Apanhado

Um dos melhores textos da imprensa cearense, J. Arabá Matos, era editor da Gazeta, quando lhe apareceu um iniciante que logo se mostrou chatíssimo. Ele fazia seguidas reportagens sobre os cavalos que trafegavam livremente pela Praça José Bonifácio, com a Prefeitura fazendo vista grossa. Um dia, o foca em questão trouxe uma foto onde só havia ele e o animal. Arabá pôs na legenda: O da direita é o nosso repórter.

Tempo & hora

O “bom dia” pode ser dado até no começo da tarde. Agora, a partir das seis, já é “boa noite”.

Ilustradas

Alexandre Pereira entre Francisco Barreto e presidente da Associação Comercial, João Guimarães.

Pergunte a quem tem Lúcio

Numa refeição que leva sopa, onde deixar a colher após servir-se? A colher será colocada no sentido horizontal, paralela ao comensal.

Palpite

Nada a favor da maré para não ofenderes aos outros. (Confúcio)

Vã filosofia

Para alguém de língua podre, vale a assertiva seguinte, “já se vê que a casa dele na infância não tinha bidê”.

Palpite

Tenho sido ator sempre, e a valer. Sempre que amei, fingi que amei, e para mim mesmo o finjo. (Bernardo Soares)

Comportamento

Antes de oferecer um drinque ao convidado, faça a seguinte pergunta: O que vai ser? E não: O que vai beber? Pois ele pode não querer álcool naquela ocasião.

Corta essa

Nunca convidar alguém só porque é rico ou só porque é importante no Mundo Oficial.

Ilustradas

24

Com César Cals, que foi prefeito de Fortaleza, e pretendeu instituir estacionamento subterrâneo no Centro da Cidade.

Primeira Página

GULOSO CONDICIONAL ÀS SUAS ORDENS Para o volume de sua Memória Gastronômica, Lêda Maria selecionou doze capacitados tocadores de fogão, entre eles, um médico, um dentista, um engenheiro de software, um empresário de sistemas, sites e app, um farmacêutico, um comunicador, um construtor, um importador e exportador de pescados e até um chef de ofício, que veio do Sul, e aqui procuradamente se firmou. Chamou pra apresentar, o imortal Juarez Leitão, que descobriu ser a Gula o melhor e mais apetitoso dos pecados, tanto que, na decretação do papa Gregório Magno, vem primeiro que Luxúria, Avareza, Ira, Soberba, Preguiça e Inveja. Entretanto, devo admitir para os admiradores e feitores de pratos de excelência que mostraram suas receitas preferenciais na bem composta edição da Editora Demócrito Dummar, que meus vários quiproquós alérgicos impelem que eu solicite compreensão deles em retirar de tanta maravilha junta os ingredientes proibidos quando eu comensal. Abelardo Targino, se me pretende como gurmê, faz mister retirar o parmesão e a laranja de seu afamado Magret de Pato com Risoto. Alexandre Reis, que domina importação e exportação de pescados, deve eliminar de seu King da Japa pimentão vermelho e curry. Cristiano Lins que dispense os pimentões verde, amarelo, vermelho, o tomate-cereja, a pimenta-do-reino e as azeitonas do Risone Mediterrâneo. Edil Costa, que enjeite nata de leite, pimenta-de-cheiro, tomate-cereja, coentro, limão siciliano e pimenta-do-reino, no Camarão Sertanejo. Fernando Novais, favor se livrar da linguiça calabresa defumada e das pimentas cheirosas, no seu sugestivo Ragu de Carneiro. Marcos André Borges, nada de limão, tomate, pimentões, colorau e cheiro-verde, na Peixada Cearense Tradicional. Maurício Filizola, acho que Bulim pouco perderá, em não contando com o leite e o limão siciliano. Rafael Sudatti, estou a fim de seu Camarão à Delícia, desde que prescinda do sumo de limão, do leite e da pimenta-do-reino. Rodrigo Macêdo, apreciarei o seu Carré de Cordeiro, se abrir mão da mostarda, do parmesão, da castanha, do coentro e da pimenta-do-reino. Ronaldo Carvalho, filho do jornalista Tancredo, o homem que me tirou das cinzas televisivas e me ensejou ser quase fundador da Jangadeiro, afastar de seu Rosbife de Filé Mignon o tomate-cereja e a pimenta-do-reino. Sidney Studart, sacar de sua Costela Sertão vinagre, limões sicilianos, mostarda e pimenta-do-reino. Yuri Torquato, Hambúrguer de Leão, menos pimenta-do-reino e shoyu.

SOS

Não acuda queimado com leite, que não serve para atenuar acidentes com fogo.

Palpite

O tempo que passas a rir é o tempo que passas com Deus. (Ditado chinês)

Apanhado

A Siqueira Gurgel, de refrão “Uma Mão Lava a Outra Com Perfeição e as Duas Lavam Roupa Com Sabão Pavão”, era uma empresa tão forte que chegou a ter um time de futebol na Primeira Divisão, o Usina Ceará, com estádio próprio, onde eu fui, na tarde que inaugurou, primeira parte dos anos 50s.

SOS

Para cólon irritável, duas colheres de sopa de óleo de linhaça.

Podação

“Não Desejar a Mulher do Próximo” e “Não Cobiçar as Coisas Alheias” são dois mandamentos da Lei de Deus que poderiam ser um só.

Cúmulo da pobreza

Não conseguir transformar a fortuna obtida em felicidade para si e para aqueles que o cercam.

Primeira Página

Quem chama é meu apreciado sobrinho Amarílio Macêdo, assuntando bela Paracuru. Trata-se, no caso, do colóquio que Patrícia e ele vão promover, finalzinho de agosto. Primeiros a aderir foram Andréa e Cláudio Aguiar, o vitorioso reitor do AAAA, almoço que já fez dez anos. Também confirmados, Ignês e Mino Castelo Branco, cartunista, Sílvia e Fausto Nilo, compositor e arquiteto da metade da Praça do Ferreira que emplacou. Além dos vizinhos Nadja e Jorge Parente, que não pernoitarão, porque basta atravessar a rua. Enquanto a capital da orla oeste próxima terá seu representante, envolvido em 66, quer dizer, de vida impressa, por sinal, marca que decididamente bombou.

Ilustradas

Selma Cabral e ministro Ubiratan Aguiar. (Rodrigues)

Primeira Página

Bem Disseram: Somos obrigados a acreditar na sorte. Afinal, sem ela, como explicaríamos o sucesso das pessoas que detestamos? (Jean Cocteau, romancista e cineasta francês, 1889-1963) Os homens, como os polígonos, têm geralmente muitos ângulos, faces ou lados. (Marquês de Maricá, político carioca, 1773-1848) O futuro não é o que se teme, é o que se ousa. (Carlos Lacerda, político, 1914-1977) De que serve esse apego ao futuro, se a capital de Honduras é Tegucigalpa? (Antônio Maria, cronista e compositor, 1921-1974) Certamente há tempos bons e tempos maus, mas o nosso humor muda mais frequentemente do que o nosso destino. (Jules Renard, dramaturgo, 1864-1910)