rex, Nazaré, Joaquim Távora e Messejana, por darem prejuízo.
A página traz alentadas publicidades, como da Gillette Tec e do voo da Vasp, que partindo de Fortaleza escala em Recife, Salvador e Rio, antes de atingir São Paulo.
Tem anúncio das lojas Del Rio, do dr. Francisco Hortêncio, médico de crianças, e até do sapateiro carioca Couro Moderno.
|
Palpite
Breve é a loucura, longo, o arrependimento. (Friedrich Schiller)
|
Momentos são
Apresentando Helena de Lima no José de Alencar.
|
Momentos são
Hospedando-me no maior hotel do mundo, New Otani, com 700 quartos, por conta da Japan Air Lines, que então se instalava no Brasil.
|
Momentos são
Introduzido por Paulo Fernando Marcondes Ferraz, que entre outras vantagens namorou filha do Onassis, ao Casal 20, Tereza e Bidu de Souza Campos, num dos melhores bares que o Rio já teve, Flag.
|
IlustradasAlmoço do Ugarte, Edilmo Cunha, Augusto Figueiredo, Francisco Holanda. (By Evando) |
Momentos são
Levado pelo cronista Matos Pacheco ao apartamento dos pais de Maysa Matarazzo, que estourara nas paradas com Ouça e Meu Mundo Caiu.
|
Normas
Ceará não tem prato típico, pelo menos, como Minas Gerais, com seu Feijão Tropeiro, e Rio Grande do Sul, com seu Arroz de Carreteiro.
|
Normas
Não é legal convidar parentes para padrinhos de casamento, pois o apadrinhamento é uma forma de parentesco, se já é tio, irmão ou primo, torna-se então redundante.
|
Primeira Página
METENDO A COLHER
Trazida de Jacinto de Thormes para inaugurar o Centro Massapeense do Arrudinha e conceder a primeira contradança à Glamour-Girl Fernanda Parente, que ainda hoje não teve sucessora.
Batizar a boate dos Pinheiro, Ésio, Elísio, Francisco e Sigefredo, de Meia Noite, procurando imitar a do Copacabana Palace.
Batizar o restô do Iracema Plaza de Panela, quando minha amiga Ignez Fiúza e decoradora insistia fosse Tacho.
Convidar dom Aloísio Lorscheider, por minha própria conta, para a despedida do general Milton Tavares, comandante da Décima Região, sem que o governador Adauto Bezerra de nada soubesse, e seu homenageado também.
Para vocês terem uma ideia, o general, que saiu daqui pra comandar o OI Exército em São Paulo, ficou tão feliz, que levou a foto da minha coluna em que ele aparecia com o Cardeal, para mostrar aos colegas do Sul.
Alcunhar o cirurgião Glauco Lobo de O Bisturi Afiado.
Batizar de Clube Volare a turma mais vistosa do Ideal até hoje, tendo provavelmente como musa Maria Cláudia Oliveira e, de coordenadora, Heliane Pimentel, que depois se tornaram Bichucher e Castro.
Reitorisa, para a mulher do Reitor da Universidade Federal, tendo sido a primeira a receber essa denominação a senhora Roberto Bezerra, mãe de quem foi prefeito.
Chamar confreira Adísia Sá de A Pequena Notável.
O Ideal, de Monsenhores, o Náutico, de Colunas do Meireles, e o Iate, de Clube da Enseada.
Alcunhar Manuel Eduardo Pinheiro Campos de Meu Patrão Inesquecível.
Margarida Borges, de Delegada Que Só Prende Por Amor.
Fernando Mota, de Aurélio e Rita, O Filho de Todos os Anos.
José Moreira, de Hospedeiro do Presidente.
José Macêdo, de Leitor Número Um.
Clovistas e Parentistas, pras duas correntes que empalmavam o poder no Diretores Lojistas do Santa Lúcia.
Luís Gentil, de Vencedor no Xadrez da Vida.
Trazer Ibrahim Sued para pôr a faixa em Auta Rojas, Glamour-Girl em 1956, no Náutico.
Dividir sociedade cearense em Antes, Durante e Depois de Maristher de Carvalho Gentil.
Fixar em Capitão Bosco, denominação da ponte sobre o Rio Barra Nova, limítrofe entre Icaraí-Cumbuco.
Nomear praia sede do pôr do sol das quintas-feiras de Horizonte Novo.
Pôr o nome de Veterados nos governos Virgílio Távora, sobretudo o Redentor Primeiro, entre 1963-1966.
Ter obtido junto a meu amigo Waldemar de Alcântara luz para o Cumbuco.
Haver denominado de Barrados do Baile aqueles que foram despedidos de J. Macêdo, e que lhe ofereceram big-comemoração na própria Fazenda Canhotinho, tendo falado em nome de nosso saudoso e brilhante Evandro Pedro Pinto.
|
Palpite
Existem quedas que provocam ascensões maiores. (Shakespeare)
|