Normativas

Claro que um cavalheiro que se preza deve ajudar na bagagem pessoal da mulher. Existe, porém, uma peça que não lhe compete, trata-se, no caso, de necessaire, uma pequena valise onde ela põe as primeiras necessidades, como o material de maquilagem.

Normativas

Na fila de cumprimentos, após o ato religioso, a gente apresenta votos de felicidades aos noivos e de parabéns aos pais dos ditos cujos.

Normativas

Enquanto o vinho que não vai ser tomado não deve ser posto no copo, o prato que o comensal não vai usufruir, talvez por questão de alergia, deve ser servido. A saída, no caso, é o convidado se distrair com uma guarnição, seja qual for, arroz, pirê ou macarrão.

Normativas

Não se deve beijar a mão enluvada, pois a dama que não tira a luva simplesmente não deseja ter sua mão beijada.

Normativas

Se você é apresentado a uma pessoa a quem já foi, nunca deve dizer coisas assim, por exemplo, “é a segunda vez que lhe sou apresentado”, pois isso poderá sugerir ressentimento ou crítica. Fique na sua e deixe o outro descobrir que já houve a introdução.

Normativas

Numa refeição, quando não se pretende aceitar o bisamento de nenhum prato, a expressão correta é “estou servido”, e não “estou satisfeito”, que é ligada a outro tipo de prazer.

Normativas

Esse hábito de mexer o cubo de gelo no uísque com o dedo é coisa de brasileiro, que, reconhecidamente, em geral, não prima pela boa educação.

Normativas

O noivo não deve usar relógio, pela simples razão de que não vai precisar de hora aos pés do altar, a não ser que seja de algibeira, que ninguém vê mais, ou presente do avô, pra ele usar no dia da amarração, avô que preferencialmente já tenha partido.

Normativas

Um cavalheiro nunca passa pra dama o lenço que ele traz no bolso da calça. Só pode aquele que frequenta o bolsinho superior do paletó.

Mau gosto

Houve um tempo em que os amigos do noivo amarravam latas de refrigerante ou cerveja no para-lamas do carro no qual ele deixava a igreja com sua amada. Graças a Deus, passou de moda, pois se tratava, no caso, de pura cafonália.

Aos pés do altar

Quando faltando poucos dias o noivado se dissolve, os presentes já dados devem ser devolvidos, a não ser aqueles que já foram gastos, exemplos são panelas da bateria que foram ao fogo. O convidado pode declinar de receber, estipulando amavelmente num cartão que está torcendo pelo reatamento.

Aos pés do altar

A lista de presentes que os noivos podem deixar nas lojas não é unanimemente aceita, pois dá a entender que o presente nupcial é obrigatório, e realmente não é, o convidado dá se quiser... e puder.

Etiqueta

Bocejar numa roda pode até ser inevitável, mas sempre será imperdoável, e única maneira de atenuar a má educação é evitar dar outro bocejo na mesma noite.

Aos pés do altar

É inteiramente dispensável, em convite de casamento, pôr o endereço da igreja e, no cartão que dá acesso à recepção, ressaltar “após a cerimônia religiosa”, pois ninguém cumprimenta noivos antes do ato religioso.