Categoria: Apanhado político

eixando o Governo, dr. Parsifal Barroso passou quatro anos sem mandato, o que, para muitos políticos, foi um grave erro, achando eles, até mesmo, que, com Chico Monte vivo, isso jamais teria acontecido.

Do meio para o fim do seu Governo, Parsifal Barroso rompeu com a ala martinista, tirando os secretários Figueiredo Correia e Paes de Andrade, e ainda trocou o de Polícia, general Góis, que era considerado homem de Pimentel. Foi um aparente golpe de força, porém Parsifal se viu sem candidato à sucessão, pois o nome que cogitava, Armando Falcão, não mais gozava das graças do PSD.

Logo no início do seu governo, Parsifal Barroso rompeu com Carlos Jereissati. O quiproquó aconteceu na Secretaria de Agricultura, que no rateio teria ficado com Jereissati. De todas maneiras, foi talvez o mau passo do Governador, que assim perdeu o inspirador de sua eleição.  

Roberto Martins Rodrigues costumava dizer que filho político de seu pai, José Martins, quer dizer, com aptidão para a vida pública, era seu irmão médico Paulo Marcelo, que vem a ser o pai do dr. Cabeto.

A vice-prefeitura de Cordeiro Neto marcou a estreia de Aécio de Borba na política. Aliás, ao coronel bastou uma obra para consagrar sua gestão no Palácio Iracema, Avenida Perimetral.

Tive a honra, e o termo deve ser esse mesmo, de assistir à provavelmente única expulsão de Pelé com a camisa da Seleção. Aconteceu em 1964, no Estádio do Pacaembu, quando o Rei deu uma cabeçada num defensor argentino e foi posto à margem pelo juiz. O Brasil levou de três.

A maior vitória política do saudoso Aécio de Borba foi fazer Murillo Borges prefeito de Fortaleza. Já Governador por antecedência, encabeçando a chapa da União Pelo Ceará, Virgílio Távora cedeu o radialista pra campanha do general. Nós deixávamos noite alta casa do Murillo, na Barão de Studart, e o meu amigo Aécio estabelecia, o subúrbio sufraga o Pekim, a esquerda, o Beleza, a nossa chance será a classe média. E assim estava escrito, a classe média não negou fogo, Murillo foi eleito e resultou num dos melhores da história da cidade.

Fez 70, neste abril, Moésio Loyola, meu colega de Uirapuru, por dezenas de anos, e que, confirmando sua vocação, tornou-se empresário radiofônico. Filho caçula de família sobralense de nove, do agricultor e comerciante Francisco Ximenes de Melo.

Tive a honra, e o termo deve ser esse mesmo, de assistir à provavelmente única expulsão de Pelé com a camisa da Seleção. Aconteceu em 1964, no Estádio do Pacaembu, quando o Rei deu uma cabeçada num defensor argentino e foi posto à margem pelo juiz. O Brasil levou de três.

Diz-se que um coronel é Pleno quando está em vias de receber a primeira promoção a general, no caso, Brigada, quer dizer, já passou por tenente-coronel.

A disputa mais renhida pra Prefeito de Fortaleza aconteceu quando da União Pelo Ceará, em 1962, quando os grandes partidos lançaram Murillo Borges, os populistas vieram de Péricles Moreira da Rocha, e a esquerda, com Moura Beleza, tendo o resultado das urnas sido nessa ordem, diferenças mínimas do primeiro para o segundo e do segundo para o terceiro, algo em torno de mil votos, porém Murillo, que ganhou no olho mágico, foi um bom prefeito.

Rebatendo pronunciamento de Parsifal Barroso na Assembleia, Pontes Neto teria sido grosseiro com o professor, que logo lhe mandou mensagem, pedindo mandar retirar as palavras dos anais da Casa. A legenda médica atendeu.

Ernesto Sabóia, filho da legenda sobralense José Sabóia de Albuquerque, foi deputado federal de um só mandato, eleito pela UDN, em 1954. Até que ia bem, olhando pro Planalto da Ibiapaba, quando se meteu numa tal Lei do Cadilac, pela qual os parlamentares estariam dispensados de recolher as taxações oficiais da importação do automóvel. Os mandatários do partido ficaram uma fera, incluso Carlos Lacerda, que conseguiu derrubar no Senado, porém o cearense não conseguiu a reeleição.

Vicente Augusto arrastou por toda vida a fama de muito sagaz, entretanto recebeu pouco pela propalada sagacidade, uma deputação estadual por Lavras, na Constituinte Estadual, uma deputação federal e a suplência do senador Wilson Gonçalves.

Deixando a Prefeitura de Sobral, padre Palhano foi eleito deputado federal, sendo dos mais votados. E foi também dos primeiros cassados, queda que seus amigos atribuem à manobra vingativa de seu sucessor Cesário Barreto.

Num AAAA do Cláudio Aguiar, Ciro Gomes, por sinal, homenageado do dia, estabeleceu que Virgílio Távora tem de ser redimensionado, pois grande demais do que dele até hoje se disse ou propagou.

Quando Adauto Bezerra deixou o Governo, entabulei, com Helena e Chicão Jereissati, que ele fosse logo após passar pra casa deles da Vila União, sem atender nem telefone, curtindo apenas a simpatia dos anfitriolos, banho de piscina e a excelente cozinha. E assim foi feito.

Quando da Redemocratização do País, em 1945, os deputados estavam tão de cima que os dois candidatos a Governador e um dos a vice formavam na bancada federal, Raul Barbosa, que foi eleito, Stênio Gomes, em sua garupa, e Edgar de Arruda, que perdeu.

Flávio Marcílio, Chico Monte, José Martins, Armando Falcão, Adahil Barreto tiveram quatro mandatos de deputado federal, Parsifal Barroso e Virgílio Távora, três, Carlos Jereissati, dois.

Uma das minhas maiores alegrias foi ter levado José Martins Rodrigues à televisão, atendendo a um feliz pedido de Francisco Dias Macêdo, irmão do meu amigo José, que era o patrocinador do programa. E fiquei agradavelmente surpreso quando um dos mais sérios políticos brasileiros aceitou o convite para ir jantar na Torre do Iracema. Zemartins é avô do dr. Cabeto e foi pai de outro grande médico, Paulo Marcelo, de quem também fui paciente.