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FEITOS SEM DEFEITOS

Neste bem mais de meio século de atividades bretãs, andei proezeirando em vários campos levados em consideração, resultando daí a ocupação deste sempre convincente espaço dominical, que o maior jornal da imprensa cearense de todos os tempos galhardamente me concede.
Entre os conseguirimentos, muitos contribuíram para dar respaldo à carreira de jornalista sempre envolvido pelas melhores intenções.

Comparecer à pequenina Gazeta da Senador Pompeu e procurar Luiz Campos, visando obter coluna social, que o jornal ainda não tinha.
Medalha da Abolição, concedida pelo governador Cid Gomes.
Organizada posse de Virgílio Távora no I Veterado, atendendo a solicitação de Moema, sua irmã, e a pessoa que poderia esclarecer quantos comeram já partiu, Joseph Khoury.
Almoço oferecido à dona Sara Gentil, no Salão de Bailes do Ideal, com presença de 50 senhoras da mais alta.
Ter achado a bolsa que perdi em grande aeroporto de Londres, e depois encontrada com um casal de namorados, que aguardava sua vez.
Convidado pelo governador Adauto Bezerra para assumir o Cerimonial, não pude aceitar, porém, indiquei o Raimundo Nonato Viana, que aceitou.
Haver sido o único amigo de Clóvis Rolim que o visitou em Houston, durante seu padecimento.
Haver participado, sem lenço nem documento, do pife-pafe da Lurdes Gentil, no Beco da Alegria da Tabajaras.
Ter embarcado, com Maria e José Macêdo, para um tour pelo Atlântico Norte, na rota do Titanic.
Recebido na Torre do Iracema o empresário Horácio Klabin, Rei da Celulose, quer dizer, papel.
Ser chamado de Doutor por Beatriz Philomeno, face minha aprovação, com distinção, no vestibular da Praça de Pelotas.
Ter superlotado o São Luiz na avant-première de Assassinato no Expresso do Oriente, no Jubileu de Porcelana, que deu a Ingrid Bergman segundo Oscar de sua fantástica carreira.
Haver imputado a Zewaldo Cabral “O Amigo Que Se Tornou Mais Quente Por Nos Dar o Gelo”, em regozijo à abertura da Ice, que deu dignidade ao escocês no Ceará.
Estreado na televisão trazendo a fascinante Ivone Faria, caçula de “Seu” João Gentil e dona Sara.
Dado uma mão ao grande José Macêdo, que recepcionou aqui Charles Dauphinot Jr., assessor econômico do extraordinário presidente John Kennedy.
Batido na porta direcional do Hotel Glória e obtido do gerente geral, depois proprietário, Eduardo Tapajós, guarida por quase trintanos, sendo colega do futuro presidente Sarney, que ali também se hospedava no beiço.

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